De Palenque partimos para a península de Yucatán. Durante esta viagem, de 13 horas, o autocarro foi mandado parar três vezes por militares (que mandavam sair todas as pessoas e inspeccionavam as bagagens) e pela polícia de imigração do México que pediu documentos de identificação a todos os passageiros.
Finalmente chegámos ao nosso destino, muito entusiasmados e curiosos por conhecer o tão afamado mar das Caraíbas. Ás 5 horas da manhã, assim que saímos do autocarro, dirigimo-nos à praia; quando amanhecesse queríamos estar no areal para ver aquele mar azul.
Amanheceu, o dia estava muito ventoso, o mar estava agitado e não parecia tão azul e cristalino… A praia e a cidade revelaram-se com a luz do dia. Na areia tornava-se praticamente impossível estender a toalha, porque o areal está frente de uma linha contínua de hotéis que colocam as cadeiras na praia exclusivamente para os seus hospedes; ora, sendo assim, pouco espaço resta para os visitantes que não se podem hospedar nos hotéis de cinco estrelas em frente ao mar.
A cidade de Playa del Cármen foi para nós chocante. Não parecia México, parecia sim uma extensão dos EUA, quase todos os turistas são americanos. Os preços não estão em pesos mas sim em dólares e algumas caixas multibanco só dão notas de dólar.
Aqui não se sente a força da cultura e do povo mexicano em nenhum instante.
Depois de dois dias, partimos para o interior da península de Yucatán, para a cidade de Valladolid, com o intuito de visitar as míticas ruínas arqueológicas de Chichén Itzá. Ao chegarmos vimos do autocarro que havia um cenote (cavidades subterrâneas naturais com água que podem ser abertos ou estar inclusos numa caverna – lugares utilizados pelos maias para realizarem cerimónias e oferendas).
Deixámos as mochilas no hotel e partimos para conhecer o nosso primeiro cenote: cenote Zací. Encontrámos uma piscina natural, rodeada de rochas e estalactites, de largura o cenote tem cerca de 50m. A água, apesar de uma profundidade de 63m, é de um azul e de uma transparência incrível; é lugar ideal para os fãs de mergulho, já que se pode saltar de uma rocha que está a cerca de 10 metros da água. Por cima do cenote encontra-se um restaurante de comida típica. Assim, depois de um banho revitalizador no cenote fomos provar a comida yucateca; provamos Poc Chuc (uma maravilhosa carne de porco grelhada) e um Queso Relleno (uma sopa cremosa de milho com um queijo recheado de carne picada).
Visitámos ainda a Iglesia de Sisal, um antigo convento franciscano que agora foi remodelado e se transformou num pequeno museu. Aqui podemos encontrar também um cenote, no qual foram encontrados peças arqueológicas de vários períodos históricos, desde artefactos maias até canhões usados pelos conquistadores.
No dia seguinte fomos visitar a cidade maia de Chichén Itzá.
Apesar do bilhete de entrada ter sido muito caro, em comparação com os das outras áreas arqueológicas que já visitámos, é um dos complexos de ruínas mais bem preservados e não é em vão que consta na lista das novas “7 Maravilhas do Mundo”.
Com uma forte influência tolteca na sua arquitectura, esta vasta cidade Pré-Hispânica, surpreende os seus visitantes pela imponência da Pirâmide Kukulcán e de edifícios como El Observatório, Templo de los guerreros y de las 1000 columnas e o Juego de Pelota.
Também aqui podemos encontrar o Cenote Sagrado, com cerca de 60m de diâmetro, com paredes de 15m de altura e uma profundidade de água de 13m.
Neste cenote eram realizadas oferendas ao deus Chaac, senhor das chuvas. Essas oferendas eram objectos valiosos e, diz a tradição, que também existiam sacrifícios humanos.
De Valladolid partimos para a costa, Riviera Maia, com o intuito de conhecer as praias e as ruínas arqueológicas de Tulum.