1. Museu da Marioneta, Lisboa
Simular uma visita não é tarefa fácil, mas a proposta virtual do Museu da Marioneta aproxima-se o mais possível do que seria um passeio pelas 14 salas de exposição deste museu em Lisboa, onde há máscaras e marionetas provenientes dos quatro cantos do mundo. Fácil de navegar e com vários conteúdos multimédia disponíveis, como os 16 vídeos e dezenas de fotografias, permite viajar de continente em continente, à descoberta das mais relevantes manifestações do teatro de marionetas.
Da Ásia à Europa, do México ao Mali, a cada clique maravilhamo-nos com os Robertos, nome dado aos fantoches de luva em Portugal; as marionetas de sombra chinesas; as marionetas de água do Vietname; as pesadas marionetas de vara da Opera Dei Pupi, da Sicília; as máscaras de Teatro Kolam, do Sri Lanka, ou as do teatro Wayang Topeng, da Indonésia. Com uma cenografia muito particular, fruto do edifício onde está instalado (o Convento das Bernardas, no bairro da Madragoa), e do projeto museológico, que pintou as paredes de negro e as molduras das vitrinas de várias cores, este é um daqueles locais onde a magia também acontece através do ecrã de um computador, tablet ou telemóvel. www.museudamarioneta.pt/pt/visita-virtual/
2. René Lalique e a Idade do Vidro, Museu Calouste Gulbenkian
No site do Museu Calouste Gulbenkian já era possível fazer uma visita virtual 360º à exposição René Lalique e a Idade do Vidro. Agora, há ainda mais conteúdos disponíveis para ficar a conhecer este artista incontornável da Arte Nova e da Arte Déco, que levou a beleza e o requinte da sua arte aos objetos do quotidiano. Numa série de sete episódios, a curadora da exposição, Luísa Sampaio, discorre sobre vários temas ligados à vida e obra de Lalique, incluindo algumas curiosidades, como a peça mais cara adquirida por Calouste Gulbenkian e a encomenda especial do Rei Eduardo VIII de Inglaterra. Os episódios O inventor da joia moderna e A técnica de moldagem a cera perdida já estão disponíveis, os próximos vão sendo lançados à cadência de um por semana, sempre às quintas-feiras. Quem queira conhecer ainda mais sobre este museu e as suas coleções, pode aceder a outros conteúdos, como o Google Arts & Culture, onde se descobrem centenas de obras do acervo, vídeos com testemunhos de curadores e artistas ou visitas virtuais 360º. gulbenkian.pt/museu/rene-lalique-e-a-idade-do-vidro/
3. No Fundo Portugal é Mar, Centro Cultural de Belém
Antes de entrar nas salas da Fábrica das Artes, no CCB, é preciso clicar e espreitar as duas vitrinas de Plasticus Maritumus, uma amostra do trabalho da bióloga marinha Ana Pêgo que, ao longo de vários anos, tem vindo a recolher objetos de plástico, em especial brinquedos, nas praias portuguesas, num grito de alerta sobre a poluição dos mares. Só depois deve seguir-se a seta para a Sala 1 e imergir na versão virtual a exposição No Fundo Portugal é Mar, a partir de imagens cedidas pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), vídeos captados por mergulhadores e pelo ROV Luso, o robô telecomandado que desce a seis mil metros de profundidade. Já na Sala 1, carregue-se no play para ver e ouvir o vídeo panorâmico que mostra vários habitats marinhos, entre os cinco e os 45 metros de profundidade, cardumes de salemas, pargos e castanhetas-amarelas, anémonas e poliquetas (minhocas do mar) e algas que parecem dançar. Ao clicar no laboratório, descobre-se informação sobre o projeto do ROV Luso; a restante, apresenta-se na Sala 2, onde há vários vídeos sobre os mergulhos e operações subaquáticas deste veículo adquirido por Portugal, em 2008, para explorar os fundos marinhos. www.ccb.pt/visita-virtual/no-fundo-portugal-e-mar/tour
4. Museu da Vila, Cascais
Tal como na visita in loco, a navegação virtual pelo Museu da Vila deve iniciar-se junto ao quadro animado do rei D. Carlos I, que, depois de dizer o seu extenso nome, apresenta com pompa e circunstância este espaço museológico onde se conta, através de achados arqueológicos e ferramentas interativas, os 656 anos de história de Cascais. Depois, explore-se as mais de uma dezena de salas, observando imagens de vestígios arqueológicos, fotografias de arquivo e vários objetos, como os de uso pessoal do rei Humberto II de Itália, ou do rei Carol II da Roménia, que viveram em Cascais. Vários blocos informativos e uma série de vídeos e gravações de som completam esta viagem histórica à vila que foi poiso da corte, recebeu espiões e serviu de inspiração a escritores e a outros artistas. bairrodosmuseus.cascais.pt/list/museu/museu-da-vila?section=3
5. Cinema São Jorge, Lisboa
No site deste equipamento cultural lisboeta, é possível aceder, pelo menos até 28 de fevereiro, à visita guiada virtual Cinema São Jorge – O que é isso?. Neste vídeo, faz-se uma viagem às entranhas deste icónico cinema, inaugurado a 24 de fevereiro de 1950, conduzida pelo escritor e guionista Pedro Vieira. Da sala de projeção à cave, onde vivem objetos de outros tempos (do velhinho ar condicionado às máquinas de projeção), passando pelas casas de banho – que, ficamos a saber, serem dos sítios mais fotografados pelos visitantes deste edifício que é Prémio Valmor de Arquitetura -, a visita passa por lugares habitualmente encerrados ao público, mas também pelas três salas de cinema. No site, está ainda disponível uma visita 360º, feita em colaboração com a Direção Regional de Cultura do Norte. www.arquitetura360.pt/modulos/360/projectos/csj360/index.htm > vimeo.com/473897228
6. Museu de Serralves, Porto
Através do projeto SOLE – Serralves On Line Experience, criado pelo Museu de Serralves durante a pandemia, entramos numa visita guiada exclusiva conduzida pelo diretor do Museu, Phillipe Vergne. Os vídeos mais recentes das Serralves in Talks (seis episódios), alojados no canal de YouTube, levam-nos a percorrer as exposição de Louise Bourgeois: Deslaçar um Tormento, desde as diferentes salas do Museu até ao Parque onde se encontra instalada a escultura gigante Maman (1999), uma das obras monumentais da série Aranhas da artista francesa, uma das mais importantes do século XX.
Em cada vídeo, Phillipe Vergne explica com pormenor todas as obras de Bourgeois incluídas nesta exposição retrospetiva que revisita as memórias, os materiais, as esculturas antropomórficas da artista que foi próxima de Miró, Marcel Duchamp e Le Corbusier. serralves.pt > YouTube
7. Museu da Chapelaria, S. João da Madeira
Sabia que um chapéu de homem precisa de 100 a 120 gramas de pelo e o de senhora 80 a 100 gramas? Esta é apenas uma das curiosidades que pode ficar a conhecer na visita virtual que, desde fevereiro, se pode fazer ao Museu da Chapelaria (e também ao Museu do Calçado), em São João da Madeira. A viagem, em ambos os casos, faz-se em estilo maqueta arquitetónica ou percorrendo piso a piso.
Nesta visita ao museu, que ocupa o edifício da antiga Empresa Industrial de Chapelaria e guarda o espólio de muitas das indústrias de chapelaria do concelho, veem-se (e ouvem-se) máquinas antigas, como a suflosa do pelo que limpava as fibras do canhão através da ventilação; aprende-se sobre as matérias-primas usadas no fabrico do chapéu – sobretudo lã e pelo de coelho, de lebre e de castor -, e conhecem-se as diferentes etapas do seu fabrico: cardar a lã, acojar (a acojadeira molda o cone de feltro através da ação do vapor). Além de ficar a conhecer-se os diferentes tipos de chapéu – militares, religiosos, desportivos, de design, de traje… O visitante pode selecionar a ordem dos conteúdos, percorrer os pontos de interesse, abrir os vídeos para ouvir as máquinas antigas em funcionamento ou as entrevistas a antigos operários. Por enquanto, a visita está apenas disponível em português. www.museudachapelaria.pt