LISBOA
1. O Jacinto
Após uma pequena pausa no verão, entre julho e setembro, o cozido à portuguesa está de volta às mesas do restaurante O Jacinto, na zona antiga de Telheiras, em Lisboa. Às segundas-feiras, as travessas servidas à discrição têm lugar de destaque neste restaurante discreto, conhecido pela sua comida de tacho à boa moda portuguesa. “A segunda-feira é o dia da semana em que os nossos colegas [de outros restaurantes] não costumam ter cozido nas suas ementas”, diz Júlio Oliveira, chefe de sala d’O Jacinto.
O cozido, com direito a repetir as vezes que se quiser, é preparado com carnes de porco, vaca e frango, couve-portuguesa, couve-lombarda, cenoura, nabo e batata. A acompanhar, não faltam o chouriço de carne e de sangue, a morcela e a farinheira (€17,50/pessoa). “Enchemos o prato as vezes que forem necessárias, para que ninguém saia daqui com fome”, garante o chefe de sala. Av. Ventura Terra, 2, Lisboa > T. 21 759 1728 > seg-sáb 12h-15h, 19h-22h > €17,50/pessoa
2. Varanda de Lisboa
É no oitavo piso do Hotel Mundial, no Martim Moniz, com vista sobre a cidade, que se pode saborear este cozido à portuguesa, sentados numa das mesas do restaurante Varanda de Lisboa. Todas as quintas-feiras, o cozido à portuguesa, com assinatura do chefe Vítor Sobral, ganha adeptos assim que o tempo começa a arrefecer.

À mesa, chegam vários tachinhos arrumados num carrinho, servidos com toda a amabilidade e simpatia. O sabor lembra o cozido feito pelas nossas mães e avós. O arroz feito com o caldo da cozedura (há também sopa do cozido), as couves no ponto certo, as carnes variadas e os enchidos gulosos fazem desta refeição um verdadeiro banquete, que nos reconforta a alma. O menu inclui entrada, sobremesa um copo de vinho (€19,50/pessoa) e ainda estacionamento gratuito no hotel. Hotel Mundial > Pç. Martim Moniz, 2, 8º andar, Lisboa > T. 21 884 2000 > seg-dom 12h30-15h, 19h30-22h30 > €19,50/pessoa
3. Plano
A nova ementa do Plano, no bairro da Graça, em Lisboa, pensada para as horas de almoço, privilegia a comida de tacho e os pratos de conforto, com raízes em Trás-os-Montes, região de origem do chefe Vítor Adão. É o caso do cozido (€35/adulto, €18/criança, inclui couvert e sobremesa), servido aos domingos, a partir das 12h30, neste restaurante dentro da guesthouse Dona Graça (também tem serviço de takeaway e de entrega em casa, reservas até ao dia anterior).
Fiel à receita tradicional, o chefe transmontano combina os ingredientes trazidos maioritariamente do norte de Portugal. Às alheiras e ao salpicão de Boticas, junta a linguiça de Chaves, o chouriço de cabaça e a orelha fumada de Montalegre, a bucheira e as batatas de Carvela. Na panela, entra também vaca barrosã, frango de Leiria e cenouras de Colares. Tudo isto, cozinhado com água de Carvalhelhos, numa panela de ferro, no fogo. R. da Bela Vista à Graça, 128, Lisboa > T. 91 317 0487 > ter-sex 19h30-22h30, sáb-dom 12h30-22h30 > €35/adulto, €18/criança (inclui couvert e sobremesa) >Takeaway e entrega em casa em Lisboa, Oeiras e Cascais
4. O Nobre

Todos os domingos, por volta das 7 horas da manhã, no restaurante O Nobre, já estão ao lume os grande panelões com as carnes para o cozido, mas os preparativos começaram no dia anterior. Mais tarde, será a vez de se cozerem as couves e de fazer-se o arroz de farinheira com o caldo do cozido. Estas são algumas das tarefas que ocupam o dia trabalho da chefe Justa Nobre. “Só não tivemos cozido à portuguesa durante o mês de agosto, para deixar saudades nos clientes, de resto não pode faltar na ementa d’O Nobre”, diz a chefe transmontana. Servido desde o primeiro domingo de setembro no seu restaurante no Campo Pequeno, em Lisboa (e em versão takeaway ou entregue em casa), é um prato para saborear em família. “Só faço aos domingos, quando os clientes têm mais tempo para saboreá-lo com os seus, à mesa Por outro lado, é um prato demasiado completo, que enche um bocadinho, e num dia de semana, quando se tem que ir trabalhar, torna-se pesado”, justifica Justa Nobre.
Devido à pandemia, o cozido chega agora à mesa numa travessa (e não em versão buffet, como era servido), mas continua a ter tudo o que se pode desejar (€29,90, no restaurante, €27,50, para takeaway). Ao entrecosto de porco preto, vitela, chispe, rabo, orelha, galo do campo, acrescentam-se as boas couves, nabo, cenoura, batata, batata-doce e feijão branco. Também nos enchidos a variedade inclui morcela, farinheira e chouriços de carne. Acompanha com arroz de farinheira. “Tudo a que se tem direito”, brinca a chefe. Av. Sacadura Cabral 53B, Lisboa > T. 21 797 0760 > €29,90/pessoa (restaurante), €27,50 (takeaway) > Takeaway e entregas em Lisboa
5. Adega da Tia Matilde
Com dia fixo na ementa, na Adega da Ti Matilde, o cozido à portuguesa pode ser saboreado todas as terças, sem falta. Neste clássico lisboeta, aberto em 1926 por Emílio Andrade, o prato farto é preparado com carne de vaca, entrecosto, toucinho, chispe, morcela, farinheira e chouriço. Na travessa também se inclui arroz, cenoura, couve e batata (€15,50/dose). R. da Beneficência, 77, Lisboa > T. 21 797 2172 > seg-sex 12h-16h30, 19h30-22h30, sáb 12h-16h30 > €15,50/dose > Takeaway e entregas em Lisboa
6. Solar dos Presuntos

Apesar dos muitos pratos afamados do Solar dos Presuntos, desta vez a visita faz-se para provar o cozido à minhota (€18/dose), como aqui é chamado, servido à quarta-feira. E nele não falta nada: desde as carnes de porco, vaca e frango, sem esquecer a hortaliça, a couve-branca, o nabo, a cenoura, o feijão e a batata. Nos enchidos, destacam-se, entre outras variedades, a farinha e a morcela. Não é obrigatório fazer encomenda prévia mas, como tende a esgotar-se rapidamente, há clientes que assim que reservam mesa, pedem logo para lhes guardar o cozido. R. das Portas de Santo Antão, 150, Lisboa > T. 21 342 4253 > seg-sáb 12h-22h30 > €18/dose >Takeaway e entregas em Lisboa e concelhos arredores (taxa de entrega €6,90/até 3 km, €25/até 25 km), encomendas valor superior a €100 entrega gratuita (até 15 km)
7. Bairro do Avillez

Para aconchegar o estômago nos dias mais frios, o Bairro do Avillez, no Chiado, do chefe José Avillez, tem agora uma nova sugestão para os almoços de sábado e de domingo: cozido à portuguesa, servido na mesa do restaurante e também disponível para entrega em casa, através da plataforma Uber Eats. Este prato tradicional (€25/pessoa, criança até os 12 anos €15) inclui aba de novilho e entrecosto de porco, carnes fumadas, mão de vitela, enchidos (chouriço, morcela e farinheira da Beira Baixa e morcela de porco preto), couve portuguesa, nabo, cenoura, batata, feijão branco e arroz de farinheira. Pode ser servido tanto no interior do restaurante como na esplanada aquecida. Só precisa de reservar mesa e de ir com apetite, pois. R. Nova da Trindade, 28, Lisboa > T. 21 099 8320 > seg-dom 12h-22h30 > Takeaway e entregas em Lisboa através da Uber Eats
8. JNcQUOI Avenida

No restaurante JNcQUOI Avenida, na Avenida da Liberdade, o cozido à portuguesa será servido apenas em duas datas especiais: 29 de novembro e 27 de dezembro, ambos num domingo. Preparado pelo chefe António Bóia, este clássico da gastronomia portuguesa, que convida a refeições prolongadas, tem tudo o que é preciso para reconfortar estômago e alma. Entre as carnes, conte-se com orelha de porco, entremeada, chispe, cabeça de porco, galinha, carne de vaca, pernil fumado, não esquecendo uma seleção de chouriças, morcela e farinheira, e uma mistura de mostardas (€38/pessoa, caldo de cozido €10). Para o repasto ficar completo, há ainda feijão branco, arroz vaporizado, couve-portuguesa, couve-lombarda, nabo, cenoura e batata. Av. da Liberdade, 182-184, Lisboa > T. 21 936 9900 ou bookatable@jncquoiavenida.com >€38/pessoa
PORTO
9. Antunes

Vem de longe a fama do cozido à portuguesa (€19/dose), servido às quintas-feiras ao almoço no Antunes, o restaurante de cozinha tradicional portuguesa na Rua do Bonjardim, na Baixa do Porto, nascido vai para 55 anos. “É um cozido com tudo o que se tem direito”, garante Maria Luísa, 77 anos, responsável pelo receituário da cozinha. O cozido só rivaliza com o pernil assado e com as rabanadas, feitas todos os dias. “Uma altura, deixei de servir cozido no verão, porque estava calor e achei que era um prato quente, mas os clientes reclamaram. De maneira que passei a fazê-lo todo o ano”, conta.
A preparação das carnes de porco (costelas, unhas, orelheira fresca e fumada, chispe, barriga) começa dois dias antes, temperadas com sal, alho e vinho tinto. No dia anterior, cozem-se as carnes de boi com cebola, louro e sal. Ao cozido, é depois acrescentado o frango, os enchidos (salpicão, chouriça de sangue e de vinho, moira) vindos de Famalicão, e os legumes (batata, couve-coração, nabo e cenoura), trazidos por um agricultor de Penafiel. A água da cozedura é servida durante o empratamento. Chega à mesa com arroz a acompanhar. R. do Bonjardim, 525, Porto > T. 22 205 2406 > seg-sáb 12h-15h, 19h-22h > €19/dose > Takeaway
10. Adega de São Nicolau
Aos domingos, a ementa da Adega de São Nicolau, na Ribeira do Porto, alterna entre o cabrito e o cozido à portuguesa, servido durante todo o dia (das 12 às 22 horas). “É uma receita à boa maneira portuguesa, feita com produtos frescos”, conta Renata Coelho, filha dos fundadores deste restaurante tradicional. O cozido (€12,50/dose) leva nabo, penca, cenoura, batata, toucinho, orelha e costelinha de porco, carne de vitela, frango e enchidos (morcela, moira, chouriça, farinheira, toucinho…). Os legumes são comprados no Mercado do Bolhão, e as carnes vêm de Resende, seguindo uma antiga tradição da família Coelho. R. de São Nicolau, 1, Porto > T. 22 200 8232 > seg-sáb 12h-22h > €12,50/dose > Takeaway e entrega ao domicílio no Porto, em Matosinhos, Vila Nova de Gaia e Gondomar
11. Líder

No Líder, restaurante de cozinha tradicional portuguesa, na zona das Antas, o cozido é fiel à receita da região de Entre Douro e Minho, de onde é natural o proprietário, Manuel Moura. Na carta, todas as quintas-feiras e aos domingos, de 15 em 15 dias (alterna com o cabrito assado), o cozido à portuguesa (€21,50/pessoa, €42,50/duas pessoas) é feito com ingredientes vindos de Amarante, da serra da Aboboreira. Nos enchidos, leva orelheira fresca e fumada, chouriço de carne e de vinho, moiras caseiras. Nas carnes, frango do campo, costelinhas de porco bísaro rapadas, nispo de vitela, unhas de porco, pernil fumado, além de legumes, como batata, penca, cenoura e nabo. Al. Eça de Queirós, 120, Porto > T. 22 502 0080 > seg-dom 12h-15h, 19h-22h30 > €21,50/pessoa, €42,50/duas pessoas > Takeaway aos domingos
12. O Ernesto
Assim que chega o frio, é certo e sabido que, ao almoço de quinta-feira (12h-15h), cheira a cozido n’O Ernesto, um dos restaurantes tradicionais mais antigos do Porto (1968). Reinaldo Pereira, o proprietário, conta que os legumes frescos (pencas, nabos, cenoura, batata e feijão branco) vêm diretamente dos produtores da Póvoa de Varzim. Nas carnes, só o frango já não entra na panela “porque o cliente mandava-o para trás”. O cozido (€12/meia dose) chega à mesa quentinho, com morcela, farinheira, chispe de porco e enchidos, como salpicão e toucinho. R. da Picaria, 85, Porto > T. 22 200 2600 > seg 12h-15h, ter-sáb 12h-15h, 19h30-22h > €12/meia dose > Takeaway
13. Rogério do Redondo

No Bonfim, no restaurante Rogério do Redondo só há cozido na ementa “quando há carnes frescas e se mata o porco”, avisa Rogério Sá, o proprietário. Não existe, por isso, um dia fixo da semana, mas no próximo dia 13 de novembro poderá contar com cozido à portuguesa nas sugestões de almoço (€22,50/meia dose, €37,50/dose, serve três pessoas). “Depois, talvez de 15 em 15 dias”, admite Rogério Sá, que reabriu o restaurante em 2019. As carnes, “fresquíssimas”, vêm de Bragança e de Chaves: cabeça de porco salgada, ossos de assuã, galo caseiro, carne de vaca… Além de enchidos, como salpicão e presunto, e dos legumes habituais. R. Joaquim António de Aguiar, 19, Porto > 22 536 2215 > ter-dom 12h-15h30, 19h30-22h30 > €22,50/meia dose, €37,50/dose (serve três pessoas) > Takeaway
14. O Rápido
Servido às quartas, ao almoço, o cozido à portuguesa (€22/2 pessoas) deste restaurante de cozinha tradicional, situado junto à Estação de São Bento, é feito desde há muitos anos pela cozinheira Rosa Mendes. Inclui carne de porco e de vitela (não leva frango), enchidos vários (farinheira, chouriça de sangue, botelo), legumes (couve, cenoura, batata) e ovo cozido. R. da Madeira, 194, Porto > T. 22 205 4847 > seg-sab 12h-15h, qua-sab 19h-21h30 > €22/2 pessoas > Takeaway e entrega ao domicílio no Porto, em Vila Nova de Gaia e Matosinhos (taxa de entrega €3)
