Teve um dia negro e precisa de descarregar? Faça-o à mesa, aconselha este restaurante. O nome Vingança é pretexto para um menu criativo, dividido em três níveis de temperatura: frio, morno e quente. “Quisemos aplicar a ideia, criando pratos originais”, conta Luís Américo, que renova a parceria com a encenadora Marta Freitas (o chefe já tinha sido consultor do restaurante Cruel, na porta ao lado da Rua da Picaria). “Tem corrido muito bem. No teatro trabalha-se para um público que retira emoções do espetáculo e procura divertir-se, tal como num restaurante”, diz Luís Américo.
Sem carregar demasiado na nota, há toda uma envolvência a recordar os bares de Chicago dos anos 20/30. O papel de parede com flamingos, as cortinas de metal dourado, as luzes ténues sobre as mesas, o piano a um canto, as roupas à gangster dos empregados, os livros de espionagem guardados numa vitrina… Todos os pormenores foram pensados a rigor por Marta Freitas. No piso inferior, está ainda uma grande mesa, em contacto direto com a cozinha, “muito apreciada pelos clientes, pelo lado mais privado e sedutor”, explica Marta.
A carta promove as partilhas. Veja-se, nos frios, o ceviche de garoupa e milho crocante ou a terrina de leitão com maçã verde e rúcula (entre os €6 e os €7). Nos mornos, destacam-se o salmão a 55 graus com puré de aipo e cogumelos, o bacalhau escalfado com feijão-preto e farofa de broa ou o tataki de peito de pato com puré de alperces e cebola crocante (entre os €10 e os €12). Para temperamentos mais calorosos, escolha-se a perna de leitão no forno com arroz de maçã e passas (€15) e, para um grande final, o leite-creme queimado flamejante (€4), com um isqueiro em forma de revólver a dar-lhe lume. Quem se atreve?
Vingança > R. da Picaria, 84, Porto > T. 92 754 7453 > seg-qui 19h30-00h15, sex 19h-01h, sáb 13h-15h, 19h-01h