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No Terraço do restaurante Rio Maravilha, na LX Factory, experimente um dos cocktails da carta criada por Diogo Petronilho – nela há de tudo um pouco, do gin fizz de manjericão e gengibre (€8) ao rum sour de ananás braseado, mel, alecrim e paprika (€8)
Fernando Mendes
1. Terraço Rio Maravilha
Qualquer hora é boa para se subir ao quarto piso do edifício principal da Lx Factory, em Lisboa, onde fica o terraço do gastrobar Rio Maravilha. Por enquanto, só mesmo a paisagem é possível saborear nestes cerca de 100 metros quadrados ao ar livre – e já não é coisa pouca, a avaliar por tudo quanto os olhos alcançam: em primeiro plano, o Tejo e a Ponte 25 de Abril e, em segundo, uma grande extensão da Margem Sul. A partir da primeira semana de abril, os clientes já poderão sentar-se nesta grande esplanada, muito bem acompanhados pela colorida estátua da mulher com os braços abertos, e experimentar a nova ementa preparada pela equipa liderada por Nathan de Oliveira. R. Rodrigues de Faria, 103, entrada 3, piso 4, Lisboa > T. 96 602 8229 > ter 20h-23h, qua-sáb 12h30-2h, dom 13h-15h
2. Novo Cais do Sodré
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Bem perto do Cais do Sodré, no Mercado da Ribeira, abriu no dia 21 de março a esplanada do bar Rive-Rouge. Virada para o jardim da Praça Dom Luís I, funciona de terça a domingo, entre as 17 e as 21 horas, com uma lista de petiscos de Manuela Brandão, a chefe de cozinha do Pap’Açorda
Luis Barra
Não tivéssemos ido de comboio, sempre acompanhados pelo Tejo e passagem noutros apeadeiros concorridos, diríamos que Lisboa tinha desaguado no Cais do Sodré no domingo de maratona. Famílias, amigos, namorados e alguns corredores resistentes, que atravessaram a ponte logo pela manhã, enchiam a amurada a pouco mais de um metro do rio, enquanto os sortudos que apanharam lugar nos três bancos duplos de madeira – que permitem esticar as pernas a lembrar espreguiçadeiras –, não davam ar de arredar pé tão cedo. Ao renovado Cais do Sodré, o melhor é mesmo ir de transportes públicos (comboio, barco, Metro ou Carris) porque tudo o que era zona de estacionamento desapareceu. E ainda bem. Os passeios alargaram-se e o Jardim Roque Gameiro, com o seu quiosque de desenho peculiar e azulejos arte nova, está agora arranjado e tem também bancos para sentar. Pena foi terem dado sumiço ao outro quiosque antigo que ali existia, substituído por um novo, é certo, mas que não tem o mesmo charme, nem está ainda a funcionar – tal como os bebedouros, dos quais não sai pinga de água, fica a nota. Pç. do Duque de Terceira/Jardim Roque Gameiro > Lisboa
3. Quiosque Banana Café do Jardim do Torel
Fernando Negreira
Desde outubro do ano passado que o Banana Café tomou conta do bar-esplanada do Jardim do Torel. O quiosque, instalado num dos patamares do miradouro lisboeta, serve tostas e saladas para aconchegar o estômago e bebidas para matar a sede, como, por exemplo, cerveja, sumos ou limonada. Mas o que vale mesmo a pena é a vista – miradouro de São Pedro de Alcântara, ruínas do Carmo e o rio Tejo. Escondido numa rua da colina de Santana, perto do Campo Mártires da Pátria, o Jardim do Torel tem uma das melhores panorâmicas sobre Lisboa e está equipado com máquinas de exercício, parque infantil e espreguiçadeiras que, viradas em direção ao Sol, nos fazem querer aqui ficar. R. Júlio de Andrade, Lisboa > seg-dom 11h-19h
4. Giallo – Gelado artesanal
Mário João
Chegados ao Largo do Chafariz de Dentro, não tem nada que enganar. Vira-se costas ao Museu do Fado e, mesmo em frente, fica a Giallo, a gelataria artesanal que, depois de Campo de Ourique, tem uma segunda loja em Alfama. O negócio é familiar e de gosto apurado, acrescentamos nós, a julgar pelo sabor do gelado. Açúcar no ponto certo e combinações a criar indecisões na hora de escolher: mascarpone e morango, toffee com flor de sal, pannacota e cardamomo, baunilha e manjericão, coco e lima. Os sorvetes (sem leite e só com fruta) também fazem crescer água na boca: limão, mel e alecrim, manga e maracujá, goiaba, kiwi e lima. A lista chega à vintena de sabores, a variar todos os dias e conforme a época, servidos em cone ou copo (2 bolas, €3) – para dividir é o cone-bouquet, a mais recente novidade, que leva seis bolas de gelado (€6,20). Como a loja de Alfama é maior, também a oferta é mais variada: copo de iogurte grego, fruta fresca, granola, sementes e mel, croissant francês com nata artesanal batida e morangos ou ainda banana bread (simples ou com bola de gelado), que já ganhou lugar cativo na bancada dos bolos caseiros. Lg. do Chafariz de Dentro, 36, Lisboa > T. 21 090 8657 > seg-dom 9h-22h
5. Praça Duque de Saldanha
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José Caria
As árvores de flor branca, acabadas de plantar, os bancos de jardim em madeira a estrear, os passeios mais largos e um novo tapete verde para os ciclistas. Eis a renovada zona do Saldanha, que abrange a Avenida da República, a Avenida Fontes Pereira de Melo e a Praça Duque de Saldanha. E que ficará ainda mais elegante quando as novas esplanadas estiveram montadas. Por ora, as históricas pastelarias Versailles e Sequeira e o cinquentão restaurante snack-bar Galeto ainda têm mobiliário antigo. Aconselha-se que o passeio seja feito a pé, ou de transportes públicos, até porque desapareceram muitos lugares de estacionamento das chamadas Avenidas Novas. Av. da República, Av. Fontes Pereira de Melo e Pç. Duque de Saldanha, Lisboa
6. Duna da Cresmina
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A Duna da Cresmina tem um bar com esplanada, onde podem comer-se saladas, tostas e crepes, e beber-se limonadas e gins tónicos. Se tiver cão, saiba que os animais são muito bem-vindos
Mário João
Não é preciso grande preparação física para fazer o percurso que nos leva à descoberta da Duna da Cresmina, no Guincho, a única zona de reserva integral do Parque Natural de Sintra-Cascais. O passeio, ao longo de um conjunto de passadiços de madeira com cerca de dois quilómetros e assente sobre a areia, não tem desníveis acentuados. Por aqui, caminha-se logo pela manhã, com ou sem cão, ainda a sentir a brisa fresca do mar, ou então, ao pôr do Sol, num passeio sem o tempo contado. Neste habitat natural, desenhado pela areia, existem lagartixas-da-areia, coelhos bravos e espécies vegetais como o estorno e a sabina-da-praia, fauna e flora mais ou menos fácil de identificar, consoante a hora do dia ou a época do ano. Certo é que, de janeiro a dezembro, os passeios serão sempre diferentes porque a paisagem da Duna da Cresmina está sempre em constante mudança. Duna da Cresmina – Núcleo de Interpretação > R. da Areia, Cascais > bar: ter-dom 9h-18h
7. Projeto Muita Fruta
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Luis Barra
A ideia é de Adriana Freire, da Cozinha Popular da Mouraria, em Lisboa, e pretende recolher a fruta que existe na cidade – em quintais ou zonas públicas – e aproveitá-la. Seja para fazer compotas e outros doces que tais, seja distribuindo por quem mais precisa. Tudo em nome do combate ao desperdício. Depois de ter sido um dos vencedores do programa municipal de financiamento BIP/ZIP, que deu o empurrão ao projeto, o Muita Fruta vive agora de uma equipa de voluntários que se propõe a ajudar quem tem quintais no tratamento das árvores (para melhorar a qualidade da fruta) ou na colheita, assim chegue o tempo dela. Às segundas-feiras, da parte da tarde, há Jam Sessions na Cozinha Popular da Mouraria, para transformar a fruta doada em produtos que são depois vendidos e dar sustento financeiro ao projeto. “Na última sessão fizemos uma marmelade com as laranjas amargas do Museu de Etnologia, que aderiu ao projeto”, conta Adriana Freire. Inscrições em www.muitafruta.org
8. Esplanada Espelho D’Água
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José Caria
Em Belém, a esplanada do Espaço Espelho D’Água é um oásis, e nem as palmeiras lhe faltam. São elas que ladeiam a entrada para este edifício construído para a Exposição do Mundo Português. A funcionar como restaurante, sala de exposições e concertos, cafetaria e residência de artistas, tem na esplanada virada para o Tejo o seu maior trunfo. É no exterior, nas espreguiçadeiras de lona à beira do lago, que se está melhor – a vista alcança a Margem Sul, o Padrão dos Descobrimentos e a Ponte 25 de Abril, de um lado, o Museu de Arte Popular e a boca do rio, do outro. Ed. Espelho D’Água, Av. Brasília, 210, Lisboa > T. 21 301 0510 > seg-qui, dom 11h-24h, sex-sáb até 1h
9. Jardim Bordalo Pinheiro
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José Caria
Tudo tamanho XXL, magnificamente exagerado: os macacos, os caranguejos, os caracóis, os sardões, as cobras, os cogumelos, as folhas de couve… São animais e vegetais criados pelo génio de Bordalo Pinheiro, produzidos na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha e parte integrante do Jardim Bordalo Pinheiro. Trata-se de um jardim de buxos, com algumas árvores (uma acácia- -do-Japão, por exemplo) e fica no Museu da Cidade, ao Campo Grande. E, desde 2009, num projeto de Joana Vasconcelos, acolhe as figuras de Bordalo. As crianças adoram ver os bichos, os adultos consta que o que querem é tirar fotografias. Por isso, fica o aviso: não convém que os visitantes se ponham em cima das peças, a todos compete zelar pela manutenção do património, certo? Museu da Cidade > Palácio Pimenta, 245, Lisboa > T. 21 751 3200 > ter-dom 10h-18h > grátis
10. Cafetaria do Museu Calouste Gulbenkian
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Até 5 de junho, a Galeria Principal do edifício-sede da Fundação Calouste Gulbenkian tem patente a exposição antológica ‘José de Almada Negreiros: uma Maneira de ser Moderno’. À quinta-feira e ao sábado, está aberta até às 21 horas
José Caria
Respirar ar puro, passear, saborear e aprender. Tudo isto se faz na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Numa paragem entre exposições e espetáculos, vale a pena ficar sentado na renovada Cafetaria do Museu Calouste Gulbenkian e provar as novidades da ementa assinada pelo chefe de cozinha Miguel Castro e Silva, que inclui pequeno-almoço, almoço e lanche. Evitando as horas mais movimentadas, consegue-se com facilidade uma mesa livre na esplanada, rodeada de verde e algum sossego. A refeição pode começar com os pastéis de bacalhau com natas ou com os de frango e cogumelos, duas das novidades que Castro e Silva preparou para surpreender turistas e lisboetas. Para uma refeição mais composta, há ainda o famoso bacalhau à Brás do chefe (€9,50), as francesinhas (€9,90) e o arroz de polvo Provençal (€9,90), entre muitos outros pratos. Av. de Berna, 45A, Lisboa > qua-seg 10h-18h
11. Parque Infantil José Duro
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José Caria
Há brincadeiras novas no Parque Infantil José Duro, em Alvalade, e o entusiasmo das crianças reflete-se nos sorrisos, gargalhadas e correrias. Enquanto as mais audazes e atléticas trepam à aranha feita de cordas coloridas e saltitam entre os toros de madeira, alinhados em duas filas, as menos aventureiras cavalgam os dois cavalinhos de madeira com mola e embalam-se no baloiço ninho. Depois de alguns meses de obras de requalificação, este parque infantil (para crianças dos três aos 12 anos) e o jardim envolvente, nas traseiras do Mercado de Alvalade, estão de cara lavada, com relva fresquinha, árvores e flores, cadeiras e mesas, que tanto podem servir para um lanche como para uma partida de cartas. No total, a freguesia de Alvalade tem cerca de uma dezena de parques infantis, instalados em pequenos jardins, parques e praças. E, como este, também o da Praça Andrade de Caminha, no Bairro de São Miguel, foi requalificado. Daqui a uns meses, está prometido que nascerá um outro no jardim do Palácio dos Coruchéus. R. José Duro, Lisboa
12. Passeio marítimo de Algés
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José Caria