“A verdade é que o Alentejo não é uma região muito complicada para fazer viticultura orgânica porque, normalmente, não tem grandes níveis de humidade.” O testemunho é do enólogo David Baverstock, o luso-australiano responsável pela Herdade do Esporão, participante do primeiro workshop de vinho do VISÃO Fest Verde deste fim de semana. À prova, estiveram quatro vinhos, exclusivamente elaborados com uvas de vinhas certificadas em modo de produção biológico, agora lançados no mercado: Esporão Colheita Branco 2019, Esporão Colheita Tinto 2018, Esporão Reserva branco 2019 e Esporão Reserva Tinto 2017.
No segundo workshop, foi a vez de Luís Cerdeira, da Quinta de Soalheiro, apresentar quatro vinhos: dois inovadores (Terramatter 2019 e Nature 2018) e dois moldelares (Clássico 2019 e Granit 2019), que refletem a riqueza da casta Alvarinho e do território de Monção e Melgaço. “A palavra sustentabilidade está um bocadinho gasta. O nosso caminho não é de hoje, vem do tempo do meu pai, quando ele decidiu não usar herbicidas”, disse Luís Cerdeira durante a prova.
Os dois workshops foram acompanhados por uma conversa solta sobre vinhos, sustentabilidade e preservação dos recursos naturais. Ambos foram ainda antecedidos por um brinde com Corvos de Lisboa, um vinho produzido pela Casa Santos Lima, a partir das uvas do Parque da Vinha de Lisboa.