Filipe Luís
Venham a mim os pensionistas
São muito numerosos e o seu peso eleitoral pode definir quem vai governar. Por isso, um tal aumento de pensões seria uma medida para guardar: ela daria muito jeito em ano eleitoral e Montenegro não queria gastá-la já. Mas Pedro Nuno prefere que o cartuxo seja agora queimado
Lições sobre o caso INEM
A negligência política e técnica relacionada com a falta de previsão dos efeitos de uma greve desta natureza é por de mais evidente
O dia D do Orçamento
Veremos se os votos combinados de PS e Chega, nalgumas matérias, não poderão mesmo dinamitar o documento aprovado na quinta-feira
Danças com cidadania
O Chega acha que, por os socialistas se absterem no Orçamento, PS e PSD são iguais. Significa, portanto, que quando PCP, BE e Chega votam, todos juntinhos, contra o Orçamento, isso faz do partido de André Ventura uma força política igual a comunistas e bloquistas
O incêndio do Orçamento
Querem um governo reformista? Deem-me um governo que gaste uns milhões, muitos milhares de milhões, a recuperar o território destruído e as suas populações, a mudar a paisagem, a ordenar a floresta e a repovoar um País desertificado
TAP, a bomba-relógio política
O caso faz arder as mãos de Luís Montenegro como castanhas quentes
Agarrem-me, se não eu chumbo o Orçamento!
Ninguém vai querer eleições. O PS, porque não ganhará nada com isso. O Chega, porque pode ter o azar de ficar com 49 deputados. E a AD, porque mais vale um pássaro na mão do que uma maioria a voar
A caça ao pensionista
Já tínhamos percebido, na campanha eleitoral, que estava aberta “a caça ao pensionista” (uma numerosa faixa da população que tende a votar e não a abster-se), numa luta desesperada entre o PS, que julga ter ali uma coutada eleitoral exclusiva, e o PSD, que pretende recuperar a mesma coutada que, antes dos cortes de Passos Coelho, já tinha sido sua
Tapar a boca ao mundo
Se Montenegro aparece na fotografia, ao lado das medalhas, está a aproveitar-se. Se não houver medalhas, não se sabe o que foi para lá fazer. Se vai, é porque quer capitalizar politicamente, à custa dos nossos atletas. Se não vai, é porque os políticos só dão importância ao futebol
SNS: quem diz é quem é
Como sempre, quem sofre é o mexilhão, ou seja, as populações afetadas, mas, além dos prejuízos causados aos utentes, a gritaria centra-se, quase sempre, na questão política e nas responsabilidades partidárias pela degradação do Serviço Nacional de Saúde
A (outra) revolução francesa
Na segunda volta, a capacidade de crescimento do Rassemblement National é limitada, mas tudo se torna imprevisível, perante a alternativa possível: a Nova Frente Popular é um saco de gatos que, mesmo que forme governo, pode tornar França ingovernável
O Costa no seu castelo
Esta [possível] vitória de António Costa surge, ironicamente, depois de um parágrafo, num comunicado da PGR, quase ter acabado com a sua carreira política. Afinal, o Ministério Público fez-lhe o favor de o projetar para um lugar que aprecia muito mais do que o de primeiro-ministro de Portugal...
Sangue, futebol e lágrimas
O facto de as gémeas terem sido rapidamente atendidas, e tratadas, implicou, diretamente, que outras crianças tenham deixado de ser atendidas e tratadas? Dito de outro modo: alguma outra criança ficou sem o medicamento, pelo facto de este ter sido receitado a estas? Se sim, quem são?
O MP como “influencer”
A democracia precisa de um Ministério Público forte, profissional e independente. Não precisa de uma estrutura judiciária... influencer. E, muito menos, em autogestão
A traição e a falsa fé
a menos que Marcelo Rebelo de Sousa, quando falou em reparações às antigas colónias, tenha pretendido entregar as Berlengas à Guiné-Bissau, não existe, nas suas declarações, intenções ou postura, qualquer vestígio ou indício de crime de traição à Pátria
Abril ora chora, ora ri*
só a falta de memória e a iliteracia política e histórica (que desmentem a ideia de que temos a geração mais bem preparada de sempre, como veremos...) permitiriam concluir que, ao fim de 50 anos, teríamos mais razões para chorar do que para rir
Ajustar contas, antes de Belém
Se, relativamente a Cavaco, Passos Coelho se limita a concluir que, por vezes, o ex-Presidente mais desajudou do que ajudou o seu governo, ou que Montenegro se tem afastado da herança desse mesmo governo, a forma como tratou Paulo Portas é verdadeiramente letal
O combate do Governo
O Governo nunca será capaz de fazer reformas estruturais, a não ser que consiga alguns acordos de regime com o PS (por exemplo, na área da Justiça). Um governo de combate é então o quê?
Chegar aos emigrantes
O discurso Big Brother e a linguagem TikTok, fáceis, simples, sem nada lá dentro, mas plasticamente consumíveis, não obrigam a pensar
Isto já não é só protesto
A direita portuguesa vai ter de lidar com o Chega, parceiro incontornável de futuras soluções. Mas, se o PS pensa que o problema é da direita, está bem enganado. Se o populismo crescer a este ritmo, sociais-democratas e socialistas serão devorados pela mesma vertigem: o que move os eleitores votantes do Chega, que até se apresentou ao eleitorado com demagógicas promessas de esquerda, não é a ideologia
Entre o "cool" e a matrafona
Se 2024 terminasse hoje, uma das palavras do ano seria o pronome pessoal “eles”. Os políticos exigem-nos ruturas que não desejamos fazer. E obrigam-nos a escolher entre o branco e o preto. O centro desapareceu. Por isso é que há tantos indecisos. Na dúvida, vota-se no mais cool