Editorial
A intolerância e a violência não nascem do vácuo
Depois da normalização dos insultos no futebol, estamos agora a ultrapassar, enquanto sociedade, outro patamar na escala da falta de decência: a normalização da intolerância e do apelo à violência no discurso político
Lições do mundo de hoje
Os drones são a versão moderna da funda com que David derrotou Golias. E, devido à sua eficácia, podem anunciar uma nova era na guerra moderna – que não pode ser descurada pelos países europeus em processo de rearmamento
E os "outros" 77,44% de eleitores?
Se os eleitores do Chega precisam de ser compreendidos, e as suas aspirações levadas em linha de conta, não podem, no entanto, ser vistos como se tivessem passado a ocupar o centro do debate político
Para o ano há mais
Esta foi a primeira campanha eleitoral em que, de forma descarada, os candidatos se preocuparam muito mais com o entretenimento do que com as notícias
O choque de realidade das contas "certas"
Quando não se prometem utopias nem grandes sonhos, o mínimo que devemos exigir é o compromisso de se falar verdadee com rigor
O apagão que devia iluminar a reflexão
Não há teoria de conspiração, por mais criativa ou “iluminada” que se apresente, que seja capaz de nos carregar a bateria do telemóvel
Identificar os adversários e saber escolher os parceiros
O mais importante é tentar perceber como agirá um futuro primeiro-ministro em circunstâncias excecionais, como as que se adivinham para as primeiras semanas do novo Governo – quando as tarifas de Donald Trump baterem com força na Europa
As promessas e a realidade
Há alguns pontos de contacto entre o que se dizia na campanha eleitoral de 2011, depois da assinatura do memorando da troika, e a atualidade, o primeiro dos quais é o de não nos estarem a dizer a verdade
Aritmética das perceções
As sondagens eleitorais, tal como as apresentam, são um indicador da realidade ou apenas uma máquina de fabricar perceções? Servem para formar a opinião pública ou somente para criar entretenimento?
A autocracia é contagiosa
Com Trump, a América deixou de usar a retórica de ser a líder do mundo livre e passou a assumir-se, de forma descarada, como instigadora do poder autocrático
Entre a amnésia da pandemia e a ação alemã
Cinco anos depois do início da pandemia, percebemos que o otimismo solidário, gerado nos primeiros dias, foi copiosamente derrotado. Mas também sabemos hoje quem ganhou claramente: os gigantes tecnológicos
Estamos esclarecidos?
Em tempos de alta política, que exige o melhor de cada líder, Portugal enredou-se na pequena política – muitas vezes a roçar até os truques mais baixos e reles
A liderança não é um jogo
Perante o desafio quase existencial que a Europa enfrenta, este não é o tempo de os governos se esconderem ou se deixarem ficar à sombra dos líderes dos grandes países
Divórcio à americana
Após décadas de casamento, com muitas celebrações pelo meio, a Europa e os EUA estão, desde o regresso de Donald Trump à Casa Branca, numa separação de facto
Baralhar problemas para confundir a prioridade
Perante a concorrência dos EUA e da China, e ameaçada pela força militar da Rússia, o problema principal da Europa não é a imigração, mas sim a falta de competitividade e a perda de inovação. E os que querem destruir o sonho europeu sabem isso melhor do que ninguém
Quem quer conversar com Donald Trump?
Nestes tempos confusos e desafiantes, tem sido recordada a velha piada de Bernard Lewis, em que o historiador dizia que “se é arriscado ser-se inimigo da América, pode ser fatal ser seu amigo”. É bom que a Europa não se esqueça disso
Três interrogações e uma inquietação
O financiamento milionário das gigantes tecnológicas tem servido para desenvolver novas tecnologias ou apenas para deixar os mais ricos… ainda mais ricos?
O problema não é Trump, mas ignorar Draghi
Face a Trump, a resposta europeia tem de se inspirar na gloriosa frase de John F. Kennedy: Não perguntem ao Presidente da América o que pode ele fazer pela Europa. Perguntem, isso sim, aos europeus o que devem fazer pela Europa
Cidadão Musk, o mundo a seus... pontapés
William Randolph Hearst, que tinha começado por ser apoiante dos democratas, foi um admirador confessode Hitler.Elon Musk faz campanha abertapelo partido neonazi AfD,na Alemanha
Cuidado, não foi só uma entorse
No País em que se perdem horas a discutir previsões económicas (que todos sabem ser falíveis) ou perceções, não se percebe como uma lei com um impacto profundo no ordenamento territorial pode avançar sem qualquer debate