Instalaram-nos num novo quarto no hotel, desta vez mais espaçoso. Após um duche, o guia Gel veio buscar-nos às 19h para levar-nos à estação das Docas, em Belém. Isto parece-nos tudo muito português. Mas estas docas não são as nossas em Belém. Estas são as docas de Belém do Pará. Todavia o esquema é idêntico: vários restaurantes alinhados à beira rio, num local bonito e agradável. Sob recomendação do guia Gel jantámos ambos, eu e o Filipe, outro prato típico: um peixe do rio chamado filhote paraense (
Brachyplatystoma filamentosum), ou piraíba, acompanhado de arroz de jambu – uma erva também conhecida como agrião-da-amazónia. Tudo perfeitamente delicioso. O filhote paraense é um peixe sem escamas (chamados “peixe de couro”) de grande porte, o qual chega aos 300kg e 2 metros de comprimento. Os que pesam até 60kg são conhecidos como filhotes. Esta espécie existe na bacia Amazónica e na bacia Araguaia-Tocantins, esta última exclusivamente brasileira. Os pescadores amarram na canoa uma corda bem forte e um anzol grande, usando como isca um peixe de médio porte e aguardam a chegada do piraíba, que, quando fisgado, chega a rebocar a canoa por vários quilómetros. Dependendo da força e tamanho do peixe é necessário cortar a corda para a canoa não se virar
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* Ambiente Brasil (s.d.) Piraíba –
Brachyplathystoma filamentosum. Página consultada a 4 de Agosto de 2013
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/pesca_esportiva_em_agua_doce/piraiba_-_brachyplathystoma_filamentosum.html