Foram dois meses de portas fechadas, porque as obras de conservação e manutenção não se foram fazendo, como é costume no mundo da hotelaria. O hotel fechou mesmo, para ser tratado de alto a baixo.
E, dois meses depois, o Bairro Alto Hotel reabriu com colchões novos, almofadas novas, cortinados, colchas e papéis de parede novos. São pequenos detalhes, às vezes pouco visíveis, mas que fazem a sua diferença.
O Café Bar BA lá está, igual a si mesmo, com entrada pela Rua do Alecrim e a sua mesa preta de design original a chamar ao convívio.
Hotel adentro, a caminho do lobby, passa-se pela Boutique, entregue à Elements e às suas peças de joalharia contemporânea (com coisas da dinamarquesa Georg Jensen, os anéis e alianças da Meister, as joias da Niessing e as do carioca António Bernardo).
Do outro lado do lobby, já junto à Rua das Flores, mantém-se um restaurante. Mas não o mesmo. Este tem almofadas a aconchegar as bancadas de pele que correm junto às paredes, uma mesa comprida no meio da sala, candeeiros ao melhor “estilo” dos anos 70, a condizer com os azulejos verdes e alaranjados que se destacam nas paredes. O antigo Flores chama-se agora Flores do Bairro e abre-se não só à rua (das Flores ou outra qualquer) como a todo o Bairro, com muito mais proximidade do que antigamente.
Deixou as madeiras escuras para adotar um ambiente descontraído e cosmopolita. Tem uma ementa cheia de surpresas para picar, onde facilmente se cai no embaraço da escolha – prefere ceviche de corvina com coentros e coco ou beringela gratinada com húmus e queijo da ilha? A açorda de lascas de bacalhau ou os croquetes de pato com chutney de manga verde? Trilogia de peixes curado, fumado e avinagrado ou corridinho de ovos mexidos com croutons e lascas de presunto?
Para provar um pouco de tudo, há que lá ir… e voltar. Porque além dos 15 petiscos, ainda há a carne, o peixe e o que não é nem carne nem peixe, para agradar a todos.
Cá em baixo, no rés-do-chão do hotel – um cinco estrelas cheio de distinções – muita coisa mudou. E pelos corredores que dão para os 51 quartos (e quatro suites) também. O que não mudou – e ainda bem – foi o terraço, no sexto andar. Continua lá no topo, aberto a todos. Com o conforto de sempre, a olhar para o rio.
BAIRRO ALTO HOTEL Praça Luís de Camões, 2 www.bairroaltohotel.com