![05 - memmo preal - Café Colonial.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/982334605-memmo-preal-Caf%C3%A9-Colonial.jpg)
O Café Colonial quer descolar-se do rótulo de restaurante de hotel e entrar no roteiro dos lisboetas
É preciso percorrer um pequeno túnel com acesso pelo número 56 da Rua D. Pedro V, em Lisboa, para descobrir o novíssimo Memmo Príncipe Real. Depois de Sagres e Alfama, este é o terceiro hotel do grupo, desta vez construído de raiz e a funcionar discretamente desde o início de outubro. Um edifício branco retangular, encaixado em desnível nesta colina chamada de São Roque, que o arquiteto Samuel Torres de Carvalho tão bem soube aproveitar. Falamos da vista, claro, porque aqui chegados é impossível não ficar a olhar esta Lisboa que vai da Graça ao Parque Eduardo VII – ou vice-versa, assim se queira.
Se as comodidades deste cinco estrelas foram pensadas para os turistas, para quem por cá vive há de interessar saber que ali é possível ir almoçar ou jantar. O Café Colonial quer descolar-se do rótulo de restaurante de hotel e entrar no roteiro dos lisboetas. Para isso, apostou-se num ambiente descontraído – música no volume certo, mesas a casar com sofás em veludo, grandes tapetes marroquinos, zona de bar.
Quanto à comida, o nome escolhido ajuda a desvendar – uma ementa feita para partilhar (café), inspirada nas viagens que os portugueses fizeram pelo mundo (colonial). Tudo pensado por Rodrigo Machaz e João Corrêa Nunes, os sócios proprietários, e que o chefe de cozinha Vasco Lello ajudou a concretizar. “A ideia não era fazer um restaurante de comida brasileira, asiática ou africana. O que fizemos foi pegar no receituário e nos sabores destas gastronomias e levá-los à mesa, em pratos simples”, explica Vasco Lello, que aceitou o desafio, depois de cinco anos à frente do Flores do Bairro, o restaurante do Bairro Alto Hotel.
A lembrar o Brasil, por exemplo, estão os croquetes de camarão, com maionese de limão e citronela (€2,5), enquanto as asinhas de frango trazem o sabor da muamba no molho piripíri suave, quiabos e amendoim que as acompanha (€9). As ostras aqui são “de outro mundo” – seis unidades servidas ao natural com sumo de lima e pimenta, com molho asiático e puré de cogumelos shitake, e ainda um shot de creme Pitche-Patche (€13). A variedade nas entradas é generosa (13, no total) e se este périplo ficasse por aqui, diríamos que já tinha valido a pena.
A próxima paragem são os pratos principais – também estes para partilhar, com preços entre os €18 e os €24. Caril de camarão, pato asiático, bacalhau de inspiração oriental, em manteiga de miso, cogumelos shitake e couve pak choi, ou corvina com carolino de Bulhão Pato, aqui a lembrar a cozinha portuguesa. Para terminar, é escolher o porto de abrigo: São Tomé, com o chocolate em quatro texturas com banana e praliné de amendoim (€8); Brasil, a saber a quindim com gelado de maracujá e lima (€7); ou Goa, optando pela bebinca com gelado de gengibre (€7). Quem disse que viajar não era bom?
No terraço em frente ao restaurante vão ser colocados toldos e aquecedores para os dias mais frios. Ali não se servem refeições, mas é possível pedir um dos cocktails (preço médio €8) e desfrutar da vista, sentado num dos sofás.
![04 - memmo preal - Lobby.jpg](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/10/982806104-memmo-preal-Lobby.jpg)
No Café Colonial, apostou-se num ambiente descontraído
Café Colonial > Memmo Príncipe Real > R. D. Pedro V, 56, Lisboa > T. 21 901 6800 > seg-dom 12h30-15h, 19h30-22h (qui-sáb cozinha encerra às 23h)