O regulador norte-americano para a introdução de novos medicamentos no mercado vai autorizar a vacina da Pfizer contra o vírus da Covid-19 na próxima segunda-feira. Até agora, todas as vacinas que estão a ser administradas receberam luz verde para serem administradas apenas num regime de emergência.
A notícia é avançada pelo New York Times, que cita fontes conhecedoras do processo. A FDA (The Food and Drug Administration), a entidade equivalente ao Infarmed em Portugal, está ainda a analisar os últimos detalhes para aprovar o uso regular das duas doses da vacina da Pfizer no combate à pandemia do SARS-CoV-2, mas a decisão é dada como certa. No caso da Moderna, ainda vai demorar mais algum tempo.
Esta alteração de estatuto é vista como um potencial argumento capaz de convencer mais pessoas a serem vacinadas, uma vez que muitos dos que têm recusado a inoculação contra o novo coronavírus escudam-se na ideia de que as atuais vacinas são “experimentais” e, por isso, negam-se ao que dizem ser um papel de “cobaias da indústria farmacêutica”. A partir da próxima semana, porém, a vacina da Pfizer vai receber a autorização de introdução no mercado, o que significa que será equiparada a qualquer medicamento em circulação, com o selo de segurança e eficácia que isso implica.
A “normalização” desta vacina pelo regulador abre ainda a porta para impor a sua obrigatoriedade em certos setores da sociedade. As forças armadas poderão ser dos primeiros grupos a receber essa ordem, já em setembro.
Assim que a FDA deliberar, a Pfizer avançará com o processo de aprovação de uma terceira dose da vacina que resultou de uma parceria com a alemã BioNTech. O presidente Joe Biden, recorde-se, já marcou no calendário o dia 20 de setembro como data para começar a administrar esse reforço da vacina aos norte-americanos que tenham recebido a segunda injeção há oito meses. A FDA já o autorizou, mas só em alguns casos de pessoas imunodeprimidas.