O passeio até à Baixa de Lisboa não tem de terminar debaixo do Arco do Triunfo na Rua Augusta ou junto à estátua equestre de D. José I a contemplar o rio Tejo. Desde dia 1 de março, todos os cidadãos têm acesso livre à ala poente da Praça do Comércio (classificada como monumento nacional), local do renovado complexo Pátio da Galé. Após 11 meses de restauro, o projeto do arquiteto Tiago Silva Dias oferece à cidade o espaço onde se situava à data do terramoto (1 de novembro de 1755), o Paço Real e a Casa da Índia, destinados a albergar o arsenal
da Marinha. Mais tarde pertenceu aos CTT – Correios de Portugal, seguiu-se o Ministério da Agricultura e desde há 10 anos está nas mãos do Turismo de Lisboa. Trata-se de um investimento de 4,3 milhões de euros, dos quais 75% são financiados pelo Turismo de Lisboa e os restantes 25% pelo Turismo de Portugal, IP, no âmbito do Programa PIT.
As dez portas viradas para a praça do Terreiro do Paço mantêm-se originais. À beleza intrínseca do pátio junta-se a nobreza dos materiais utilizados: pedra de Lioz nas cantarias, argamassas e pinturas à base de cal nos trabalhos de restauro, soalhos em pinho de Riga, caixilharias em madeira pintada, azulejos da fábrica lisboeta de Sant’Anna e mosaicos hidráulicos.
São cerca de 1 850 m2 de área e uma capacidade máxima de 1 800 utilizadores em conjunto com os espaços adjacentes que nos próximos tempos receberão algumas das iniciativas culturais mais importantes da capital: Moda Lisboa – 20 Years (10-13 Mar), Peixe Em Lisboa (7-14 Abr), exposição dedicada ao Fado nas Artes Plásticas e o Festival dos Oceanos (Ago).
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