Ao terceiro dia, repete-se o cenário: em 24 horas, somam-se mais 102 mortes por Covid-19 no nosso país, descendo apenas o número de novos infetados – hoje, são mais 7502. Segundo o boletim diário da Direção Geral da Saúde, há ainda mais 215 pessoas internadas, totalizando 3770. Quanto aos cuidados intensivos, o valor também aumentou: há mais 18 pessoas internadas em UCI, perfazendo um total de 558.
São dados que vêm confirmar mais uma vez que o índice de transmissão (Rt) tem estado a crescer rapidamente – últimos dados da Direção-geral de Saúde (DGS) indicam que a nível nacional se situa no 1,20 – regressando assim aos valores registados em março, durante a primeira vaga da pandemia. O cenário anunciado levou já Governo e partidos políticos a concordarem com medidas mais restritivas para todo o país, semelhantes ao confinamento geral da primavera passada.
As decisões sobre as medidas concretas que enquadrarão o novo confinamento só serão fechadas na reunião do Conselho de Ministros de quarta-feira, e, adianta o Público, deverão entrar em vigor de imediato na quinta-feira.
A única exceção incide sobre as escolas, que deverão continuar abertas. “Há grande consenso entre técnicos e especialistas de que não é preciso afetar o funcionamento do ano letivo”, disse António Costa. Ainda assim, frisou que “fará o que for necessário fazer”, depois da reunião com os peritos agendada para a véspera da reunião ministerial, na terça-feira, 12, no Infarmed.
Já no resto da Europa, os confinamentos anunciados estão a incluir escolas – veja-se o caso do Reino Unido, acompanhado da Irlanda, Alemanha, Dinamarca e ainda algumas regiões do norte de Itália que, como conta o Financial Times, mandaram fechar as escolas durante várias semanas para tentar conter as infeções, depois das férias do Natal.
Desde que o primeiro caso de contágio foi diagnosticado, em março passado, Portugal teve 483 689 casos confirmados e 7 803 mortes com Covid-19.