O presidente do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) afirmou, na quinta-feira, que o plano nacional de barragens vai custar “16 mil milhões de euros”, pouco mais de 20 % do resgate a Portugal.
Joanaz de Melo disse que só a barragem de Foz Tua, em Trás-os-Montes, vai custar aos cidadãos cerca de “3.000 milhões”, considerando que esta obra “é um crime de lesa-pátria, por todos os motivos”.
O dirigente falava no Porto, durante mais uma sessão do ciclo Conversas sobre Ambiente, organizado pela Fundação de Serralves e a Liga para a Protecção da Natureza. Desta feita, o tema foi o aproveitamento hidroelétrico de Foz Tua, já em construção.
Já no início da semana, o GEOTA e outras seis associações ambientalistas tinham emitido um comunicado sobre o tema, alegando que as medidas de minimização dos impactos da construção da barragem de Foz-Tua, exigidas pela UNESCO para a manutenção da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade, não serão cumpridas “satisfatoriamente” pelo Estado português.