Andar por aí. A ideia do Lisboa na Rua é apenas essa, mas, para os leitores que (muito legitimamente, sublinhe-se) gostam das notícias organizadas, diga-se que o festival, que começa esta quinta, 20, está para o último mês do verão como as Festas de Lisboa estão para o princípio da estação na cidade. Entre chegadas e regressos, ocupam-se as praças, os jardins e as ruas de Lisboa com espetáculos de entrada livre.
Como as estações do ano, há iniciativas do Lisboa na Rua promovido desde 2009 pela Câmara Municipal de Lisboa, através da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) que se repetem. E bem. O ciclo A Arte da Big Bang, coordenado por Luís Hilário, leva orquestras de jazz a cinco praças e jardins da cidade (começa já esta quinta, 20, com a atuação da Orquestra AngraJazz no Jardim do Arco do Cego).
Os concertos acontecem sempre às quintas, às 19 horas, com o expediente terminado. Haverá swing e é suposto dançar-se. No Largo de São Carlos, em princípio, não se dançará: Raquel Tavares (esta sexta, 21, às 21 e 30), Amélia Muge (28), Kátia Guerreiro (29), António Chainho (4 de setembro) e Jorge Fernando (11 de setembro) enchem de fado o largo que, por tradição, pertence à música erudita.
Aos museus de Lisboa também regressa o FUSO, com uma homenagem a Ernesto de Sousa no Museu do Chiado (dia 27) e os vídeos de Miguel Palma a serem exibidos no jardim do Museu Nacional de Arte Antiga (29). No âmbito do Fitas na Rua vão ser revelados filmes em queLisboa é protagonista, com o local de projeção a relacionar-se com o filme, numa proposta de passeio cinematográfico pela cidade (ver caixa).
Além disso, associado ao Fitas na Rua, estreia-se o Traça Mostra de Filmes de Arquivos Familiares, projeto através do qual oito realizadores portugueses (Catarina Alves Costa, Edgar Pêra, Jorge Cramez, José Filipe Costa, Manuel Mozos, Margarida Cardoso, Margarida Leitão e Susana Nobre) criaram curtas-metragens a partir de arquivos familiares.
Inédito será, por sua vez, ouvir a Orquestra Gulbenkian na Praça do Município. O concerto encerrará o Lisboa na Rua a 20 de setembro, quando o regresso às aulas já tiver acontecido. Direção do maestro convidado Pedro Neves e repertório suficientemente popular: Scheherazade, de Nikolai Rimsky-Korsakov, e Boléro, de Maurice Ravel. Depois dos “bonecos” imaginados por Nuno Saraiva para as Festas de Lisboa de 2015, para esta edição do Lisboa na Rua, também o ilustrador João Fazenda criou um conjunto de desenhos. Quemetem passarinhos, gatos e luas em quarto crescente, contrabaixos e saxofones, gente sentada nos telhados a ouvir música. A andar por aí,antes que o verão acabe.
Vários locais da cidade 20 ago-20 set
Lisboa no cinema
A cidade é a protagonista nesta edição do Fitas na Rua. Obras nunca ou raramente exibidas sobre Lisboa serão projetadas em locais que, de alguma maneira, se relacionam com os filmes
HERÓIS DO MAR de Fernando Garcia. Terreiro das Missas. 22 ago, 22h
OS AMANTES DO TEJO de Henri Verneuil. Ribeira das Naus. 23 ago, 22h
ADEUS LUZ DE VERÃO de Yoshishige Yoshida. Largo da Torre, ao lado do Palácio Nacional da Ajuda. 30 ago, 22h
LISBOA: AS GRANDES CIDADES DO MUNDO de Augusto Cabrita e Fernando Lopes. Miradouro do Recolhimento, ao Castelo de São Jorge. 5 set, 22h
GERAÇÃO FELIZ de Leonor Areal. Rua Augusta. 6 set, 22h 007
AO SERVIÇO DE SUA MAJESTADE de Peter Hunt. Rossio. 19 set, 22h