Três anos depois a vida continua a ser condicionada pela tragédia. O terramoto e tsunami que destruiram a central nuclear de Fukushima-Daiichi, Japão, a 11 de março de 2011, provocando sucessivas explosões e fugas de material radioativo, continua a impor-se na vida de milhares de japoneses.
Em Koriyama, uma cidade a duas horas da central nuclear, algumas das medidas de segurança determinadas na sequência do acidente continuam a ser cumpridas. Como a que definia que as crianças até dois anos não estivessem na rua, sujeitas as possíveis radiações, mais de 15 minutos por dia. Entre os 3 anos e os 5 anos, meia hora era o máximo permitido.
Ainda que as restrições tenham sido suspensas, no ano passado, os pais exigem aos educadores e proprietários de jardins de infância que não deixem os seus filhos brincar na rua. As ações de descontaminação são regulares e, como se vê nas fotos, há contadores Geiger (usados para medir o nível de radiação) por todo o lado, mas o medo impôs-se, pelo que as brincadeiras estão reservadas para dentro dos edifícios.
Um estudo do Conselho de Educação local concluiu que as crianças de Fukushima têm mais peso que a média nacional, em praticamente todas as faixas etárias. A causa parece ser a falta de exercício e de atividades ao ar livre como correr, saltar, brincar.