A Dinamarca volta a destacar-se pela positiva. Depois do país ser considerado o melhor para as mulheres viverem, aquele onde as pessoas são mais felizes e o que tem melhores sistemas de saúde da Europa, os bebés dinamarqueses foram considerados os mais calmos, ou pelo menos, os que choram menos, refere o The Guardian.
Segundo uma pesquisa publicada no Journal of Pediatrics, a Dinamarca, a Alemanha e o Japão são os países onde os mais pequenos choram menos, facto que contrasta com países como o Reino Unido, Itália e Canadá, onde os bebés choram mais. Este estudo foi realizado por investigadores da Universidade de Warwick, em Inglaterra.
Jessica Joelle Alexander, uma das autoras do livro The Danish Way of Parenting diz que não está surpresa com o resultado do relatório. “O primeiro ano de vida de uma criança é muito importante na Dinamarca e essa é uma perspetiva diferente dos outros países. Os pais dinamarqueses estão muito menos stressados porque conseguem uma boa licença de maternidade e paternidade”, a especialista em parentalidade acrescenta ainda que os bebés são mais calmos porque há nas famílias rotinas ao ar livre.
Na Dinamarca, uma mulher pode usufruir de uma licença de maternidade de quatro semanas, antes do nascimento do bebé. Após o nascimento, tem direito a 52 semanas remuneradas que podem ser partilhadas entre os pais.
Alexander pensa que há outra razão determinante para o facto dos bebés chorarem menos: a amamentação. A Dinamarca tem um dos índices mais altos de amamentação do mundo, ao contrário do Reino Unido que tem a mais baixa. “Noutros países, há discussões contínuas sobre se devemos amamentar ou não. Na Dinamarca, a amamentação nunca saiu de moda. E toda a gente fá-lo durante um ano.”
Iben Dissing Sandahl, co-autora do livro The Danish Way of Parenting e mãe de duas adolescentes, diz que o facto dos bebés chorarem menos está relacionado com a atitude dos dinamarqueses perante a vida.
“Somos pessoas honestas e autenticas”, conta Sandahl, “estamos rodeados de apoio social e estamos menos propensos a ficar com raiva, tristes ou frustrados quando nossos bebés choram. E somos bons a abraçar todos os tipos de sentimentos, por isso não estamos com medo. Em vez disso, tentamos nos conectar com os bebés quando choram.”