Ao olhar a fachada do Palácio dos Príncipes, um edifício construído em 1784, na Rua de Cedofeita, e reabilitado pelo arquiteto Pedro Leão, dificilmente se adivinha que esconde um pátio. É preciso contornar os muros altos até chegar ao portão, já no início da zona pedonal da Rua Miguel Bombarda, para dar de caras com a esplanada. Aberto desde outubro como bar, o Monarca serve agora refeições.
Ao que consta, o edifício nunca hospedou nenhum rei, mas, como diz Juliana Branco, a gerente, “o serviço está pronto para receber a monarquia”. Na cozinha aberta para a sala, junto ao pátio, David Amorim anda à volta dos preparativos do almoço. “A ementa é curta, para podermos fazer tudo aqui.” Além da confeção de molhos e da ricotta, procuram-se produtos o mais local possível, sejam os microlegumes, seja a carne ou o pão de fermentação lenta, da padaria Farro.
No Monarca, o brunch vai além das tostas, panquecas e doces, e destaca-se por integrar receitas da cozinha portuguesa e africana, de que são exemplo os ovos Benedict à Monarca (€9,50), uma inesperada e saborosa reinterpretação com carne de porco desfiada, cozinhada a baixa temperatura durante seis horas, e o shakshouka (€9,50), feito com molho de tomate e especiarias, pimento e curgete assados, ovos, salsa e coentros frescos, acompanhado de pão pita e salada.
Noite dentro, servem cinco cocktails de assinatura, todos com álcool (€6-€8). Do Burguês, de sabor tropical, ao Marquesa, leve e cítrico, passando pelo inspirado D. Inês, no Monarca nunca é tarde para beber. E nós, agradecemos.
Monarca > R. de Miguel Bombarba, 18, Porto > qua-qui 9h30-24h, sex-sáb 9h30-2h, dom 9h30-19h9h