fins-de-semana
Lagoa contada em fotos
Há um ritual que faz parte da vida de qualquer habitante da zona Oeste com a chegada de bom tempo começa a romaria até à Lagoa de Óbidos para aproveitar o que ela tem para oferecer: bivalves, peixe ou, simplesmente, apanhar sol na praia ou tomar uma bebida fresca nas esplanadas da Foz do Arelho.
Apesar da Foz se localizar no concelho de Caldas da Rainha, a lagoa tem o nome do vizinho concelho de Óbidos, já que outrora a águas chegavam até ao sopé do castelo da vila. É um sistema lagunar costeiro, onde desaguam um série de cursos de água dos concelhos de Óbidos e Caldas da Rainha e que tem grande importância social e económica nas populações locais. Prova disso é a constituição da Associação Mar d’Água que, desde 2005, divulga e estuda a lagoa sensibilizando as populações para a sua preservação.
Um das suas últimas iniciativas foi o lançamento de um livro de fotografia integralmente dedicado à zona húmida.
Pelas mais de cem páginas de imagens percorrem-se quatro zonas distintas da lagoa, seguindo a lógica dos pontos cardeais Norte, Sul, Este e Oeste. O livro só pode ser comprado junto da Associação Mar d’Água ou através do 967 017 362.
A Lagoa de Óbidos (Associação Mar d’Água, 171 págs., ?25)
Agora, escolha
Não pretende ser mais do que um guia, onde se fornece a informação básica (mas necessária e útil) sobre a cultura, sítios de interesse turístico, compras, alojamento e gastronomia local de 101 cidades europeias. Para que os nossos fins-de-semana sejam melhor aproveitados.
101 Fins-de-semana na Europa, de Robin Barton (Bertrand Editora, 160 págs., ?19,95)
Nos confins do Mundo
Antoine de Changy e Célina Antomarchi-Lamé, os autores, após vários anos dedicados à sua vida profissional, na área dos recursos humanos e das finanças, decidiram mudar vida. Partiram, então, à descoberta de novas gentes, de outros mundos.
Uma viagem de Istambul aos confins da Mongólia, ao encontro dos nómadas do Altai, percorrida em bicicleta. A aventura começa na Turquia, país ao qual se seguiu o Irão, o Turquemenistão, o Usbequistão, o Quirguisistão, o Oeste da China, onde viveram cerca de um ano no coração das estepes, a Mongólia, onde durante mais de um ano partilharam a vida com uma família nómada de criadores de gado. É o testemunho destes dias que aqui nos deixam.
A voz da Estepe, de Antoine de Changy e Célina Antomarchi-Lamé (Publicações Europa-América, 248 págs., ?18,98)
Quinze tribos, cinco continentes
Durante quatro anos o apresentador da BBC, Bruce Perry, tornou-se «um homem da tribo». De muitas tribos, na verdade, vivendo nas suas cabanas, caçando e comendo com elas, submetendo-se aos seus rituais e participando na vida familiar das aldeias…. Estas suas aventuras, passadas em alguns dos locais mais remotos do mundo deram lugar a uma série, produzida pela BBC. Mas também a este livro, onde se relata a sua vivência com 15 das tribos que habitam o nosso planeta: os Babongo da Bacia do Congo, Gabão; os Adi de Arunachal Pradesh, Índia; os Kombai da Papua Ocidental, Indonésia; os Suri do Vale do Omo, Etiópia; os Darhad do Vale de Darhad, Mongólia; os Sanema da Bacia do Orinoco, Venezuela; os Matis da Amazónia, Brasil e tantas tantas outras. Uma experiência única, relatada por Bruce, na primeira pessoa.
Tribo Aventuras num mundo em mudança, de Bruce Parry, em colaboração com Mark McCrum (Publicações Europa-América, 296 págs., ?24,59)
Assim é Barcelona – real e romanesca
Este é um guia literário da cidade catalã, que inspirou os romances mais conhecidos de Zafón: A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo e Marina. A explicação desta obra vem a seguir, pela mão de Sergi Doria, seu autor: «Antes de explicar o que é este livro, advirtamos daquilo que não é. Encontramos citações romanescas, mas não é um tratado de literatura; aparecem planos de Barcelona, mas não é um guia turístico. Também não é um ensaio histórico, embora factos e cronologias balizem o seu percurso. O Guia de Barcelona de Carloz Ruiz pretende ser, exactamente, o que o seu título anuncia: um passeio guiado pelo olhar de um escritor (…)». Independentemente da visão (e do sentir) muito própria de Zafón (apaixonada e romântica), e das personagens que criou, há locais em Barcelona que a tornam assim: «Esta cidade é feiticeira (…)Mete-nos na pele e rouba-nos a alma sem nos darmos conta.»
Guia de Barcelona de Carlos Ruiz Zafón, de Sergi Doria (Planeta, 246 págs., ?17,55)