Foram propostas várias medidas de desconfinamento pela pneumologista Raquel Duarte, no âmbito da reunião do Infarmed, que reuniu especialistas e políticos em torno da evolução da situação pandémica no País.
De acordo com a também docente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, os jardins-de-infância e as creches representam um baixo risco de desrespeito pelas regras sanitárias, têm um reduzido potencial de aglomeração e não provocam grande mobilidade territorial, já o risco económico é médio. Contudo, implicam um altíssimo risco “em termos de impacto social e mental”.
Quando o País estiver no nível 4 (120 infetados por 100 mil habitantes ao longo de 14 dias), Raquel Duarte sugere que se abra o pré-escolar, mantendo regras como o distanciamento físico, o uso obrigatório de máscara, o desfasamento de horários e a higienização dos espaços.
Após uma reavaliação, ao fim de duas semanas, poderá ser possível baixar o grau de alerta para o nível 3 (60 infetados por 100 mil habitantes ao longo de 14 dias), o que permitiria reabrir “o primeiro ciclo, segundo ciclo e por aí adiante”. Segundo a especialista da Administração Regional de Saúde do Norte, “só o agravamento de dois níveis pode permitir retrocesso”.
Raquel Duarte sublinhou que o desconfinamento das escolas foi o único pensado a nível nacional.