Vive no fundo do mar rochoso e arenoso e alimenta-se de algas, bivalves e outros invertebrados. A santola é um petisco que chega às mesas da Nunes Real Marisqueira, em Belém, em duas versões. Como entrada, servida na casquinha guarnecida com cerveja preta, maionese caseira e pickles. Mas também completa, com casco e as “patinhas”, cozida em água temperada com sal marinho (€40/kg). “Quem pede uma santola é um cliente específico e apreciador”, diz Rui Nunes, proprietário desta marisqueira, aberta em 2001.
Com um sabor mais acentuado a mar em relação às sapateiras, estas santolas são apanhadas na costa entre Peniche e Setúbal, por uma questão de proximidade. Já à mesa, é hora de pegar no martelo e no alicate e começar o banquete. Não se queixe logo da falta de jeito, se não conseguir partir a carapaça. “São muito duras”, garante Rui Nunes. Confirma–se, dizemos nós, mas os empregados, sempre atentos, ajudam a tornar a missão mais fácil. No geral, o marisco pede tempo para se saborear cada pedacinho, por isso nesta casa as cervejas servem-se em canecas de inox para manter a frescura e o gás. E nós louvamos cada golo.
Nunes Real Marisqueira > R. Bartolomeu Dias, 112, Lisboa > T. 21 301 9899 > ter-dom 12h-24h