Andar pelas ruas do Porto a picar batata frita belga já não será um cenário tão improvável como outrora. A culpa é do Chiparia, aberto dias antes do Natal, na Baixa, versão portuguesa dos fritkots, à semelhança dos populares quiosques que vendem cones de batata frita por toda a Bélgica e até se candidataram a património imaterial da UNESCO. Luís Almeida, gestor hoteleiro, com o curso de cozinha e pastelaria, sentia falta de “comida diferente nas ruas da cidade”. E foi durante uma viagem à Bélgica que pegou na ideia. Depois de uma formação em terras belgas, iniciou-se no negócio que, ao que parece, tem pernas para andar. “Não havia um sítio com batata frita belga para petiscar fora de horas”, conta. “Há belgas e holandeses a dizerem-me que existem casas na Bélgica e na Holanda que não as fazem tão bem”, revela.
Mas o que distingue, afinal, estas batatas que, garante Luís Almeida, “são sempre crocantes e com a mesma consistência”? À primeira vista, o facto de serem descascadas no próprio dia, com um tamanho diferente do habitual, e de serem fritas na hora. Pelo meio, haverá também uma pitada de segredo. E é preciso não esquecer os dez molhos diferentes: além da mostarda, maionese, ketchup e cocktail, conte com os picantes samurai e hotshot, andaluz e frite saus (à base de tomate e especiarias), jammie (caril, mostarda de dijon e cebola caramelizada) e snack saus (maionese com vinagre e ovo). Para beber, o Chiparia sugere um copo ou jarro de sangria (€3 a €8) feita à base de vinho verde. No futuro, Luís Almeida pretende alargar começar a servir outros petiscos como as gambas panadas que devem surgir na ementa lá para meados deste mês.
Chiparia > R. da Picaria, 16, Porto > T. 22 319 82 21 > seg-qui 14h-24h, sex-sáb 14h-02h, dom 14h-22h > 2,50/cone com molho

Rui Duarte Silva