Um estudo da Universidade de Indiana, EUA, estudou as alterações que a separação materna precoce provocava em ratos e concluíu que, como estes roedores e os humanos têm cérebros com uma estrutura e conectividade semelhantes, é possível que crianças afastadas cedo das mães “correm maior risco de vir a ter vícios e doenças mentais, incluindo esquizofrenia”, como escreve Brian F. O’Donnell, um dos autores do estudo.
Para a investigação, alguns ratos foram retirados às mães durante 24 horas nove dias depois de nascerem, uma altura importante para o desenvolvimento cerebral. Ao contrário dos que permaneceram com a progenitora, estes roedores, na idade adulta, revelaram anomalidades a nível comportamental, psicológico, biológico e cerebral.
“Neste estudo, encontrámos danos na memória, bem como menos comunicação entre as regiões do cérebro, nos animais que foram afastados das suas mães, entre outras alterações neurológicas”, explica Sarine Janetsian-Fritz, outra das autoras do estudo.
Estas conclusões e maior conhecimento em relação ao cerebro deixam os cientistas cada vez mais perto de chegar a tratamentos para estes problemas, mas por perceber fica o porquê de os sintomas aparecerem tão tarde.