O antigo ministro da Energia e apoiante da energia nuclear, Luís Mira Amaral, defendeu hoje que a opção só faz sentido para Portugal desde que em parceria com Espanha, quer de mercado, quer no sistema de segurança da produção energética.
“Isto tem de ser discutido, não aceito tabus. Depois, se o país decidir um dia avançar para o nuclear, isto deve ser feito no contexto ibérico, não vai conseguir faze-lo sozinhos”, afirmou Mira Amaral, em declarações à agência Lusa, à margem de um debate em Lisboa sobre energia nuclear.
“Faz sentido que uma central nuclear seja discutida num contexto ibérico. Os espanhóis já têm várias, nos podíamos ter uma ou duas, mas o apoio de segurança devia ser conjunto, devia ser luso-espanhol”, acrescentou o ex-ministro, defendendo também que uma opção para a eventual introdução da energia eólica em Portugal poderia ser através de centrais mais pequenas — de 400, 500 ou mil megawatts.