Desde que, em 2001, o Governo britânico tomou a decisão de eliminar os bilhetes de entrada nos museus nacionais, o número de visitantes daqueles espaços não tem parado de subir. E com bons resultados económicos: os museus grátis de Londres são hoje os locais mais visitados da capital britânica e a razão, segundo os responsáveis pelo turismo, da entrada de mais de mil milhões de euros, anualmente, na economia da cidade.
Para equilibrar as contas desta difícil equação e continuar a chamar sempre novos visitantes, os museus londrinos têm que criar ações especiais, que passam, nomeadamente, pela organização de diversas exposições temporárias, de grande impacto e onde, aí sim, se cobram entradas.
Esta primavera, há muitos e bons motivos para visitar os museus de Londres.
A começar, desde logo, pelo imponente British Museum, onde se fazem filas para ver a maior exposição jamais reunida sobre os Vikings (até 22 de junho), com uma série de artefactos e até um barco dos tempos em que os nórdicos exploravam o mundo.
Na Tate Modern, a estrela chama-se Henri Matisse, com uma grande retrospetiva que promete lançar nova luz sobre um dos grandes nomes da arte moderna (de 17 de abril a 7 de setembro).
Mas, nos próximos meses, Londres vai estar a falar italiano, com uma série de exposições que transportarão o “país da bota” para as margens do Tamisa. A mais importante – e que se prevê seja a mais popular é The Glamour of Italian Fashion 1945-2014, que vai mostrar a melhor moda italiana, nas salas do Victoria & Albert Museum. Em simultâneo (de 30 de abril a 21 de setembro), a National Gallery exibe A Arquitetura na Pintura Renascentista Italiana, uma mostra monumental, com quadros de Duccio, Botticelli e Crivelli, entre outros.
Já a Estorick Collection entra na onda com uma exposição fotográfica sobre Os Anos da Dolce Vita (de 30 de abril a 29 de junho).
E para se manter na moda, o Barbican Centre aposta numa imensa exposição sobre o costureiro francês Jean-Paul Gaultier, com centenas de peças, imagens, filmes, onde não falta o célebre soutien usado por Madonna na sua Blonde Ambition World Tour, em 1990.