“Usar máscara, e de forma permanente, reduzirá o risco de infeção. E quanto melhor a qualidade da máscara maior proteção se terá.” As palavras são de Anne Rimoin, epidemiologista da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos EUA, a propósito do estudo científico mais recente sobre a eficácia das máscaras em locais públicos fechados.
A investigação incluiu mais de três mil habitantes da Califórnia que receberam o resultado de um teste PCR entre fevereiro e dezembro de 2021, sendo que metade tinha testado positivo.
As pessoas que disseram usar sempre máscara FFP2 (ou KN95) em espaços fechados, têm menos 83% de possibilidade de ficar infetadas, sugere o estudo.
Os resultados mostraram, ainda, que quem utiliza máscara cirúrgica tem menos 66% de probabilidade de apanhar o vírus e os usam máscara de pano menos 56%.
O uso dos respiradores (FFP2), com maior capacidade de filtragem, também foi associado a maior proteção.
A investigação, embora tenha sido feita antes da chegada da Ómicron, lança o debate sobre a continuação da utilização de máscaras numa altura em que vários países estão a levantar as medidas de restrição contra a Covid-19. A Dinamarca foi o primeiro estados da União Europeia a levantar todas as restrições, incluindo o uso de máscaras.
“As máscaras, especialmente as N95 ou KN95 (FFP2), continuam a ser uma ferramenta eficaz para reduzir a propagação da Covid-19, além da vacinação com dose de reforço”, referiu, ao The New York Times, Erica Pan, epidemiologista do Departamento de Saúde Pública da Califórnia.