Os adolescentes mais calmos, empáticos e organizados são mais propensos a viver mais tempo relativamente aos jovens mais impulsivos e agitados, que têm menos probabilidade de chegar aos 60 anos.
Esta é a conclusão de um estudo realizado por investigadores da Universidade de Rochester, em Nova York, ao longo de 48 anos, e publicado, recentemente, na revista científica Journal of Epidemiology & Community Health, que pretendia perceber de que forma os traços de personalidade observados na adolescência influenciavam o risco de mortalidade.
A equipa utilizou dados recolhidos pelo Project Talent Study, que incluía uma amostra de pessoas de mais de mil escolas secundárias americanas, desde 1960.
Foram estudados mais de 300 mil alunos, com idades entre os 13 e os 18 anos, que fizeram vários testes psicológicos e questionários durante dois nesse ano.
A partir da análise desses dados, os cientistas encontraram ligações fortes entre adolescentes calmos e um risco reduzido de morte prematura e justificam esses resultados com o facto de esses adolescentes terem, geralmente, um estilo de vida mais saudável, sem excessos.
Os autores do estudo referem que, de facto, as pessoas que, na adolescência, foram mais calmas e organizadas, tornaram-se instrinsecamente mais saudáveis, já que os fatores psicológicos têm um impacto positivo no sistema imunológico, mas também hormonal e cardiovascular.
Além disso, esses adolescentes tinham menos probabilidade de se divorciarem no futuro. Estudos anteriores mostraram que o divórcio é um fator que aumenta o risco de morte prematura, porque as pessoas que se divorciam tendem a cuidar menos de si próprias.