A bacia hidrográfica do Barlavento Algarvio encontrava-se, no início da segunda semana de janeiro, a 8% da sua capacidade de armazenamento. Para que não haja dúvidas: não é em julho, agosto ou setembro. É em janeiro, quando era suposto o volume nas albufeiras da região encontrar-se a mais de dois terços da capacidade (a média para esta altura é de 71,9%).
Há, portanto, menos de um décimo da água do que seria expectável no Sudoeste português. Não admira que esteja tanta gente em pânico e se encontre em cima da mesa um pacote de medidas draconianas, de emergência, para fazer face ao desastre.
Fomos (outra vez) apanhados desprevenidos. Tal como acontece com os incêndios, que todos os verões nos conseguem surpreender, também a seca no sul do País continua a surgir em forma de ponto de exclamação. Como se fosse a primeira vez. Como se não estivéssemos a ser avisados há anos por cientistas do clima.
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