A sala ampla e em tons terracota do Hoko é, ao mesmo tempo, sóbria e arrojada, com estruturas de madeira a dividir o espaço e a cobrir o teto, um enorme dragão na parede, além de cerâmica e lâmpadas japonesas na decoração. “Braga pedia um restaurante japonês como este, com uma oferta mais robusta e elaborada, e o ambiente ajuda a criar a experiência”, sublinha Yang Qi, o proprietário. Tem apenas 30 anos, mas começou a trabalhar muito cedo no meio. Primeiro, em Vila Nova de Famalicão, onde vive desde os cinco anos, e os pais tinham um restaurante chinês, que converteu mais tarde à gastronomia japonesa.
A aprendizagem ao longo dos anos permitiu-lhe dar outros saltos e abrir mais casas – o Mikado, em Famalicão e Braga, e o Miyuki, em Vizela, são algumas das mais conhecidas.
O Hoko inaugurou há cerca de um ano e conseguiu criar uma clientela fiel. “As pessoas estão cada vez mais exigentes, porque viajam muito, e os nossos clientes também o fazem, mas elogiam-nos e dão-nos um bom feedback”, conta Yang Qi. Quis apostar nos petiscos típicos de uma izakaya, ideais para partilhar entre amigos, sem ser purista. “Foco-me mais no produto e uso alguns temperos e técnicas tradicionais, mas tento ter uma carta para agradar a um grande número de pessoas”, acrescenta.
Uma refeição pode começar com um edamame (feijões de soja com flor de sal, €2), ser acompanhada por miso shiro (caldo adocicado de miso com tofu, algas e wakame, €3), ter como entrada uma japonesinha com ovo (adaptação da nossa francesinha, uma panqueca japonesa de legumes com molho tonkatsu e ovo, entre outros ingredientes à escolha, €9,50), camarão crocante (enrolado em massa kataifi, com um molho especial, €10) ou kaki nama (ostras frescas, €9,50).
Entre as ofertas do sushibar, o new style sashimi (com cortes muito finos de cinco variedades de peixes, €19) ou o taco sakana (tortilha de trigo crocante recheada com peixe branco e salmão, €8) têm sido consensuais. Há ainda gunkans, nigiris e temakis, as robatas (espetadas de carne, peixe ou legumes grelhadas no carvão, €8 a €38), e o preguinho japonês (€19), já um clássico da casa, que muitos escolhem para terminar o repasto. Para conhecer diferentes especialidades, o menu de degustação (€65) é uma boa opção.
Hoko > Av. Dom João II, 378, Braga > T. 93 764 7880 > seg-dom 12h-15h, 19h-23h > Aos domingos, das 11h30 às 14h30, há brunch japonês, uma seleção de oito pratos, para repetir à vontade, por €60