Ponte de Lima é um jardim

1. A origem do festival
O festival nasceu em 2005 na margem sul do rio Lima, numa quinta minhota tradicional. A ideia foi importada do festival de Chaumont-sur-Loire, que acolhe centenas de milhares de visitantes, pelo município de Ponte de Lima.

2. O tema da edição de 2016
Nesta 12ª edição, as propostas são dedicadas ao tema Jardins do Conhecimento. Um mote suficientemente amplo para deixar correr a imaginação dos candidatos. Noutras edições, já houve temas como Jardins p’ra Comer, A Floresta no Jardim, Jardim dos Sentidos, Jardins em Festa ou A Água no Jardim.

3. Jardins de oito nacionalidades
Das 34 candidaturas recebidas para a edição deste ano, foram escolhidas 11, de oito nacionalidades diferentes (Portugal, Áustria, Itália, República Checa, Espanha, Inglaterra, Brasil e Suíça). Com propostas de exploração do tema muito distintas, que vão desde fenómenos da natureza relacionados com a matemática teórica à representação vegetal do ADN, passando por uma biblioteca do conhecimento.

4. O vencedor
À entrada do festival, é dado a cada visitante um boletim de voto para escolher a sua criação preferida. O jardim mais votado manter-se-á em exposição durante um ano. Em 2015, o vencedor foi A Casa da Água, um projeto espanhol assinado pelas arquitetas paisagistas Iuliana Pavalan e Oa Bescos.

5. A construção dos jardins
A montagem dos jardins começa logo no início do ano, para um início frondoso do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima. A maioria é executada pelas equipas de jardinagem do município, com base nas memórias descritivas dos autores. As alterações aos projetos originais são habituais, seja para aproveitar material de edições transatas, seja para introduzir plantas mais adequadas ao clima português.

6. A seleção do júri
O prazo de receção de candidaturas para 2017, que terá como tema Jardim das Descobertas, acaba ao mesmo tempo que terminar a edição de 2016 do festival, a 15 de novembro. Serão depois analisadas por um júri composto por arquitetos paisagistas, artistas e engenheiros agrónomos que, entre outros aspetos, têm em conta a originalidade na abordagem do tema, os materiais escolhidos e a resistência e segurança dos jardins ao longo do festival.

7. A exportação dos jardins
Outras localidades (como Serpa, Ourense, Vigo, ambas em Espanha, e Kamptal, na Áustria) candidataram-se a acolher nos seus espaços públicos alguns dos projetos exibidos em edições anteriores do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima. Trata-se de uma forma de divulgar a iniciativa pelo mundo fora e de, ao mesmo tempo, prolongar a vida a estas criações tão especiais.