Dormir demasiado pode ser um caminho para o desenvolvimento de doenças cardíacas ou até para a morte prematura, conclui um novo estudo publicado na revista médica European Heart Journal.
A investigação, que teve em conta dados de mais de 100 mil pessoas de 21 países diferentes, com idades entre os 35 e os 70 anos, descobriu que aquelas que dormiam mais de oito horas por dia tinham um risco mais elevado de morrer prematuramente ou de desenvolver problemas relacionados com o coração, relativamente às que dormiam entre seis e oito horas.
A equipa acompanhou os pacientes durante quase oito anos e, nesse tempo, foram registadas 4381 mortes, assim como 4361 eventos cardiovasculares graves.
Relativamente às pessoas que dormiam de seis a oito horas por noite, o grupo com períodos de sono superiores a oito horas e até nove tinha um risco 5% superior de vir a ter doenças cardiovasculares ou morrer prematuramente.
Já aqueles que dormiam entre nove e dez horas por dia tinham um risco 17% superior e os que tinham períodos se sono de mais de 10 horas viam o risco aumentar em 41%. Aqueles que dormiam entre nove e 10 horas por dia tinham um risco aumentado de 17% – e aqueles que dormiam mais de 10 horas por dia tinham um risco aumentado de doença cardiovascular ou morte de 41%.
Mas os resultados negativos não estão apenas relacionados com horas de sono a mais: A equipa também descobriu um aumento de 9% do risco no grupo que dormia seis horas ou menos diariamente.
De acordo com os pesquisadores, esta descoberta demonstra a importância de os adultos dormirem entre seis e oito horas por dia e aconselham a quem tenha o hábito de dormir mais de nove horas por dia uma visita ao médico, com o objetivo de identificar algum problema de saúde.