O título da Newsletter Verde de novembro, que tentava fazer um prognóstico da COP28, foi “Crónica de um falhanço anunciado”. Terminada a cimeira, podemos dizer que as expectativas foram integralmente cumpridas.
Mas tentaram (e, em grande parte, conseguiram) convencer-nos do contrário. O sultão Al Jaber, presidente da COP28 em part-time e presidente da maior companhia de petróleo dos Emirados Árabes Unidos em full-time, chamou à declaração final, votada pelos 198 países presentes, “um pacote histórico”, um “plano robusto” para limitar o aquecimento a 1,5º C. “É uma mudança de paradigma que tem o potencial de redefinir as nossas economias.”
A plateia de delegados ovacionou Al Jaber e o resultado. E as notícias desse dia e dos seguintes repetiram a expressão “histórico”, sobretudo porque, finalmente, havia no acordo referência a um “afastamento” dos combustíveis fósseis.
O motivo do êxtase é uma única frase num texto de 21 páginas. “Afastar-se dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, de uma forma justa, ordenada e equitativa, acelerando a ação nesta década crítica, de modo a alcançar emissões líquidas zero até 2050, de acordo com a ciência.”
Este é um excerto da newsletter da VISÃO Verde. Para continuar a ler, clique aqui.