Atualmente, há uma incidência cumulativa a 14 dias próxima de 71 casos por 100 mil habitantes em Portugal, com “uma tendência ligeiramente crescente”, revelou André Peralta Santos, epidemiologista responsável pelo departamento de estatística da Direção-Geral da Saúde na reunião que decorre no Infarmed, em Lisboa.
No entanto, existem 22 concelhos com mais de 120 casos por 100 mil habitantes, que representam cerca de 600 mil pessoas (6,5% da população nacional). É no Algarve e no Alentejo que se encontra a maioria destes concelhos.
Em relação ao número de infeções, houve uma “redução muito assinalável em todos os grupos etários”, exceto no grupo entre os 0 e os 9 anos, que registou “uma inversão da tendência e aumento” do número de casos. Assim, todas as faixas etárias têm menos casos do que a 15 de março, menos este grupo de crianças.
Já na faixa etária dos 80 e mais anos a tendência é decrescente, em grande medida devido à evolução da vacinação dos mais velhos.
A incidência cumulativa a 14 dias tem um “aumento mais expressivo na população mais jovem”, mas já se começa a notar também um aumento dos 25 anos aos 70 anos, ou seja, na “população ativa”.
André Peralta Santos revelou, ainda, que existem, atualmente, apenas 121 casos ativos em lares de idosos, o “número mais baixo desde que há registos”, mérito da vacinação.
Já as hospitalizações mantêm uma “tendência decrescente”, abaixo do referencial das 245 camas ocupadas. Nos cuidados intensivos há também “alguma estabilidade” em termos de faixas etárias e mortalidade está “abaixo do limiar” definido pelo ECDC.
Na testagem, houve uma intensificação, sobretudo nos concelhos com maior incidência, o que conduziu a uma diminuição da positividade, que está abaixo dos 4% no território nacional.