A recomendação foi publicada no domingo pelo ministro da Saúde de Israel, estabelecendo que os adultos com compromisso grave do sistema imunitário devem levar uma terceira dose da vacina da Pfizer, que já na semana passada tinha anunciado a vontade de obter autorização para uma terceira dose da sua vacina de mRNA por considerar que o risco de infeção aumenta passados seis meses.
A ideia, clarifica a tutela, é elevar o nível de anticorpos entre os cidadãos imunocomprometidos, incluindo doentes oncológicos e transplantados, não estando ainda tomada a decisão de disponibilizar uma terceira dose à generalidade da população adulta.
A decisão surge numa altura em que Israel, entre os países mais rápidos do mundo a vacinar contra a Covid-19 e reabrir, está a braços com uma nova vaga de casos de infeção, alimentada, em grande parte, graças à variante Delta. Desde 29 de abril que o número de novos casos diários estava abaixo dos 100 (com um mínimo de 9), mas desde 25 de junho que esse patamar voltou a ser ultrapassado, estando agora nas quatro centenas.
Segundo o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, o país já fechou com a Pfizer mais um carregamento de vacinas, que vai permitir continuar a campanha de vacinação e alargá-la aos jovens entre os 12 e os 15 anos.
Já esta segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou desnecessária uma terceira dose de reforço da vacina contra a Covid-19.
“Não há uma evidência que indique a necessidade de uma (terceira) dose de reforço”, salientou, em conferência de imprensa, Ann Lindstrand, uma das responsáveis da OMS pela supervisão da vacinação contra o novo coronavírus, apelando aos países que o consideram fazer para pensarem numa perspetiva global e entregarem essas doses a países que ainda não começaram a vacinação.
A responsável admitiu que a vacina, como em qualquer outra, pode reduzir os efeitos com o passar do tempo, mas salientou que não há para já dados suficientes que indiquem que esse reforço é necessário.