A premissa é simples: reunir obras artísticas originais, desde pintura, desenho ou gravura, num formato único de 12 centímetros de altura pelos mesmos de comprimento, ou seja, uma caixa de CD. O objetivo da exposição 12×12, que decorre desta quinta a domingo, 10 a 13, pela primeira vez no Mercado de Santa Clara, em Lisboa, é exatamente a realização de uma obra nesse tamanho, a um custo fixo de €15.
Sem curadoria ou nomes associados – além da assinatura que consta em todas as obras, na parte de trás – a exposição pretende ser democrática e ao alcance de todos, tanto dos artistas que expõem os seus trabalhos em pé de igualdade, como do público, que poderá adquiri-los com o mesmo valor. A mostra “acaba por ir contra o mercado da arte em geral, que é um pouco viciado e perverso”, atenta a organização, composta por artistas que também participam na exposição.
Nesta 10ª edição, conta-se com o trabalho de cerca de 200 artistas, espelhado em mais de 2200 obras que vão colorir o Mercado de Santa Clara, um local espaçoso que permitiu alargar aos artistas o número limite de obras a apresentar (20 de cada um).
A artista Elsa Bruxelas, membro da organização da 12×12, considera que o importante é a qualidade das obras. “Os trabalhos são muito empenhados, precisamente porque partem todos de uma base de igualdade, a criação plástica é muito mais valorizada porque é realmente a única nuance a ter em conta”, acrescenta a organizadora, reforçando o “confronto saudável entre os próprios artistas”.
A 12×12 é também uma oportunidade justa para muitos artistas emergentes darem a conhecer o seu trabalho, até porque, revela Elsa Bruxelas, “o grosso dos participantes são efetivamente estudantes do meio artístico, especialmente da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa”.
12×12 > Mercado de Santa Clara, Campo de Santa Clara, Lisboa > 10-13 dez, qui-sex 16h-22h, sáb-dom, 9h30-12h30 > lotação limitada a 25 pessoas