Editorial
Falta Educação na Saúde
Se Fernando Alexandre tem sabido resguardar-se das polémicas, com intervenções ponderadas e sensatas, já Ana Paula Martins parece estar sempre pronta a despejar mais pólvora em cada fogueira
A vingança de Trump e a resignação europeia
Com Trump de regresso, os líderes extremistas perderam a vergonha e já não têm receio de dizer o que pensam. Orbán foi rápido a declarar morto o consenso europeu em relação ao apoio à Ucrânia e Netanyahu já assume que pretende anexar toda a Cisjordânia
O negacionismo climático mata
Ser negacionista do clima é também quem, no exercício do poder, não toma as medidas necessárias para minimizar o impacto dos fenómenos extremos ou, perante a iminência de uma catástrofe, desvaloriza os sinais
O algoritmo matou a sensatez
Graças a diretos diários e acríticos, os populistas vão ganhando espaço e fomentando a polarização
Quem arrisca dar mais poder a Elon Musk?
Caso Donald Trump regresse à Casa Branca, Musk passará a estar muito mais perto de alcançar um poder sem paralelo na História. E poderá passar a exercê-lo a seu bel-prazer, definindo ele próprio as regras e os limites
Porque falham as democracias
A cada episódio da novela do OE, a única coisa que se tem conseguido fazer é aumentar a desconfiança no sistema político
Brincar com o fogo da demografia
Foi graças aos imigrantes que a Europa cresceu e conseguiu até estabelecer, como norma, um modelo de Estado social que tenta proteger todos
Quem acredita ainda nos negacionistas do clima?
O pior das alterações climáticas ainda está para vir. E negar isso, em nome de um negacionismo que surge quase sempre misturado com o populismo político, é tão criminoso quanto lançar fogo a uma floresta
Sombras do passado
Face ao avanço da extrema-direita, não basta continuar a gritar que vem aí o lobo mau. É preciso, isso sim, restituir a confiança das pessoas na democracia
Alegria contra a raiva. Editorial de Rui Tavares Guedes
O combate aos inimigos da democracia e de uma sociedade mais justa não pode ficar resumido aos apelos à resistência. Precisa também de transmitir alegria e, acima de tudo, de insuflar esperança
Os incêndios previnem-se, porque está difícil combatê-los
Na Madeira, um incêndio como o que atingiu o território nos últimos dias já não pode ser considerado um fenómeno anormal nem sequer absolutamente excecional
Bicicletas, ciclovias e ouro olímpico
Depois destas proezas no ciclismo, apenas falta que terminem as polémicas com as ciclovias. Isso não só será excelente para o negócio como vai melhorar a qualidade de vida da população
Desinformação em direto
A imagem, mesmo que fugaz e ilusória, de um mundo unido sob os Jogos Olímpicos é inspiradora para milhões de pessoas, mas é também terrivelmente perturbante para quem, todos os dias, repete o discurso do ódio
Qual é a urgência principal quando tudo arde?
Num mundo a arder, repleto de urgências e de duelos decisivos para o futuro próximo, a emergência climática está a ser atirada para segundo plano
Ambiente tóxico
Embora seja urgente, o tema das alterações climáticas passou a ser impopular, tóxico até em certos setores
Democracia sob ameaça
Quando se juntam, os líderes populistas e de extrema radical perdem a vergonha e já não sentem necessidade de adocicar o discurso para os eleitores. O que traz uma vantagem: fica evidente o radicalismo das suas propostas
Europa sem muros mas com mais tijolos
Os desafios geopolíticos só terão significado se a UE for eficaz e inovadora na prossecução do seu contrato social. Se continuar a proporcionar as melhores condições de vida aos seus habitantes ‒ aos nascidos no território como aos que o demandam
É mais fácil demitir do que decidir
Quando se governa com lentidão nas decisões, mas com rapidez nas demissões (ainda por cima mal explicadas), abre-se uma avenida para o populismo
Quem tem medo da sensatez?
Pedir explicações é um sinal de sensatez em democracia. Aguiar-Branco fez bem em não ter medo de ser sensato
A batalha pela memória
Celebrar o 25 de Abril, hoje e sempre, tem de ser uma manifestação de compromisso com o futuro que saiba honrar o passado
Ilusões e perceções
Quando a política fica demasiado dependente das perceções, corre o risco de se limitar a vender ilusões – e desligar-se da realidade