Visão
Portugal não ficou mais inseguro com a fuga visionada de cinco reclusos, alguns deles, ou todos, muito perigosos. As autoridades prisionais e policiais estão totalmente empenhadas em descobrir e capturar os fugitivos, e isso vai acontecer, mas a perceção interna e externa sobre a nossa segurança foi abalada.
O nosso país está na lista dos mais seguros e tranquilos a nível mundial, e essa classificação tem de bater certo com a realidade. Aconteceu a fuga, haverá inúmeras causas e explicações, mas nestas matérias importa saber o que se deve e vai fazer para evitar mais sobressaltos.
A nossa tranquilidade coletiva não tem margem financeira nem linhas vermelhas. Deve ser disponibilizado tudo o que é necessário. A ministra da Justiça dirá amanhã o que está a ser feito e vai ser alterado para evitar esta inquietação nacional. É necessário e urgente tranquilizar as pessoas e reforçar a confiança nas forças de segurança e nos serviços prisionais. E acabar com essa fuga, já agora.
A Apple anunciou, num evento realizado nesta segunda-feira, as novas gerações dos seus populares smartphones. O iPhone 16 e o iPhone 16 Pro destacam-se pela integração de um novo botão, chamado de Controlo de Câmara (Camera Control, em inglês), pela aposta em novas câmaras fotográficas e pela inclusão de novos processadores, que melhoram o desempenho dos dispositivos relativamente à geração anterior.
iPhone 16 Pro: Fórmula refinada
O iPhone 16 Pro é o modelo mais avançado da marca e está disponível em dois tamanhos: com ecrã de 6,3 polegadas no iPhone 16 Pro e com um ecrã de 6,9 polegadas no iPhone 16 Pro Max. Um salto relativamente aos ecrãs de 6,1 e 6,7 polegadas dos modelos correspondentes do ano passado. A Apple também reduziu as margens em torno do ecrã, o que permite um melhor rácio entre o ecrã e o corpo dos smartphones. O painel mantém uma taxa de atualização máxima de 120 Hz, para uma reprodução mais fluída de conteúdos.
A Apple estreia também uma nova geração de titânio (de grau 5) na estrutura do dispositivo, com a marca a garantir que é mais resistente e tem uma nova textura. Os iPhone 16 Pro estão disponíveis em quatro cores: preto, branco, cinza e bronze.

O modelo topo de gama está equipado com o processador A18 Pro, criado recorrendo a um processo de fabrico de três nanómetros. Segundo a apresentação da tecnológica norte-americana, este chip entrega um desempenho 15% mais rápido do que a geração anterior (A17 Pro) e 20% mais rápido em tarefas gráficas, usando menos 20% de energia.
Mas é nas câmaras que estão as principais novidades do novo iPhone 16 Pro. O smartphone tem uma nova câmara ultra grande angular de 48 megapíxeis, que se junta à câmara de 48 megapíxeis principal que herda do modelo do ano passado. O conjunto fotográfico fica composto por uma câmara de telefoto de 12 megapíxeis, que permite um zoom ótico até 5x.

Combinando as novas capacidades do processador e as câmaras, a Apple anunciou um novo modo de gravação no iPhone 16 Pro. O equipamento agora consegue captar vídeo em resolução 4K a 120 fotogramas por segundo (fps), o que permitirá criar vídeos em câmara lenta de elevada qualidade. Aliás, a Apple até apelidou este novo modo de captação de vídeo de Câmara Lenta Cinemática. Ainda na área multimédia, o iPhone 16 Pro está equipado agora com quatro microfones, que a marca diz serem de calibre profissional, e que permite captar não só áudio direcionado, como também áudio com efeito tridimensional.
Quanto ao botão Controlo de Câmara (Camera Control, em inglês), está localizado na lateral direito do dispositivo e é coberto por um vidro safira, tendo integrado um sistema de vibração. Quando carrega neste botão, automaticamente a aplicação da câmara é iniciada, sendo que um segundo ‘clique’ permite captar uma fotografia. Já um toque mais prolongado inicia a gravação de vídeo.

Na aplicação de câmara, quando o utilizador faz um toque ligeiro neste novo botão, surgem agora algumas opções relacionadas com fotografia que o utilizador pode alterar de forma rápida. Isto porque o botão Controlo de Câmara também suporta gestos (como deslizar para cima e para baixo, por exemplo). Por exemplo, pode deslizar para aumentar ou reduzir o zoom na fotografia ou controlar o nível da profundidade de campo da imagem.
O iPhone 16 Pro está disponível com opções de armazenamento de 128 GB, 256 GB, 512 GB e 1 TB, com os preços a começarem nos 1249 euros e a irem até aos 1879 euros na versão com mais armazenamento. Já o iPhone 16 Pro Max só está disponível em três versões (256 GB, 512 GB e 1 TB), com os preços a variarem dos 1499 euros aos 1999 euros.
iPhone 16: Dois novos botões e novo processador
O iPhone 16, como tem sido habitual na Apple, tem várias diferenças para o modelo mais avançado. A começar pelo tamanho dos ecrãs: o iPhone 16 tem um painel de 6,1 polegadas e o iPhone 16 Plus tem um ecrã de 6,7 polegadas.

Este modelo está equipado com o processador A18, que tem 30% melhor performance geral e 30% melhor performance gráfica do que a versão anterior, suportando videojogos para smartphone com ray tracing, através de aceleração de hardware, o que permite recriar sombras e reflexos mais realistas nos jogos.
O iPhone 16 também integra o novo botão Controlo da Câmara, mas ganha um segundo botão novo, o Botão de Ação, que já existia nos modelos Pro deste o ano passado. Este botão funciona como um atalho rápido para aquelas que são as ações ou aplicações favoritas dos utilizadores.

Ao nível de câmaras, o iPhone 16 estreia o que a Apple chama de Câmara de Fusão. Esta câmara tem um sensor de 48 megapíxeis, mas uma lente que permite captar fotografias com zoom ótico de 2x. Já a segunda câmara é uma ultra grande angular de 12 megapíxeis e que permite captar imagens também em modo macro. A Apple apresenta este conjunto como sendo de duas câmaras, mas tendo versatilidade para captar fotografias em quatro formatos completamente diferentes.
Já nos materiais de construção, em vez de titânio, o iPhone 16 mantém-se com a estrutura em alumínio, tendo uma nova proteção de ecrã, mais resistente.
O iPhone 16 está disponível em versões de 128 GB, 256 GB e 512 GB, com os preços a começarem nos 989 euros e a irem até aos 1369 euros. Já o iPhone 16 Plus tem variantes com 128 GB, 256 GB e 512 GB de armazenamento, com os preços a começarem nos 1139 euros e a subirem até aos 1519 euros na versão mais cara.
A reserva dos smartphones começa na sexta-feira, 13 de setembro, com a chegada às lojas a estar prevista para dia 20 de setembro.
Palavras-chave:
Com o fim do verão a aproximar-se, consequente chegada das estações mais frias, e o regresso às aulas, aumenta o número de doenças – entre constipações, gripes e viroses – que circulam, especialmente, entre os mais novos. Geralmente ligeiras, as constipações comuns são infeções das vias respiratórias provocadas pela presença de um vírus no organismo. Com sintomas que incluem febre, dores de cabeça e/ou de garganta, as constipações podem ser transmitidas através do contacto com as secreções respiratórias de uma pessoa infetada, como as expelidas com tosse ou espirros.
Não existe nenhum tratamento que acelere a recuperação das constipações – apenas medicamentos analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios para ajudar a aliviar os seus sintomas. Segundo Steve Cunningham, professor do instituto Child Life and Health da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, “as crianças têm entre 10 a 12 infeções do trato respiratório superior – aquilo a que chamamos constipações – por ano, o que tem um grande impacto na sua saúde e nas suas famílias”.
Agora, um novo estudo científico apresentado recentemente no Congresso da Sociedade Respiratória Europeia, em Viena, sugere que a administração de gotas nasais de água salgada em crianças pequenas pode reduzir a duração das constipações em dois dias. Segundo o ensaio, patrocinado pela ELVIS-Kids, as soluções salinas podem também ser úteis na redução do risco de transmissão da constipação entre as crianças e outros membros da família. “Descobrimos que as crianças que usaram gotas nasais de água salgada tiveram sintomas de constipação durante uma média de seis dias, enquanto as que receberam os cuidados habituais tiveram sintomas durante oito dias”, explicou o professor.
Para a investigação foram utilizadas 407 crianças – com idades até aos seis anos – das quais 301 desenvolveram uma constipação durante o período estudado. O grupo foi depois dividido em dois, com distintas formas de tratamento. A 150 crianças foram administradas as soluções salinas (sendo aplicadas três gotas por narina, quatro vezes por dia) e às restantes 151 foram prestados os cuidados habituais durante uma constipação. Segundo as conclusões, 82% dos pais envolvidos nos estudo confirmaram que as gotas nasais resultaram numa recuperação mais rápida e 81% expressaram o interesse em utilizar esta solução – com uma concentração de 2,6% de água salgada – no futuro. Esta concentração usada no estudo não é a que encontra nos produtos à venda em farmácias e parafarmácias, mas a equipa liderada Cunningham já publicou as instruções para a fazer em casa.
Foi ainda possível verificar que nas famílias das crianças que receberam as gotas salinas existiu um menor contágio – cerca de 46% – do que nas crianças que receberam os cuidados normais – 61 por cento. “Reduzir a duração das constipações nas crianças significa que menos pessoas em casa também ficam constipadas, o que tem implicações na rapidez com que uma família recupera e regressa às suas atividades habituais, como a escola e o trabalho”, referiu.
Porque é que o sal pode ser eficaz na redução do tempo de constipação?
Há muito tempo que as soluções salinas têm sido utilizadas como um recurso no tratamento de constipações. Tal deve-se ao facto do sal ser composto por sódio e cloreto – uma substância que células presentes nas narinas e traqueia utilizam na produção de ácido hipocloroso, útil no combate a infeções virais. “Ao dar extra cloreto às células do revestimento [nasal], isto ajuda a produção de mais ácido hipocloroso, o que ajuda a suprimir a reprodução viral, reduzindo a duração da infeção pelo vírus e, portanto, a duração dos sintomas”, conclui.
Palavras-chave:
A Google continua a refinar o Pixel Watch, que entra agora na terceira geração com um foco renovado no exercício e no bem-estar, apostando em grande na performance e na recuperação física dos utilizadores. Mas esta não é a única novidade no relógio inteligente que está prestes a chegar às lojas. O Pixel Watch 3 ganha uma versão de maiores dimensões, com caixa de 45 mm, que se junta ao modelo de 41 mm.
Se tem um Pixel Watch mais antigo, vale a pena fazer a atualização para a nova geração? Ou, então, se ainda não entrou no universo dos smartwatches da Google, mas está de olho num Pixel Watch, será este o relógio ideal para si? Para o ajudar a decidir, nesta análise vai encontrar duas perspectivas e com foco em estilos de utilização diferentes.
Pixel Watch 3 (41 mm): Ao ritmo do dia a dia
O design do Pixel Watch 3 não se desvia muito daquele que vimos na geração anterior. A Google continua a apostar num modelo de aspeto elegante, com uma caixa com formato redondo que conjuga alumínio e vidro. O relógio ‘herda’ também a coroa rotativa, o botão físico secundário e o sistema de encaixe de braceletes do Pixel Watch 2.
O estilo mais discreto e com tons neutros torna-o numa opção a considerar para quem não é fã do ‘look’ dos modelos mais desportivos ou para quem procura um relógio para o dia a dia que não cause grandes distrações visuais e que combine com qualquer roupa.

O Pixel Watch 3 de 41 mm é um modelo leve e fino, afirmando-se como uma opção que ‘cai’ melhor em pulsos mais delgados. Embora não pareça inspirar muita confiança quanto à resistência, consegue sobreviver muito bem aos impactos do dia a dia. A sua leveza faz com que seja confortável no pulso, sem ser demasiado intrusivo durante as atividades do quotidiano e durante o sono. As braceletes em fluoroelastómero são suaves ao toque, mas tornam-se um pouco desconfortáveis nas situações em que suamos mais e, se não está habituado, até podem causar alguma irritação inicial.
A propósito de ‘irritações’, se a falta de espaço útil no ecrã era uma das questões menos positivas do modelo anterior, na nova geração a Google reduziu a espessura das molduras. De acordo com a marca, a versão de 41 mm tem mais 10% de ecrã e a nova versão de 45 mm cresce ainda mais (pode ler sobre esta versão mais abaixo).

No caso do modelo mais pequeno, sentimos que há funcionalidades e aplicações que conseguem fazer um melhor aproveitamento do espaço disponível, como, por exemplo, no sistema de cartões de informação. Por outro lado, o espaço continua a ser reduzido demais para algumas aplicações, impactando pela negativa a experiência de visualização – veja-se o caso das mensagens ou do email, em que a informação surge em formato ‘compactado’. Apesar disso, o ecrã é fluido, respondendo rapidamente aos toques, e tem uma muito boa nitidez e legibilidade, incluindo em ambientes mais amplamente iluminados.
Ouvir quando o corpo fala mais alto
Tenho de admitir – não sou fã de corrida. Aliás, não me considero propriamente uma entusiasta do fitness. Se existisse uma lista de sítios menos prováveis para me encontrar, o ginásio seria um deles. Tal não quer dizer que não compreenda a importância do exercício físico para a minha saúde, porém, com o passar do tempo e à medida que a vida se vai tornando mais atarefada, esta é uma área que, infelizmente, tenho descurado.
Por outro lado, de cada vez que testo um novo relógio inteligente, sinto um ‘boost’ de motivação para me empenhar nesta área. Sendo esta a primeira vez a testar um Pixel Watch, e entusiasmada com a perspetiva de descobrir uma versão mais ‘fit’ de mim, planeei dedicar-me mais afincadamente às caminhadas, combinando-as com exercícios em casa, já que a app Fitbit oferece (na versão Premium) várias opções de treinos guiados.
Mas, azar dos azares, acabei por ficar doente durante este teste. Embora a gripe me tenha forçado a mudar de planos, não me deixei vencer – pelo menos não totalmente. E o Pixel Watch tornou-se num útil aliado no meu processo de recuperação, com a análise das métricas de saúde recolhidas a ajudar-me a compreender melhor que se passava comigo durante este período mais engripado.
Olhemos, por exemplo, para a Disposição Diária, que analisa os principais indicadores de recuperação: Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC); Sono; e Frequência Cardíaca em Repouso (FCR), apresentando uma pontuação de 1 a 100. Esta métrica, que começa a ser apresentada após sete dias de uso do relógio, é muito útil para quem treina todos os dias, permitindo perceber se o corpo está pronto para esforços mais ‘puxados’ ou se está na altura de descansar e recuperar energias.
No meu caso, obtive pontuações moderadas na maioria dos dias, tentando manter algum nível de atividade física durante as deslocações para o trabalho. No dia em que, de facto, me senti pior e em que os meus sintomas pesavam mais, a pontuação desceu, com a app a alertar-me para a necessidade de descansar e de recuperar. Quando o corpo fala mais alto, o melhor é mesmo ouvir e, depois de seguir as recomendações, a pontuação foi subindo gradualmente. Este é também um bom exemplo de como os relógios são úteis no bem-estar dos utilizadores, mesmo sem ser obrigatoriamente com um foco no exercício (algo que exploramos mais a fundo na versão de 45 mm).
A monitorização do sono é outro dos pontos fortes do Pixel Watch, dando-nos uma visão bem detalhada e precisa do que se passa enquanto dormimos. Dos estágios de sono à inquietação, passando pela variação estimada de oxigénio e pela frequência cardíaca: tudo pormenores importantes para quem quer saber se está mesmo a descansar bem ou se precisa de mudar os seus hábitos.
Além disso, os mais ‘esquecidos’ vão apreciar a capacidade automática de ativar o modo ‘hora de dormir’ – que desativa o ecrã e dá prioridade a certas notificações como alarmes ou chamadas de contactos importantes.
Se na geração anterior verificámos alguma dificuldade em registar devidamente as noites dormidas, no caso do Pixel Watch 3 todas as nossas noites de sono foram registadas. Note-se, no entanto, que numa delas a bateria acabou por não ser suficiente (mais à frente sobre isso), com o relógio a desligar-se a cerca de uma hora antes de termos acordado, o que impactou no correto registo das horas dormidas.
Outra das funcionalidades que me chamou a atenção foi a da gestão do stress, que faz uso do sensor eletrodérmico (cEDA), se bem que há espaço para melhorar. Apesar de ter usado o relógio como indicado pela app, em certos dias não foi atribuída uma pontuação de controlo de stress. Nos dias em que essa pontuação surgiu, não foram atribuídas pontuações nos parâmetros da capacidade de resposta, equilíbrio de esforço ou até dos padrões de sono.
A possibilidade de poder registar o estado de espírito é importante para ter uma maior perceção do que nos deixa mais, ou menos, stressados e, se leva o mindfulness a sério, esta é uma funcionalidade que vai apreciar. Porém, sinto que as opções a nível de registo de humor são um pouco limitadas e, aqui, há falta de uma opção que permita, por exemplo, acrescentar uma reação personalizada ou deixar notas específicas sobre o que estávamos a sentir num determinado momento.
Desempenho e autonomia
A par da monitorização, o desempenho é outro dos pontos que deixa uma muito boa impressão. A navegação pelos diversos menus é fluida e as aplicações abrem sem ‘solavancos’. Tal como na versão anterior, tem acesso a uma variedade de apps dentro e fora do universo Google. E se tem um smartphone Pixel compatível, pode também tirar partido de funcionalidades exclusivas, como desbloquear o telemóvel a partir do relógio; usar o smartwatch para ajudar a captar fotos ou vídeos (isto é, apenas na versão de 45 mm como pudemos comprovar); ou até aproveitar a maior integração da app de gravação.
Ao todo, a Google promete autonomia para um dia inteiro, isto para ambas as versões do Pixel Watch 3 (note-se que o modelo de 45 mm tem uma bateria 35% maior), além de até 36 horas de energia no modo de Poupança de Bateria.
Mas a bateria é mesmo capaz de aguentar a pedalada? No caso da versão de 41 mm, fora do modo de poupança energética, a bateria do relógio tem dificuldade em aguentar-se para mais de um dia. Se tiver um dia particularmente ativo terá mesmo de o carregar antes de dormir se quiser ter bateria suficiente para fazer uma monitorização eficaz do sono.
Felizmente o carregamento é rápido – aliás, 20% mais rápido na versão de 41 mm, em comparação com o Pixel Watch 2. De acordo com a Google, é possível carregar a bateria até 50% em cerca de 24 minutos, o que está em linha com a experiência que tivemos.
Pixel Watch 3 (45 mm): Muito mais desportista
À terceira foi mesmo de vez – a Google percebeu finalmente que no mundo dos relógios ter um único tamanho disponível é deixar, logo à partida, um grande número de utilizadores alheados (algo que, por exemplo, a Apple faz desde a primeira geração). Por isso, o Pixel Watch cresceu para os 45 milímetros. O que permitiu logo melhorar três questões relativamente à geração anterior: utilizadores com pulsos grandes ou utilizadores mais desportistas fazem agora parte do grupo de potenciais interessados no relógio; o ecrã ficou maior, o que torna a experiência de utilização e visualização muito mais confortável; e um tamanho maior permitiu, também, aumentar a bateria.
Vamos começar pela questão da bateria, um ponto que nos deixou desiludidos (no mínimo) com o Pixel Watch 2. Desta vez, e nesta versão (que tem uma bateria 40% maior), acabamos por ficar positivamente surpreendidos com o desempenho do relógio. Numa utilização constante (durante o dia e a noite), com utilização de GPS para registo de exercícios a cada dois ou três dias, com as monitorizações todas ativadas e ecrã sempre ligado (always on display), conseguimos, em média, um dia e meio de utilização. Houve dias em que conseguimos um pouco menos, outros um pouco mais, mas já é possível carregar o Pixel Watch 3 de 45 mm pela manhã e poder ir descansado para a cama, sem receio de ficar sem bateria a meio da noite. Se preferir não usar o Always on Display, como escolhemos também em alguns dias, então nesse caso a autonomia já dá para dois dias de utilização (se completos ou não, dependerá um pouco de quantas notificações receber por dia e quanto usar o GPS). Ou seja, se a autonomia era algo que o afastava do Pixel Watch, essa questão está corrigida na versão de 45 milímetros. Dito isto, é importante lembrar que há outros relógios inteligentes (como os da Huawei e os da Garmin) que garantem o dobro ou mais dos dias de utilização.
Um elemento que ainda nos deixou ‘assim-assim’ é o tempo de carregamento. Para carregar o smartphone dos 10% aos 100% vai precisar de mais de uma hora de carregamento, um tempo considerável e que torna mais difícil encaixar na rotina do utilizador.
Um ecrã de nova geração
Não é só o tamanho que é diferente. A própria tipologia e engenharia do ecrã também o são. A Google agora apelida o painel dos Pixel Watch 3 de Actua (a mesma tecnologia usada nos smartphones Pixel). Isto significa, na prática, que o ecrã é muito mais brilhante. E isso foi particularmente útil durante as corridas, ao ar livre, com todos os dados e informações visuais a serem facilmente legíveis em qualquer situação. Além disso, o facto de o ecrã ser maior face à geração anterior (41% maior… o que é bastante) também permite, durante o exercício, vislumbres rápidos do relógio nos quais as informações são todas percetíveis.

De sublinhar que apesar de ter ‘crescido’ nesta versão de 45 milímetros, a ergonomia do relógio é pouco afetada: sente-se um pouco mais o peso no pulso, mas o formato continua a ser confortável.
No entanto, fica uma crítica a melhorar na próxima geração. As braceletes em borracha são muito rígidas na ligação à caixa do relógio, o que faz com que por vezes o ‘encaixe’ com o pulso do utilizador nem sempre seja o melhor. A Google inclui, na caixa, dois tamanhos de braceletes, o que valorizamos, mas faria mais sentido incluir outra tipologia de bracelete (uma feita em nylon, por exemplo) que permitisse um ajuste mais acertado ao pulso do utilizador e que até seria mais indicada para outros momentos (por exemplo, faria mais sentido uma pulseira de tecido para dormir ou uma bracelete mais respirável para o exercício).
Pronto para a ação
Já referimos, na versão de 41 milímetros, o desempenho das principais monitorizações de saúde que vão interessar à maioria das pessoas. Aqui vamos abordar duas funcionalidades, uma nova e outra ‘reinventada’, que interessarão sobretudo aos utilizadores mais desportistas.

A função ‘reinventada’ chama-se Disposição Diária. Em bom rigor, já existia nos Pixel Watch anteriores, mas agora dá ao utilizador informação muito mais contextual. A Disposição Diária, mostrada ao utilizador numa pontuação de 1 a 100, reflete o índice de preparação do utilizador para fazer atividade física tendo por base a análise de três fatores (variabilidade da frequência cardíaca [VFC], qualidade do sono e frequência cardíaca em repouso [FCR]). Antes, a Fitbit só mostrava o valor, agora também mostra o porquê de o valor aumentar, manter-se ou diminuir de um dia para o outro. E temos dois exemplos práticos.
Por exemplo, numa noite em que dormimos particularmente bem (uma VFC e um FCR mais baixos significam um descanso mais profundo) fez com que a nossa disposição passasse de 66 num domingo para 77 na segunda-feira. Mais especificamente, a VFC foi 6% maior e o FCR diminuiu um batimento cardíaco por minuto. Contas da Google, feitas automaticamente. Antes, quem quisesse perceber melhor a sua evolução, tinha de fazer as contas à mão. Noutro exemplo, após um dia com um exercício físico extenuante, o VFC foi 15% menor do que o habitual, o que em conjunto com a carga do exercício, foi suficiente para fazer cair a nossa disposição diária para apenas 15 pontos. E este valor diz-nos, claramente, que esse deve ser um dia dedicado à recuperação física (com muito descanso e hidratação) e não com mais exercícios exigentes.
A outra funcionalidade que vai interessar aos praticantes de desporto e que é nova no Pixel Watch 3 e na Fitbit chama-se Carga Cardiovascular. Na prática, o relógio analisa o nível de esforço ao qual o coração foi submetido nas últimas sessões de treino (algo que é medido através das chamadas zonas de ritmo cardíaco) e cria uma média para o utilizador com base num histórico dos últimos 14 dias. A partir daqui, diz ao utilizador quantos minutos de atividade vigorosa precisa num dia para o seu objetivo (que pode ser manter a forma ou melhorar a forma física) ou Objetivo de Carga, como é designado.
Por exemplo, se fizer exercício de forma regular, as metas da Carga Cardiovascular são baixas (entre 20 a 30 minutos por dia). Já se ficar alguns dias sem treinar, então o relógio recomenda Objetivos de Carga mais altos (entre 154 e 178 minutos, p.ex.). Estes intervalos são úteis, pois ajudam o utilizador a tomar uma decisão sobre que exercício poderá fazer naquele dia (se fizer um exercício intenso quando é recomendado um leve, poderá estar a exigir demasiado ao corpo e a aproximar-se de uma potencial lesão). Além disso, esta métrica é conjugada com outra nova funcionalidade, direcionada para os amantes da corrida, que exploramos mais abaixo.
Liberte o fundista que há em si
O Pixel Watch, à semelhança de outros relógios inteligentes, suporta uma grande variedade de exercícios (mais de 40, entre os quais crossfit, natação, golfe e treino de força). Mas uma área na qual ficava atrás de alguns concorrentes, sobretudo os Galaxy Watch da Samsung, era na análise de métricas avançadas de corrida. Isso muda com o Pixel Watch 3, que agora disponibiliza um elevado conjunto de dados para quem corre com frequência.
Além do ritmo de corrida, segmentação de tempo por quilómetros, análise do ritmo cardíaco e das zonas de ritmo cardíaco (com o relógio a mostrar um guia, muito útil, em tempo real da nossa zona cardíaca enquanto corremos), o Pixel Watch 3 agora é capaz de analisar a postura do utilizador enquanto corre. Como? Medindo e estimando o tamanho e a cadência da passada, o tempo de contacto com o chão, a proporção e a oscilação vertical (métricas relacionadas com a eficiência da corrida). Não só o relógio capta os valores para cada corrida, como a aplicação da Fitbit ‘trabalha’ estes dados, enquadrando-o com os objetivos desejáveis. Ou seja, se tiver uma oscilação vertical muito grande, sabe que tem de corrigir a postura da corrida para torná-la mais eficiente (e menos cansativa para si). Mas o relógio não dá só um resultado final, faz mesmo uma análise detalhada para cada um destes elementos ao longo da corrida (por exemplo, numa subida a passada acaba por ser mais curta do que numa reta plana), o que ajuda a perceber, efetivamente, como foi todo o treino. Excelente!
Já a outra “nova funcionalidade” que referimos no segmento anterior é a sugestão diária de uma corrida que a aplicação da Fitbit faz. Esta sugestão é ‘inteligente’, tendo em conta o histórico de exercício, os objetivos de carga cardiovascular e também a pontuação de Disposição Diária. Além disso, a Google agora disponibiliza várias tipologias de treinos de corrida ao utilizador, o que inclui treinos de carga (ritmos mais lentos e distâncias mais longas) a treinos de alta intensidade (sprints em curtas distâncias, com o relógio a comutar entre os sprints e os períodos de descanso de forma automática, mediante se definimos as metas por tempo ou por distância). Tudo prático, intuitivo e bem integrado.
Este fator de adaptação automática do relógio e sugestão inteligente de treino, não sendo uma novidade no mercado (a Garmin já o faz há várias gerações de relógios) é um passo dado na direção certa e que torna o Pixel Watch muito mais coeso naquela que tem sido a sua grande missão – posicionar-se como um relógio ideal para pessoas que valorizam acima de tudo a saúde e o bem-estar. Na geração anterior, aquilo que sentíamos é que monitorização da saúde e bem-estar já era muito boa, mas falhava na componente de corrida (que acaba por ser um dos desportos mais populares) – é que o exercício também impacta muito a nossa saúde e bem-estar. É como se a equação não estivesse completa – mas agora está.
Estes dados fornecidos pelo relógio, consideramo-los importantes, pois podem levar o utilizador a conseguir melhorias significativas na forma como corre (corrigindo os erros identificados pelo relógio), ajudando-o a evoluir, quase como um treinador no pulso.
Neste sentido, fica um pedido para a próxima atualização de software ou futura versão do Pixel Watch. Para dar ainda mais margem de progressão ao utilizador, deveria haver uma funcionalidade para detetar automaticamente o ritmo cardíaco máximo do utilizador, o que permite ajustar as zonas de ritmo cardíaco. Isto é importante porque uma pessoa que corre há mais tempo terá, em teoria, uma maior eficiência cardíaca e respiratória. Ou seja, como o Pixel Watch usa zonas de frequência cardíacas fixas, esta pessoa apesar de estar a correr de forma tranquila, aos ‘olhos’ do relógio estará a correr já numa zona de esforço (por exemplo, num relógio Garmin fazer uma corrida em zona verde, confortável, mas no Pixel ser considerada zona laranja, de esforço). Não tendo uma funcionalidade de deteção automática para o ajuste de zonas de ritmo cardíaco, deveria permitir pelo menos o ajuste manual. Fica a dica.
Em conclusão, o Pixel Watch 3 é um dos melhores e mais completos relógios inteligentes do momento para quem valoriza a monitorização da saúde e do bem-estar, nota-se o salto de qualidade relativamente ao modelo anterior, mas continua a ter um preço pouco competitivo face a outros smartwatches à venda no mercado.
Tome Nota
Pixel Watch 3 (41 mm) – Desde 399€
Características Características Caixa de alumínio 41 mm • Ecrã Actua (AMOLED LTPO) de 1,2”; 408 x 408 p; 2000 nits (brilho máx.) • Proc. Qualcomm SW5100/ Coproc. Cortex M33 • 32 GB armaz; 2 GB RAM • Monitorização: ritmo cardíaco, oxigénio (SpO2), temperatura da pele, ECG, stress (cEDA) • Sono: Total de horas dormidas, sono profundo, leve, REM, acordado • Resistência à água e poeira (5 ATM/IP68) • BT 5.3, Wi-Fi, GPS, Galileo, Glonass, Beidou, QZSS • Wear OS 5.0 • Bateria 307 mAh • 41x41x12,3 mm • 31 g (sem bracelete)
Desempenho: 4
Características: 4,5
Qualidade/preço: 3
Global: 3,8
Tome Nota
Pixel Watch 3 (45 mm) – Desde €499
Características Características Caixa de alumínio 45 mm • Ecrã Actua (AMOLED LTPO) de 1,4”; 456 x 456 p; 2000 nits (brilho máx.) • Proc. Qualcomm SW5100/ Coproc. Cortex M33 • 32 GB armaz; 2 GB RAM • Monitorização: ritmo cardíaco, oxigénio (SpO2), temperatura da pele, ECG, stress (cEDA) • Sono: Total de horas dormidas, sono profundo, leve, REM, acordado • Resistência à água e poeira (5 ATM/IP68) • BT 5.3, Wi-Fi, GPS, Galileo, Glonass, Beidou, QZSS • Wear OS 5.0 • Bateria 420 mAh • 45x45x12,3 mm • 37 g (sem bracelete)
Desempenho: 4,5
Características: 4,5
Qualidade/preço: 3
Global: 4
A morte de Graça Lobo foi confirmada à agência Lusa por fonte da Casa do Artista. Nascida em 12 de abril de 1939, teve uma carreira de quase 50 anos, destacando-se como atriz e encenadora. A sua estreia foi na Casa da Comédia, em fevereiro de 1967, nas “Noites Brancas”, de Dostoievsky, com encenação de Norberto Barroca, quando ainda era aluna do Conservatório Nacional. O seu desempenho em “Hedda Gabler”, de Henrik Ibsen, foi um dos seus maiores sucessos, mas na sua lista de êxitos contam-se ainda textos de dramaturgos como Luigi Pirandello, Samuel Beckett, Jean Genet ou Harold Pinter.
Graça Lobo fez parte do Teatro Estúdio de Lisboa, de Luzia Maria Martins, e do Teatro Experimental de Cascais, de Carlos Avilez.
Em 1979, fundou a Companhia de Teatro de Lisboa, onde levou a cena autores como James Joyce, Harold Pinter, Noel Coward, Alan Ayckbourn ou, Miguel Esteves Cardoso.
O Gaia Eco Rally ficou marcado por uma grande competitividade e várias trocas de posições entre os primeiros, demonstrando que o automobilismo sustentável está cada vez mais emocionante. Mas, no final, foi Carlos Silva e Sancho Ramalho que levaram a melhor e obtiveram a primeira vitória na edição deste ano do Campeonato de Portugal de Novas Energias – PRIO, um campeonato de regularidade, exclusivo para automóveis 100% elétricos.
O segundo lugar foi conquistado por Eduardo Carpinteiro Albino e José Carlos Figueiredo em um Kia EV6, atuais campeões nacionais da modalidade, seguidos pelos colegas de equipa Nuno Serrano e Alexandre Berardo, atuais líderes do campeonato. Na categoria de eficiência energética, Emilien Le Borgne e Alexandre Stricher, em um Dacia Spring 65, levaram a melhor, demonstrando que a economia de energia também pode ser uma estratégia vencedora.

Carlos Silva já pensa no título
Em declarações à Exame Informática, o vencedor Carlos Silva assumiu-se como um dos favoritos para a próxima prova, o Eco Rally Madeira, relembrando a vitória conseguida na ‘pérola do Atlântico’ na edição do ano passado. O piloto, mais habituado à modalidade de todo-o-terreno, destacou o desempenho e a experiência do colega Sancho Ramalho “que me tem ensinado muito”. Carlos Silva admite que “ainda é possível lutar pelo campeonato nacional”, liderado pela dupla Nuno Serrano e Alexandre Berardo, apesar de já só faltarem três provas para o final deste campeonato.

Luis Brito, organizador da prova, faz um balanço positivo , destacando “os novos percursos que foram percorridos na edição deste ano” e o facto de a prova ter tido uma competitividade muito elevada com os cinco primeiros lugares em constantes mudanças até à última classificativa. Para Luís Brito, esta é uma demonstração que “ano após ano, vão surgindo novas equipas com capacidade para discutirem os lugares cimeiros da classificação”.
Participação da equipa PRIO – Exame Informática – Peugeot
Um dos destaques do evento foi a Power Stage, realizada no Kartódromo de Baltar. Nesta prova especial, Nuno Serrano e Alexandre Berardo levaram seu Kia EV6 ao topo do pódio, seguidos por Eduardo Carpinteiro Albino e José Carlos Figueiredo, também em um Kia EV6.
Mas a surpresa ficou por conta do Peugeot e-3008 da equipa PRIO – Exame Informática – Peugeot, pilotado por Sérgio Magno e navegado por Ana Joaquim, que conquistou o terceiro lugar no pódio. Este SUV familiar demonstrou uma dinâmica surpreendente, provando que conforto, sustentabilidade e a performance podem andar de mãos dadas.
Na classificação geral, destaque ainda para a quinta posição obtida por Ivo Tavares e João Paulo Martinho, ao volante de um Peugeot e-208 GT. A dupla da equipa PRIO – Exame Informática – Peugeot até conseguiu ser que ‘fez mais zeros’ (mais passagens no tempo exato) e ficou apenas a 12 segundos da dupla vencedora, o que demonstra bem a competitividade entre os primeiros.

Próxima paragem: Eco Rally Madeira
A próxima etapa do Campeonato Portugal de Novas Energias – PRIO será o Eco Rally Madeira, a realizar-se nos dias 5 e 6 de outubro. Com a emoção do Gaia Eco Rally ainda fresca na memória, a expectativa é de mais uma prova eletrizante, onde a sustentabilidade e a paixão pelo automobilismo se unem para divulgar a mobilidade elétrica.
Veja a reportagem na Exame Informática TV sobre o rali anterior, o EcoRally Proença-a-Nova
O sistema de justiça em Portugal é composto por diferentes atores com papéis complementares, incluindo advogados, juízes e procuradores. Cada um destes atores desempenha funções específicas dentro do sistema judiciário, com o objetivo de assegurar a aplicação correta da lei e a defesa dos direitos dos cidadãos.
Os advogados atuam em diversas áreas do direito (civil, penal, laboral, comercial, entre outras), preparando peças processuais, representando os seus clientes em tribunal e prestando aconselhamento jurídico. São independentes e têm o dever de agir com diligência e lealdade para com os seus clientes, mas também com respeito para com o tribunal.
O acesso ao direito e aos tribunais é um direito previsto na Convenção Europeia dos Direitos do Homem, na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia e também na Constituição da República Portuguesa.
Na verdade, preceitua o art. 20.º, da Constituição da República Portuguesa que a todos é assegurado o acesso ao direito e aos tribunais para defesa dos seus direitos e interesses legalmente protegidos, não podendo a justiça ser denegada por insuficiência de meios económicos e, que todos têm direito, nos termos da lei, à informação e consulta jurídicas, ao patrocínio judiciário e a fazer-se acompanhar por advogado perante qualquer autoridade.
Em Portugal, os defensores oficiosos são advogados que prestam assistência jurídica a pessoas que não podem pagar pelos serviços de um advogado particular.
Dada a sua irrecusável natureza de direitos legalmente consagrados, a Lei n.º 34/2004, de 29 de julho, determina que o acesso ao direito constitui uma responsabilidade do Estado, que deve garantir uma adequada compensação aos profissionais que participem no respetivo sistema.
Os honorários dos defensores oficiosos são calculados com base numa tabela aprovada pelo governo. Esta tabela define o valor pago de acordo com o tipo de serviço prestado (por exemplo, diligências, consultas, participação em julgamentos) e a complexidade do caso.
A tabela que define os honorários dos defensores oficiosos foi definida pela Portaria n.º 6/2024 de 4 de janeiro que reafirma a importância do direito à proteção jurídica como um elemento essencial do Estado de Direito em Portugal. No entanto, essa remuneração é frequentemente alvo de críticas por parte dos advogados, tanto pela sua insuficiência quanto pela complexidade do sistema de pagamento.
Há relatos recorrentes de atrasos significativos nos pagamentos, que podem demorar meses a serem processados, criando dificuldades financeiras para os advogados que dependem destes honorários, sendo que a baixa remuneração e as condições do trabalho podem levar à desmotivação de muitos advogados, o que tem impacto na qualidade do serviço prestado.
O pagamento dos honorários aos defensores oficiosos é calculado com base em tabelas de honorários que não refletem a verdadeira carga de trabalho, e os valores podem ser bastante inferiores aos honorários cobrados pelos advogados no setor privado. A disparidade entre o trabalho exigido e os valores pagos é agravada pela existência de um teto máximo de honorários, independentemente da complexidade ou duração do processo. Isso significa que, em muitos casos, os advogados recebem uma remuneração desproporcional ao esforço necessário para defender adequadamente os seus clientes.
A disparidade entre o volume de trabalho exigido e os honorários oferecidos pelo Estado tem sido objeto de discussão por parte da Ordem dos Advogados e dos próprios defensores oficiosos, que defendem uma revisão do sistema de pagamento.
E é, precisamente pela atualização dos honorários das defesas oficiosas, constante da tabela anexa à Portaria n.º 1386/2004, de 10 de novembro, que já perfez 20 anos, que os advogados lutam. E, como forma de protesto os defensores oficiosos, não se inscrevem nas escalas no âmbito do Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais.
Essas escalas são essenciais ao bom funcionamento da justiça. Na verdade, a recusa de inscrição dos Advogados no Sistema de Acesso do Direito, obsta a que os tribunais possam realizar algumas diligências em que se mostra obrigatória a presença de defensor oficioso, como é o caso dos interrogatórios de arguido, na presença de Magistrado, ou nos casos em que o arguido for cego, surdo, mudo, analfabeto, desconhecedor da língua portuguesa, menor de 21 anos, ou se suscitar a questão da sua inimputabilidade ou da sua imputabilidade diminuída.
Mas estes são apenas alguns exemplos, outros mais existem, designadamente no âmbito dos processos tutelares educativos, uma vez que os menores têm que estar sempre acompanhados por defensor oficioso nas diligências.
A luta dos defensores oficiosos causa constrangimentos nos tribunais? Sim, causa.
É justa? Sim, é justa.
Há, pois, que ajustar a tabela de honorários para refletir melhor a carga de trabalho e a complexidade dos casos, melhorar os mecanismos administrativos para garantir que os advogados recebam os seus honorários de forma mais célere e definir uma remuneração mais justa para processos complexos e prolongados.
O sistema de acesso ao direito e aos tribunais é essencial para garantir que o acesso à justiça seja um direito universal, independentemente das condições financeiras de cada indivíduo, mas também os defensores oficiosos têm de auferir uma remuneração adequada às nobres funções que exercem.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) reviu a proposta para a criação de um apoio a professores deslocados colocados em escolas onde faltam docentes. O valor, inicialmente previsto para entre 75 e 300 euros, foi aumentado, estando agora entre os 150 e os 450 euros.
O valor mais baixo seria para os colocados em escolas a mais de 70 quilómetros de casa e onde há alunos que ficaram mais de 60 dias sem aulas. No caso dos docentes colocados a mais de 200 quilómetros, o valor do apoio passa para 300 euros, subindo para 450 euros se estiver a mais de 300 quilómetros de casa.
A nova proposta foi apresentada pelo ministro Fernando Alexandre aos sindicatos que representam os professores, nquela que foi a segunda reunião negocial e que serviu também para discutir os termos para a realização de um novo concurso de vinculação.
O Governo pediu às 12 organizações sindicais envolvidas nas negociações que enviem, até terça-feira, a sua posição em relação a este diploma e ao concurso de vinculação extraordinário, para que as duas medidas possam ser aprovadas pelo Conselho de Ministros já na quarta-feira.
Para dia 21 de outubro ficou marcada uma reunião negocial com os representantes dos professores para dar início à revisão da carreira docente.
As segundas-feiras à noite, na programação da RTP1, têm um novo atrativo. Um conjunto de seis telefilmes traça o retrato de várias épocas da sociedade portuguesa em diferentes contextos políticos, sociais e económicos. São adaptações cinematográficas de contos de escritores portugueses, numa produção da Marginalfilmes.
Na estreia, na passada segunda, 2, foi exibido O Chefe do Meu Pai Era um Democrata e Ninguém Sabia, inspirado na obra de Luís de Sttau Monteiro, realizado por Mónica Santos. Segue-se agora Bully (9 set), de Miguel Simal, realizado por Ricardo Pugschitz de Oliveira, ficção sobre libertação e coragem. A prosa de Vergílio Ferreira está na base d’A Palavra Mágica (16 set), de Pocas Pascoal, sobre o significado inócuo da palavra e os irresistíveis equívocos.
Filipe Henriques dirige O Conto do Nadador (23 set), obra de Lídia Jorge centrada numa morte e na sua investigação policial. Com argumento de Patrícia Müller e realização de Cláudia Clemente, O Anel (30 set), inspirado no conto de Patrícia Maia Noronha, fala da estratificação social e as artimanhas para a escalar. Por fim, Camilo Castelo Branco em O Esqueleto (7 out), realizado por João Roque, aborda desde a paixão ao adultério e da traição à vingança. Maria d’Aires, José Raposo, Miguel Borges, Sofia Nicholson e Ana Bustorff são alguns dos atores dos vários elencos.

Telefilmes > 9, 16, 23 e 30 set, 7 out > seg 21h > RTP1 e RTP Play