Sabe-se há vários anos que ficar muito tempo sentado aumenta o risco de doenças crónicas e de morte prematura e que é preciso contrariar o sedentarismo para contrabalançar esse efeito negativo. Mas, assumindo que alguém passa 8 horas por dia em frente a um computador, que duração devem ter as pausas para movimento? Foi para preencher essa lacuna que um grupo de investigadores americanos se dedicou a avaliar o impacto de diferentes pausas (diferentes na frequência e na duração) nos fatores de risco cardiometabólicos.
O estudo, liderado por Keith Diaz, professor de medicina comportamental na Universidade de Columbia, e publicado na revista American College of Sports Medicine, envolveu 11 participantes e permitiu perceber que o máximo benefício é obtido com cinco minutos de caminhada ligeira a cada meia hora. Por caminhada ligeira entenda-se, explica Diaz, que pode ser a um ritmo muito lento de 20 minutos por quilómetros.
Para esta investigação, a equipa recorreu a uma amostra de onze pessoas, a quem foi pedido que se sentassem em cadeiras ergonómicas durante 8 horas, interrompidas por breves períodos de caminhada. Em teste estiveram diferentes combinações: Um minuto a andar para cada 30 sentados, um minuto a cada hora, cinco minutos para cada 30 e cinco para hora. A opção sem qualquer período de caminhada também foi testada.
Todas as combinações se mostraram eficazes, mas que se destacou como resultando em maior benefício a nível da redução dos níveis de açúcar e da pressão arterial foi a versão 5 minutos caminhada/ 60 minutos sentado.
Os valores atingidos com estas pausas para andar foram tão surpreendentes que Diaz compara-os com os que seriam expectáveis com seis meses de exercício físico diário.
Além dos efeitos positivos na saúde, os participantes que fizeram as breves caminhadas ao longo das oito hors também mostraram uma redução na sensação de fadiga e melhorias no humor.