Um grupo de investigadores liderados pela química Lili He, da Universidade de Massachussets, nos EUA, propôs-se avaliar a eficácia de três técnicas para lavar uma maçã antes de a consumir. Para o estudo, agora publicado, os investigadores pulverizaram maçãs da variedade Gala com o fungicida tiabendazol e o inseticida fosmete, ambos aprovados pela Agência para a Proteção Ambiental dos EUA.
Vinte e quatro horas depois, lavaram as maçãs com água limpa, uma solução à base de lixívia tipicamente usada nos Estados Unidos e uma solução de água com 1% de bicarbonato de sódio. Os investigadores deixaram cada uma das três opções atuar dois e oito minutos antes de lavar cada peça com água novamente.
Aos dois minutos, a solução com bicarbonato de sódio tinha removido mais pesticidas do que os outros dois métodos. Mas só ao fim de 12 minutos desapareceram todos os vestígios de tiabendazol e aos 15 dos de fosmete. Mas só da casca, porque, realçam os investigadores, a essa altura já pequenas quantidades de pesticida tinham penetrado na fruta.
A água simples, por seu lado, mostrou-se mais eficaz do que a solução com lixívia na remoção dos pesticidas nos primeiros dois minutos.
Embora os níveis de pesticidas normalmente usados não sejam tóxicos, para minimizar a exposição, o estudo sugere que as maçãs sejam lavadas com uma mistura de água com bicarbonato de sódio: uma colher de chá para cada dois copos de água. A outra opção, claro, é descascá-las, embora aí se percam as fibras e vitaminas presentes na casca.