Fez da bicicleta o seu principal meio de transporte há três anos. É a pedalar que João Camolas vai trabalhar, que levava o filho à escola (agora vai a pé), dá as suas voltas. É assim que foge ao trânsito da cidade.
Mas no seu dia-a-dia de ciclista, sentia falta de algum apoio logístico. Às vezes apetecia-lhe uma bicicleta nova, um capacete mais na moda, um acessório especial. Em Portugal não encontrava o que queria e tinha sempre de mandar vir. Até que abriu o seu próprio negócio, todo ele à volta do conceito “bicicleta urbana”.
O Velocité Café não é apenas uma loja nem um espaço de aluguer de veículo não motorizado a dois pedais. também não é apenas um café ou uma oficina.
É tudo ao mesmo tempo, e ainda uma livraria, um espaço de aluguer de bicicletas (€10/meio dia), uma sala de cinema, o ponto de encontro para passeios e esplanada. O Velocité Café é isso tudo.
João (com Maria João, sua sócia) ocupou o espaço de um antigo stand de automóveis (o que, para João, é um “sinal da mudança dos tempos”), em cima de um troço da ciclovia de Lisboa (que, com alguns intervalos, já liga as Avenidas Novas a Benfica, Telheiras, Campo Grande, Olivais, Parque das Nações). “Estava a pedi-las”, diz.
Lá dentro, há bicicletas que vão dos €200 e tal euros (as portuguesas Orbita) aos €1 700 (as Brompton, desdobráveis).
Há bicicletas japonesas (as Tokyo Bay não se vendiam em Portugal), alemãs e Kiddimotos para os pequeninos. Há capacetes que parecem chapéus, cadeados em forma de gota, cestos e malas. E livros. Tudo o que gire à volta de uma bicicleta.
E porque pedalar pode abrir o apetite, também servem saladas, hambúrgueres, salsichas, tostas e pregos, saladas, sumos e sobremesas. Por ora, é o que têm. Amanhã poderá haver mais…
VELOCITÉ CAFÉ
Av. Duque D’Ávila, 120
Seg-Sex 8h-20h, Sáb-Dom 9h-20h