Muito se discutiu, em 2016, a propósito da nomeação para o Booker Prize, se Tudo O que Um Homem É (Elsinore, 448 págs, €22,99) seria, ou não, um romance. O livro reúne nove contos sobre as diferentes idades do homem. Preso a esse fio condutor, bem montado, diga-se, David Szalay expõe uma teoria da masculinidade, em prosa precisa, suspense q.b. e punch certeiro. Da primeira juventude ao crepúsculo da existência, são explorados dilemas específicos, em generalizações representativas do ato de crescer. Ou melhor, da velocidade pessoal de cada um, para usar o título feliz de Rebecca Miller, que fez idêntico exercício para as mulheres. Vidas europeias, estas, desenhadas por um canadiano há muito radicado em Inglaterra. Romance da vida, afinal, pois estas são personagens (todas diferentes, todas iguais) de uma mesma rede: a da existência.
“Tudo O que Um Homem É”, de David Szalay: As idades do homem
Kaveh Kazemi / Getty Images
No seu quarto livro, Tudo o que um ho mem é, o escritor inglês David Szalay capta os momentos decisivos do crescimento, dos 7 aos 77. Uma franca e crua teoria da masculinidade num romance de muitos contos