Sobre ameaça de mais uma crise política, a Assembleia da República aprovou, na generalidade, o Orçamento de Estado para 2025. Em nome da estabilidade, o Partido Socialista baixou os braços e juntou-se ao Partido Social Democrata e ao CDS na construção de um futuro hipotecado. Mas que estabilidade é esta? Nós conhecemo-la bem.

Em 2012, a estabilidade era o corte nos salários e pensões, era o despedimento de professores, era a pilhagem de empresas públicas lucrativas pelos maiores grupos económicos, era um orçamento inconstitucional. Hoje, a estabilidade é a mesma. É a estabilidade de um projeto de continuidade do status quo, de aprofundamento das desigualdades, não é a estabilidade da maioria. Aprovado pelos partidos do centro, este é um orçamento, e não podia ser de outra forma, do mais do mesmo, da manifesta instabilidade. É um orçamento que desiste de responder ao sofrimento e opressão de quem trabalha diariamente e que não consegue pagar a casa, a eletricidade, o supermercado e os estudos dos filhos. A esta maioria que vive para trabalhar, que o salário dos vários empregos não chega para viver, o PSD responde com uma descida de IRS para os jovens mais ricos e IRC para os grupos económicos que mais lucram. A quem mais tem o PSD entrega milhões, à maioria deste país apenas migalhas.

Aos estudantes deslocados do nosso país nem migalhas chegam. A estes milhares que se deslocam para fora da sua cidade e para longe das suas famílias, o PSD dá duas opções para viverem: Ou o mercado de arrendamento, cada vez com menos oferta e com preços incomportáveis, ou as Pousadas da Juventude. Nestas pousadas os estudantes moram com baratas, percevejos e turistas. Deslocados de quarto em quarto, não há desinfestações nem controlo de pragas. Sem o mínimo de condições para viver, os estudantes fazem o seu dia a dia sem portas nos chuveiros, sem armários para colocar a sua roupa e sem cozinhas equipadas. Estas condições não se coadunam com um Ensino Superior de qualidade, público e universal. Aos estudantes mais vulneráveis, este governo coloca ainda mais entraves ao sucesso no seu percurso académico. Se muitos não chegam a entrar, os que permanecem são empurrados para o insucesso. Quanto a isto o Orçamento de Estado é muito claro: podendo reabilitar edifícios públicos vazios, aumentando a oferta de residências públicas a curto-prazo, o PSD entrega estes edifícios ao turismo e à especulação imobiliária. Às mãos deste Governo, os estudantes continuarão a viver em condições deploráveis. No fundo, se a ausência de um Ministério do Ensino Superior já o denunciava há uns meses, agora é visível, neste governo a estabilidade não é a dos estudantes.

No entanto, para estes jovens entregues a um dia a dia de sofrimento, o PSD traz a sua grande medida para a sua saúde mental – o incrível cheque-psicólogo. Gostava de poder afirmar que sim, que esta medida resolveria a eterna falta de cuidados de saúde mental. Mas não, este cheque visa 12 consultas gratuitas apenas para os estudantes do ensino superior, metade destes que nem estarão abrangidos. Fazendo lembrar a regra nos cuidados de saúde dos Estados Unidos da América, onde quem tem uma condição pré-existente não é tratado a preços comportáveis, condenando quem já nada tem a uma vida de doença, seguindo este exemplo, em Portugal afasta-se quem mais precisa de cuidados de saúde mental de qualquer ajuda. Os jovens não precisam de cheques, nem muito menos precisam de apenas 12 consultas, precisam de cuidados de saúde que incluam quem trabalha, quem estuda, quem precisa. Precisamos de cuidados de saúde mental no SNS, nas universidades e nas escolas. Com o mercado ao comando da saúde em Portugal continuaremos entregues a cuidados insuficientes, caros e excludentes.

As medidas vazias do PSD/CDS, viabilizadas pelo PS, não nos enganam. Ao sofrimento, precariedade, opressão e falta de esperança no futuro, adicionam injustiça e impunidade. Para a maioria deste país este orçamento não serve. Não queremos migalhas, queremos futuro.

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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

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A Administração da TIN tomou boa nota do comunicado e das reivindicações aprovadas em plenário, registando com agrado a emergência de novos Conselhos de Redação.

A Administração tem feito todos os esforços para manter em dia os salários e subsídios de todos os trabalhadores, algo que, infelizmente, ainda não conseguiu cumprir integralmente. Os salários em atraso de setembro — num total de 10 em 150 — deverão ser liquidados amanhã, momento em que terá início o pagamento relativo a outubro. Esta situação, que se prolonga há demasiado tempo, é lamentável. As dificuldades têm sido ainda maiores no que toca aos subsídios.

A Administração nunca deixou de informar os representantes escolhidos pelos trabalhadores, nas suas várias capacidades, sobre a situação que tem causado esta perturbação, mantendo reuniões regulares, todos os meses, por vezes até mais do que uma vez.

A Administração sempre assumiu a responsabilidade por aquilo que não conseguiu realizar ou, de forma transparente, peloque decidiu não fazer, nunca por incúria, e muito menos por irresponsabilidade.

 A Administração sempre exigiu — e continua a exigir — total e completa responsabilidade a quem concebe, cria, escreve e publica as revistas, que registam quedas contínuas, de 2018 a 2024, nas vendas em banca, na publicidade, nas assinaturas e outras receitas, incluindo as digitais. Há, sempre houve, independentemente das condições, um declínio profundo e insustentável de todas as publicações. Justificações há muitas, mas receitas poucas.

A Administração de uma empresa de Comunicação Social não pode nem deve imiscuir-se nos produtos editoriais, mesmo quando reconhece um declínio contínuo e permanente, sobretudo em períodos em que todos os recursos estavam disponíveis, como, de certa forma, continuam a estar.

A Administração deixou claro, desde o dia 1 de janeiro de 2018, que não era adepta de instabilidade interna, mudanças frequentes nas equipas de chefia, despedimentos coletivos ou encerramento de revistas. A todo o momento, as Direções Editoriais e Transversais tiveram acesso aos números e indicadores de desempenho dos órgãos de comunicação social (OCS) da empresa. Em fevereiro deste ano, a Administração mostrou esses números acumulados, de 2018 a 2024, a todas as equipas, incluindo a TIN no geral, e cada publicação em particular.

A Administração dará uma resposta direta aos diversos ultimatos, muito em breve. Aproveitará igualmente para voltar a divulgar, se necessário publicamente, o desempenho dos principais OCS da TIN e o seu impacto nesta situação profundamente lamentável.

Obrigado a todos!

18 de novembro de 2024

A Administração da Trust in News

Os trabalhadores da Trust in News, reunidos em plenário no dia 18 de novembro de 2024, apelam ao apoio de toda sociedade, incluindo de potenciais investidores dispostos a ajudar a preservar títulos de informação relevantes e a garantir os postos de trabalho.

Os trabalhadores da Trust in News (TiN) não vão baixar os braços e decidiram tornar pública a sua luta face ao imobilismo da administração, ao aumento da dívida, ao perpetuar dos salários em atraso, ao chumbo do Processo Especial de Revitalização (PER) e à iminente insolvência. Apesar da sua dedicação e profissionalismo, os trabalhadores da TiN veem cada vez mais ameaçadas marcas históricas do jornalismo português, pilares da democracia. 

Reunidos em plenário, no dia 18 de novembro de 2024, os trabalhadores decidiram, por unanimidade, apelar aos leitores, aos anunciantes e a potenciais investidores que ajudem a manter os títulos jornalísticos da TiN e a salvar os postos de trabalho.

Os trabalhadores solicitam também ao acionista e administrador da TiN, Luís Delgado, o pagamento da totalidade dos salários e subsídios em atraso (alguns salários de setembro, salários de outubro, subsídios de férias, cinco subsídios de alimentação e outras remunerações) e a partilha, com caráter de urgência, de toda a informação disponível sobre o projeto de recuperação da empresa que pretende apresentar aos credores, no seguimento do pedido de insolvência por recuperação.  

Os trabalhadores decidiram ainda agendar ações de protesto para sensibilizar a sociedade civil e o poder político para as dificuldades que enfrentam todos os dias e para a importância de salvar todos os títulos.

Os trabalhadores da Trust in News nunca baixaram os braços. Nem quando os salários chegaram atrasados, mês após mês, desde novembro de 2023. Nem quando os subsídios de alimentação e de férias não chegaram. Nunca baixaram os braços, mesmo quando viram dezenas de camaradas, colegas e amigos saírem, desgastados pela incerteza e pela ansiedade que uma situação destas provoca. Nem quando as revistas perderam os diretores ou ficaram reduzidas a apenas um jornalista. Nem quando perderam acesso a ferramentas de trabalho essenciais. Nem quando as condições de trabalho se deterioraram. Nunca baixaram os braços, mesmo quando saíram notícias sobre a situação da empresa e das revistas – às quais muitos dedicaram uma vida inteira de trabalho. Nem quando foram deixados sem informações claras sobre o rumo da empresa. Mesmo com tudo isto, nunca pararam de trabalhar.  

Os trabalhadores das revistas e publicações Visão, Exame, Exame Informática, Jornal de Letras, Visão História, Caras, Activa, Courrier Internacional, TV Mais, Visão Júnior, Telenovelas, Caras Decoração, Visão Saúde, Visão Biografia, A Nossa Prima, Volt e Holofote não vão baixar os braços. Vão continuar a lutar pelos seus postos de trabalho e pelas revistas que representam.

Os trabalhadores da TiN continuam comprometidos e inteiramente focados na missão de informar, com rigor e isenção, e na procura de soluções de futuro para estas publicações.

Porto Salvo, 18 de novembro de 2024

A Comissão de Trabalhadores da Trust in News; os delegados sindicais da VISÃO;  o delegado sindical do Jornal de Letras;  o conselho de redação da VISÃO; o conselho de redação da Caras;  o conselho de redação da ACTIVA

A Suécia, a Finlândia e a Noruega, a par da Polónia, da Roménia e dos países bálticos, estão a preparar as suas populações para a guerra. O agressor será a Rússia, e eventualmente algum dos seus aliados párias e renegados, no momento em que a Ucrânia utilizar mísseis americanos de longo alcance contra posições estratégicas russas.

Para Moscovo, não interessa se é apenas uma resposta equivalente ao que fizeram a Kiev. Putin parece esquecer-se de que está a dois meses de Trump assumir a presidência dos EUA e que, mesmo assim, dificilmente poderá contar com um apoio aberto e direto do país líder da NATO. A Aliança Atlântica conta com 32 países, incluindo duas potências nucleares (sem considerar os americanos) e tem um poderoso arsenal militar convencional.

Desgastada como está, recorrendo à ajuda dos norte-coreanos, a Rússia não tem qualquer capacidade convencional, em termos de homens e equipamentos, para medir forças com o Ocidente. A Ucrânia expôs as sua fraquezas militares. Muita conversa, mas pouco conteúdo.

A grande questão centra-se, obviamente, na capacidade nuclear dos russos. É vasta e poderosa, com todo o tipo de ogivas e lançadores, e foi isso que protegeu Putin durante os mil dias de guerra na Ucrânia, inibindo os aliados de autorizarem Kiev a utilizar mísseis e outros meios de longo alcance. Essa fase, no entanto, está encerrada.

Ainda que disponha de muitas armas nucleares, estas só podem ser utilizadas uma vez. Uma só vez, repetindo. E Putin sabe disso. Só uma lançada, a retaliação será aniquiladora. E esse cenário nunca esteve muito longe de se concretizar. A senhora Liz Truss, nas suas memórias, recorda que, em 2022, ainda enquanto ministra dos Negócios Estrangeiros, o Governo britânico se preparou para a eventualidade de uma guerra nuclear. As forças estratégicas britânicas foram colocadas em prontidão e preparadas para o apocalipse. Estamos novamente perto dessa loucura.

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A obesidade é um problema de saúde pública e há evidências de que conduza a um aumento de risco de ataques cardíacos, tensão arterial elevada, ataques, diabetes e mesmo morte. Agora, um estudo universitário conduzido na Austrália concluiu que há uma ligação entre a maior disponibilidade de acessos rápidos à Internet e a obesidade, assim como maus hábitos de saúde.

Segundo uma equipa das universidades RMIT, Monash e Melbourne “o acesso a Internet rápida diminui a probabilidade de os indivíduos cumprirem os mínimos de atividade física recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde (…) ou seja, os indivíduos tornam-se mais inativos e mostram mais comportamentos sedentários”.

A equipa analisou dados de inquéritos oficiais da Austrália e cruzou-os com o plano de expansão da NBN (National Broadband Network) que tem vindo a modernizar-se a partir dos sistemas analógicos desde 2012. Os investigadores mostraram que um aumento de apenas 1% da NBN está ligado a um aumento de obesidade, com um aumento do índice de massa corporal, avança o website New Atlas.

Klaus Ackerman, investigador da Universidade Monash, afirma que “o comportamento sedentário é induzido pela necessidade de se manter conectado online durante muitas horas, o que leva a um metabolismo mais baixo e contribui para a obesidade. O problema é exacerbado pela necessidade de consumir frequentemente snacks durante a utilização de computador, o que aumenta a ingestão diária de calorias e contribui para a obesidade”. Além do entretenimento, “a utilização de Internet permite um acesso facilitado a vários bens e serviços, reduzindo a necessidade de sair para executar tarefas fisicamente. A conveniência através de comunicações eletrónicas muitas vezes reduz a necessidade de se encontrar com familiares e amigos em pessoa, o que reduz as potenciais oportunidades para atividades físicas”.

Outros estudos, na Turquia e nos EUA, por exemplo, concluíram que há uma ligação entre o acesso à Internet rápida e vários riscos de saúde.

A China State Shipbuilding Corporation (CSSC) mostrou um modelo do drone submarino que desenvolveu para realizar diferentes missões, incluindo atacar embarcações inimigas, pois tem capacidade para transportar torpedos. O drone não precisa de ser tripulado e é capaz de alcançar 3956 quilómetros. Este veículo pode ainda ser reconfigurado para servir diferentes objetivos, como servir de apoio em operações especiais, espalhar minas ou outro tipo de atividades.

O submarino foi desenhado para operar a profundidades entre os 300 e os 45 metros e, de acordo com algumas fontes, é uma iteração do modelo protótipo mostrado pela CSSC em 2017, noticia o Interesting Engineering.

O modelo agora revelado mostra, no corte lateral, um tubo de torpedo, um conjunto de baterias central, sistemas de propulsão e sistemas de missão, alem de um mastro que pode ser recolhido, localizado na traseira. Os detalhes mostrados pela CSSC revelam três configurações possíveis: Tipo A, capaz de transportar 8 a 12 torpedos, Tipo B, que pode suportar seis a oito mergulhadores de operações especiais com o seu equipamento e Tipo C que pode transportar oito a 12 minas ou quatro UUV (de Unverwater Unmanned Vehicle, ou drone aquático).

A comunicação com os operadores humanos é feita por satélite e por ligações aquáticas submarinas e o mastro na traseira ajuda na transmissão de dados. Este modelo é capaz de atingir uma velocidade de 20 nós e navega em velocidade cruzeiro à superfície a até oito nós e seis nós debaixo de água. Em termos de alcance, pode chegar aos 3650 quilómetros debaixo de água e aos 18 mil quilómetros à tona da água.

A utilização de uma propulsão única permite ao submarino ser usado com um nível de ruído reduzido. Ainda não há confirmação da chegada de um destes submarinos ao mercado.

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Ilya Lichtenstein assumiu ser culpado de um dos maiores roubos de criptomoedas quando, em 2016, roubou 120 mil Bitcoin no mercado Bitfinex. O hacker fez depois a ‘lavagem’ dos lucros com a ajuda da mulher, Heather Morgan. Na altura do roubo, a quantidade de criptomoedas roubadas equivalia a 70 milhões de dólares, um valor que entretanto subiu para para 4,5 mil milhões quando Ilya foi detido e que atualmente vale mais de nove mil milhões de dólares.

As autoridades conseguiram recuperar 3,6 mil milhões de dólares, sendo esta uma das maiores apreensões das autoridades financeiras do Departamento de Justiça dos EUA. Depois de ter estado detido desde fevereiro de 2022, Ilya Lichtenstein foi agora sentenciado a cinco anos de prisão. O hacker assumiu a culpa, referiu estar arrependido e espera poder utilizar as suas capacidades para combater o cibercrime depois de cumprir a pena. Também a mulher assumiu a culpa no ano passado e vai conhecer a sua sentença, noticia a BBC.

O roubo foi possível com o uso de técnicas avançadas. O duo usou identidades falsas, moveu fundos em diferentes criptomoedas e comprou moedas de ouro como parte da estratégia para lavar o dinheiro. Com a ajuda de familiares na Rússia, o hacker usou esses contactos para lavar parte do dinheiro na sua terra natal.

Morgan, enquanto perpetrava estas ações, cimentava uma carreira no hip-hop, com vários videoclipes gravados em Nova Iorque e onde se assumia como uma “’fazedora’ de dinheiro” e um “crocodilo de Wall Street”.

Depois da vitória no Eco Rally de Lisboa, Carlos Silva e Sancho Ramalho, ao volante de um BMW i3, partiram para a última prova do Campeonato de Portugal de Novas Energias – PRIO como fortes candidatos ao título de campeões nacionais. Mas, para isso, teriam de, na derradeira prova, ficar à frente da outra dupla com fortes possibilidades de vitória: Nuno Serrano e Alexandre Berardo, que lideravam, provisoriamente, a classificação geral do campeonato.

Com um desempenho notável desde a primeira especial de classificação, Carlos Silva e Sancho Ramalho cominaram por completo o E-Rally Alentejo Central. A dupla acabou a prova, após 163 controlos, com apenas 8 pontos, o que representa uma média de 0,0 segundos por controlo. Nestas provas de regularidade, os concorrentes são avaliados pela precisão com que seguem as médias e os tempos indicados pelo roadbook. Numa análise mais detalhada, percebe-se que a dupla vencedora conseguiu 155 ‘zeros’ (passagem no tempo ideal) e nunca passaram num controlo com um erro superior a 1 segundo.

Não menos impressionante é a análise da classificação geral. Os 20 primeiros ficaram com desvio médio para o tempo ideal até um segundo e os 10 primeiros apresentaram uma média de falha até 0,5 segundos. Resultados que demonstram o que é muito comentado entre as equipas participantes: o nível competitivo na edição de 2024 do Campeonato de Portugal de Novas Energias – Prio, que agora termina, é muitíssimo elevado.

Sancho Ramalho, navegador, e Carlos Silva, piloto. Foto: Bernardo Lúcio

Sempre a subir

Em declarações à Exame Informática, Sancho Ramalho sublinhou que título resultou “de uma grande evolução ao longo da época”, adicionando “A comunicação dentro do carro foi melhorando. Conseguimos um pódio nos Açores, vencemos em Gaia, um pódio na Madeira e voltámos a ganhar em Lisboa. E correu tudo muito bem nesta última prova”. O navegador destaca ainda a “grande evolução do Carlos (Silva) que, rapidamente, se adaptou à regularidade”. Carlos Silva, mais habituado a outro tipo de provas demonstrou “uma enorme felicidade” por conseguir o título num “campeonato extremamente disputado”. O piloto diz-se rendido a estas provas em carros 100% elétricos e demonstrou interesse em voltar a participar na próxima época: “vamos agora tentar reunir os apoios e condições para 2025”.

O pódio do E-Rally Alentejo Central ficou completo por Eduardo Carpinteiro Albino e José Carlos Figueiredo (segundo lugar) e por Filipe Maia e Tiago Caio (terceiro lugar). Na eficiência energética, a vitória foi para Emilien Le Borgne e Alexandre Stricher, em Dacia Spring, que também acabaram o campeonato na liderança do troféu eficiência energética.

Equipa Prio – Exame Informática – Peugeot no pódio do Campeonato

A prova do Alentejo não correu particularmente bem para a equipa da Exame Informática. Alguns pequenos erros foram suficientes para, numa prova de grande competitividade, atirarem Sérgio Magno e Ana Joaquim, em Peugeot e-3008, para o 11º lugar, logo seguidos por Ivo Miguel Tavares e João Paulo Martinho em Peugeot e-208.

Contas feitas, a equipa Prio – Exame Informática – Peugeot conseguiu alcançar o terceiro lugar no campeonato. Um bom resultado considerando que a equipa foi formada este ano.

A vitória em equipas foi, novamente, para a KIA – ACP Electic – BP, constituída pelas duplas Nuno Serrano e Alexandre Berardo e Eduardo Carpinteiro Albino e José Carlos Figueiredo.

Diariamente, empresas, instituições e entidades são alvos de ataques cibernéticos. Por isso mesmo a adoção da NIS2 representa uma oportunidade para as organizações apostarem e fortalecerem as suas políticas de segurança. No entanto, é crucial que essa implementação não seja vista apenas como uma obrigação regulatória, mas como uma medida necessária para a continuidade e segurança das operações. Organizações que investiram antecipadamente em conformidade estarão não apenas em conformidade com a legislação, mas também mais bem preparadas para enfrentar o cenário crescente de ameaças cibernéticas.

A adoção da Diretiva NIS2 representa um importante reforço nas políticas de cibersegurança no seio da União Europeia, introduzindo novas exigências e expandindo o objetivo da NIS original (Diretiva de Segurança das Redes e da Informação). Esta atualização reforça as medidas anteriormente previstas no Decreto-Lei n.º 65/2021, nomeadamente ao nível de análises de riscos e tratamento de incidentes, visando fortalecer a resiliência coletiva contra ameaças cibernéticas e uniformizar os padrões de segurança entre os estados-membros.

A diretiva procura garantir que as organizações essenciais aumentem a sua capacidade de resposta e recuperação perante ciberataques, promovendo um conjunto mínimo de medidas de segurança que todos devem adotar, sendo igualmente crucial que as organizações mantenham um sistema de monitorização contínua e adaptem as suas medidas de segurança conforme necessário. Tais medidas abrangem a preparação para fazer face a ameaças coletivas, a resiliência a ataques e a criação de padrões de segurança com a introdução de penalidades mais rigorosas para aqueles que não cumprem as normas. Nesse sentido, o fortalecimento da resiliência é essencial para garantir a continuidade dos serviços críticos.

Uma das grandes mudanças introduzidas pela NIS2 é o alargamento do âmbito das organizações abrangidas. Assim, qualquer organização que exerça uma função essencial para o desenvolvimento da sociedade europeia está sujeita à diretiva, não apenas os Operadores de Serviços Essenciais (OES) e Prestadores de Serviços Digitais (DSP’s). Essa abrangência visa proteger setores críticos, como energia, saúde, transporte e finanças, cujas falhas ou comprometimentos poderiam ter graves consequências.

Entre os principais requisitos, destaca-se a necessidade de uma gestão de riscos contínua, com base em normas reconhecidas e a criação de planos de resposta a incidentes com reporte obrigatório às autoridades. A gestão de terceiros e da cadeia de fornecimento também é um foco essencial, dada a sua criticidade para a continuidade das operações.

A NIS2 também se destaca por incentivar a colaboração entre os estados-membros, estabelecendo protocolos para a partilha de informações e para a coordenação de respostas a incidentes transfronteiriços. Esta colaboração, antes limitada, permite assegurar uma proteção mais robusta em rede, em vez de abordagens individuais e isoladas, promovendo assim a segurança de uma rede digital mais ampla e interligada na UE.

O prazo para a transposição da Diretiva NIS2 para a legislação nacional dos países-membros decorreu até ao passado dia 17 de outubro, data que marca o início de uma nova fase de cibersegurança na Europa. Resta-nos, ainda assim, aguardar pela publicação da transposição nacional para verificar como tal se concretizará no contexto nacional.

A adoção desta diretiva e a sua implementação bem-sucedida são fundamentais para garantir que empresas e governos estejam devidamente protegidos e preparados para um cenário de ameaças cibernéticas em constante evolução. Esta diretiva reforça ainda a importância de agir com urgência, pois a falta de conformidade e de medidas de proteção pode resultar em impactos severos num contexto cada vez mais frequentes de ciberameaças. Este é, pois, o momento de organizações e governos unirem esforços para implementar a NIS2 e garantir uma defesa robusta contra as crescentes ameaças digitais.

Segundo a BCC, os três países nórdicos estão a avisar os respetivos cidadãos para se prepararem para uma potencial guerra, dado o agravamento da situação no conflito entre a Rússia e a Ucrânia. O alerta vem na sequência da autorização dada no último fim de semana pelos Estados Unidos à Ucrânia para usar mísseis de longo alcance em território russo. A autorização, dada pelo Presidente Joe Biden depois de meses de hesitação e a cerca de dois meses de deixar a Casa Branca, já obteve reação do Kremlin (presidência russa), que acusou os EUA de estarem a atirar gasolina para a fogueira.

Esta segunda-feira, milhões de suecos começaram a receber nas caixas de correio uma versão do panfleto “Se a crise ou a guerra vier”, que aconselha a população sobre como se preparar e enfrentar uma guerra. O panfleto já tinha sido distribuído quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, mas tem agora o dobro do tamanho e dos conselhos.

Também a vizinha Finlândia publicou online novos conselhos sobre “preparação para incidentes e crises”, enquanto os noruegueses receberam um panfleto instando-os a estarem preparados para sobreviverem sozinhos durante uma semana em “caso de condições meteorológicas extremas, de guerra ou de outras ameaças”.

Os conteúdos publicados online pelas entidades finlandesas incluem uma secção sobre conflitos militares, onde é explicado como é que o Governo e o Presidente responderiam em caso de um ataque armado, sublinhando que as autoridades estão “bem preparadas para a autodefesa”.

A lista de preparativos divulgada pela Noruega inclui a sugestão de que sejam comprados e guardados alimentos de longa duração, como latas de feijão, barras energéticas e massas, e também medicamentos, incluindo comprimidos de iodo, em caso de acidente nuclear.

Oslo enviou uma versão anterior da lista em 2018, mas completou-a agora com o argumento de que eventos climáticos mais extremos, como inundações e deslizamentos de terra, trouxeram riscos acrescidos.

Brochura com indicações de segurança
Foto: Município de Perstorps

Para os suecos, a ideia de um folheto de emergência civil não é novidade. A primeira edição de “If War Comes” foi produzida durante a Segunda Guerra Mundial e foi atualizada durante a Guerra Fria. No entanto, uma das passagens do texto foi alterada, já que estava associada à época em que o país ainda era neutro: “Se a Suécia for atacada por outro país, nunca desistiremos. Todas as informações no sentido de que a resistência deve cessar são falsas”.