1. Londres, Inglaterra
Aterrou na cidade em 1998 e, durante seis anos, esta foi a sua casa. “Tornou-me adulta, fez-me crescer e assistiu à minha transmutação.” Adorou perder-se em Notting Hill, um bairro de misturas, de latinos e africanos, e em Brixton, um dos mais negros da capital britânica. “Londres é uma mão-cheia de mundos.”
2. Luanda, Angola
Viaja desde pequena, mas na capital angolana, onde a mãe nasceu, descobriu as suas raízes. “Fui no resgate dessa identificação, dessa matriz que é grande parte de mim. Sou uma portuguesa negra.” Os dois anos a viver em Luanda permitiram-lhe sentir o pulsar, as vivências e encontrar a outra identidade, “o código africano, que predomina”.
3. Lisboa
A viver na capital, desde 2017, de forma consistente, a ativista quer “contribuir para o avanço do País, em todas as vertentes, ajudar na discussão e ser parte da solução, dentro do espírito de fazer acontecer”. É a cidade, diz, que ela vê como casa, onde se sente acolhida e de que faz parte.
4. Mascate, Omã
Rodeada de montanhas e debruçada sobre o mar, “Mascate é um lugar incrível, com uma forte herança africana, árabe e portuguesa”. Quando a pandemia deixar, quer lá voltar, muito por causa das pessoas e da forma como recebem bem os turistas.
5. Um livro imprescindível
O Sangue dos Outros, de Simone de Beauvoir, “é leitura para a vida, sempre contempo-râneo, que ajuda a refletir sobre a questão identitária e o propósito individual.”
6. Música
At Last, de Etta Jones, e Nonagambé, de Rui Mingas, que ela canta aos filhos, são músicas que, diz, “falam de mim, do lado romântico e do sentimento de compaixão para com o outro.”