Se está a tentar engravidar, devia pensar em comer mais peixe. Um estudo recente investigou 501 casais que estavam a tentar engravidar sem ajuda médica. Quanto mais peixe ingeriram, tanto a mulher como o homem, maior a frequência das relações sexuais e maior o nível de fecundidade.
Durante o período em que foram seguidos, os casais apontavam tudo em relação à sua alimentação e hábitos de saúde, incluindo a frequência com que comiam peixe ou a regularidade com que tinham relações sexuais. Foram também tidos em conta fatores como a idade, o nível de escolaridade, se fumavam, se ingeriam bebidas alcoólicas e se praticavam exercício físico.
Em relação aos homens, os resultados mostraram que aqueles que comiam duas ou mais refeições de peixe por semana (onde a porção rondava os 110 gramas) demoravam menos 47% do tempo a conseguir que a parceira engravidasse do que aqueles que não comiam tanto. As mulheres eram 60% mais rápidas a engravidar, se comessem peixe duas ou mais vezes por semana.
Este alimento também pode ter influenciado minimamente as relações dos casais, uma vez que aqueles que o ingeriam tinham relações sexuais 22% mais frequentemente.
A conclusão geral é que 92% dos casais que ingere peixe duas ou mais vezes por semana consegue engravidar, comparado com os 79% daqueles que optam por não comer tantas vezes este alimento.
O porquê destes resultados continua a ser incerto. “O peixe pode ajudar na qualidade do sémen, na ovulação e noutros indicadores”, disse a principal autora do estudo, Audrey J. Gaskins. “Ou talvez estes casais passem mais tempo juntos. Mas se é o peixe que os une, ainda é causal, embora através de um caminho comportamental não biológico”.
Gaskins explica ainda que “as mulheres têm medo de comer peixe por causa das preocupações com o mercúrio, mas os níveis de contaminação são baixos no peixe que comemos normalmente – atum enlatado, salmão, camarão e outros marisco”.