Começou a fazer política desde os 16 anos e nunca mais parou: foi adjunto do governador civil de Braga, vice-presidente da Câmara de Fafe, esteve dez anos no governo com Cavaco Silva em várias pastas, foi líder parlamentar do PSD, entre 1996 e 1999, voltou ao governo com Durão Barroso, em 2002, e assumiu a liderança do PSD, em 2005. Considera Cavaco Silva o melhor primeiro-ministro da democracia portuguesa, mas foi com Marcelo Rebelo de Sousa que cultivou o prazer de fazer política. Aos 64 anos, assume que gosta de liderar, fica lisonjeado quando falam dele para a Presidência da República, mas diz que “não é matéria que ocupe o seu pensamento”. “Nãos” definitivos, também não os afasta. “Eu nunca na vida disse definitivamente ‘não’ a nada, para não correr o risco de depois ter de voltar atrás.” Isto é em teoria. Na prática, teremos de esperar uns anos para descobrir.
Há uma fotografia sua muito novo, de cabelos compridos, a falar num púlpito. Parece outra pessoa numa outra vida. O que resta desse rapaz rebelde e revolucionário?
É uma fotografia tirada em Cabeceiras de Basto, num comício, tinha 18 anos, cabelos compridos, calças à boca-de-sino… Evidentemente que o visual era completamente diferente, a idade era completamente diferente, a idade não perdoa e as modas também, mas o essencial é igual.