Fala-se em “possível explicação” porque esta é a primeira vez que um estudo encontra esta ligação entre um gene e a diminuição da eficácia contracetiva da pílula feminina. Apesar de ser possível fazer uma análise para descobrir se uma mulher tem ou não esse gene ativo, o principal autor da investigação Aaron Lazorwitz, pede calma, lembrando que são necessários mais estudos que corroborem esta hipótese.
O CYP3A7*1C, assim se designa o gene em causa, está ativo em todos os fetos, mas, nos adultos, encontra-se quase sempre “desligado”. De acordo com este novo estudo, publicado no Obstetrics and Gynecology, é este gene que pode filtrar as hormonas dos contracetivos orais.
“Já usamos estas hormonas há décadas, mas temos de começar a observar como funcionam nas mulheres que as usam”, afirmou o professor de obstetrícia de ginecologia da Universidade do Colorado, em declarações ao Daily Mail, lembrando que quase todos os casos de gravidezes durante o uso da pílula nos EUA são atribuídos, simplesmente, a azar…
A equipa de investigadores analisou um total de 100 variações genéticas diferentes e selecionou os genes que interagiam com as hormonas e afetavam a forma como eram metabolizadas. Ao estudar um grupo de 350 mulheres, os especialistas descobriram que as que tinham uma expressão defeituosa do CYP3A7*1C tinham também problemas ao nível do metabolismo das hormonas.
Para já, a equipa de Lazorwitz acredita que esta interação só se verifica com a pílula e não com outros métodos contracetivos com concentrações hormonais mais elevadas, como os implantes.
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