Ícone da noite mais alternativa do Porto, o Pérola Negra volta a mudar de mãos e de formato, mas sem alterar a sua decoração dos anos 70. Os tetos e sofás continuam pintados de vermelho-escarlate, há alguns varões, um longo balcão e muitos espelhos. “É um lugar único, de caráter singular”, diz Jonathan Tavares, o gestor do Pérola, que acaba de reabrir com outra dinâmica e uma nova direção artística.
A mudança surge ancorada numa programação regular – com lugar para diferentes géneros musicais, do hip-hop à música eletrónica, do jazz ao house –, aliada a uma cultura de clubbing “inclusivo e colaborativo”. Jonathan Tavares procurou que a agenda do clube resultasse de uma série de parcerias com editoras, coletivos e programadores locais, entre eles Pedro Tenreiro, Gustavo Pereira, Dealema, Tetris, Fuga, Favela Discos e Príncipe.
Mas este é também um projeto com ligações internacionais, como se pode ver pelo intercâmbio com diversos produtores holandeses e com o clube Pip, de Haia, em particular. Sendo este lugar uma espécie de “recriação do glamour da vida noturna de Nova Iorque dos anos 70”, não lhe podia faltar uma Pérola Negra Band. Continuam os varões e os espelhos, mas a música agora é outra.
Pérola Negra Club > R. Gonçalo Cristóvão, 284, Porto > sex-sáb 23h-6h