Diz-se que o corpo é uma máquina complexa. Não é verdade. É uma supermáquina ultracomplexa. É difícil termos noção da quantidade de microações que acontecem dentro de nós para conseguirmos respirar, caminhar, comer ou até dormir. Mas, como em todas as máquinas, o uso constante faz com que as peças comecem a ficar desgastadas. Que, volta e meia, alguns sistemas comecem a falhar. E quando isso acontece, vamos à reparação. Pode ser através da adoção de hábitos de vida mais saudáveis. Pode ser com uma ida ao médico e a prescrição de um medicamento. Pode ser com uma operação de emergência.

A questão é que existem problemas que afetam as pessoas e para os quais ainda há poucas ou nenhumas respostas. Não temos forma de reparar o que está estragado. E há dois exemplos bem conhecidos de doenças neurodegenerativas que têm sido um verdadeiro quebra-cabeças para as comunidades científica e médica: a Parkinson, que afeta a capacidade do cérebro em controlar os movimentos do corpo; e a Alzheimer, que causa uma perda gradual de funções cognitivas como a memória e o pensamento. Diogo Feleciano, um bioquímico português de 33 anos, acredita ter a resposta para combater o avanço progressivo destas doenças. E a solução que a sua startup, a Booster Therapeutics, propõe, está mesmo à frente de todos – ou melhor dizendo, está dentro de todos nós.

‘Serviços de limpeza à célula 3, por favor’

Os proteassomas são estruturas complexas proteicas que existem nas células do nosso corpo e que têm uma função muito específica e importante: destruir proteínas que estão danificadas ou já não são necessárias. Pense nos proteassomas como máquinas de reciclagem que existem no nosso corpo. Quando identificam uma proteína degradada, o proteassoma agarra nessa proteína e ‘desmonta-a’ em peças (aminoácidos), peças estas que podem ser novamente usadas pelas células em novas proteínas.

“Os proteassomas estão a fazer este trabalho a toda a hora e em todos os segundos, estão a partir proteínas em partes mais pequenas. E estão a tentar regular a quantidade de proteínas tóxicas nas células”, explica Diogo Feleciano, cofundador e diretor científico (CSO) da startup alemã Booster Therapeutics, em entrevista à Exame Informática.

Acontece que com o passar do tempo, os proteassomas não conseguem acompanhar o ritmo de proteínas maliciosas que se acumulam no corpo e, com a idade, a própria ‘equipa de reciclagem’ também perde parte das suas capacidades e eficácia. O que significa que as células do corpo começam a acumular muito ‘lixo’, o que por sua vez abre portas ao aparecimento de doenças. E todo este desequilíbrio celular que se vai acumulando no corpo também contribui para o nosso envelhecimento biológico.

Mais. A perda de funções dos proteassomas em locais específicos, como no cérebro, está correlacionado com o aparecimento de algumas doenças. “Existe uma acumulação anormal de proteínas que são tóxicas, não é uma, são muitas, e levam a que os neurónios comecem a falhar e a morrer. E nas doenças de Parkinson e Alzheimer, há áreas do cérebro que decrescem, porque os neurónios estão a morrer e isso está associado à acumulação de proteínas tóxicas”, adianta explicar Diogo Feleciano. “Em pacientes que tiveram Parkinson, nos cérebros destes pacientes, depois de morrerem, os proteassomas na zona onde está a doença, estão a funcionar a baixa capacidade”.

Por esta altura já deve ter percebido a lógica: se houver maneira de garantir que os proteassomas mantêm as suas funções de limpeza de forma mais eficaz e por mais tempo, isto significa que conseguirão ‘limpar’ melhor as proteínas tóxicas que se acumulam no corpo, o que por sua vez poderá impedir o aparecimento ou a evolução de doenças, sobretudo as relacionadas com o cérebro. Parece simples, certo? Mas se é tão simples, como é que ninguém se lembrou disto antes? É aqui que entra a Booster Therapeutics.

A chave-mestra

Nas últimas décadas já foram gastos milhares de milhões de dólares, aplicados em alguns dos melhores laboratórios e mais consagrados investigadores do mundo, na tentativa de encontrar uma solução para doenças como a Alzheimer ou a Parkinson. Mas não tem funcionado. Não pelo menos de uma forma significativamente eficaz. Isto porque, de forma simplificada, os métodos que têm sido criados, inclusive na área dos proteassomas, têm-se focado na remoção de proteínas tóxicas específicas e não numa remoção mais abrangente desse material malicioso para o corpo. É como se depois de um casamento, um funcionário de limpeza apenas arrumasse os copos, deixando os pratos, os talheres e os guardanapos sujos na mesa. A abordagem da Booster Therapeutics é diferente e pretende arrumar a mesa toda. “Estas doenças são muito complexas, existem muitas proteínas a acumular ao mesmo tempo”, avança o CSO.

Para isso, a startup fundada pelo português Diogo Feleciano e pela norte-americana Darci Trader, está focada em reativar o proteassoma 20s, que é a unidade central do complexo proteassoma. “O 20s consegue eliminar naturalmente as proteínas tóxicas e faz a limpeza no corpo todo”, analisa o bioquímico natural da aldeia de Gaio, em Alcobaça.

O segredo está justamente na reativação deste núcleo. “Queremos usar uma nova molécula, uma nova terapia, para se ligar aos proteassomas nas células e reativá-los para a sua capacidade normal. Se conseguirmos fazer isso, podem novamente começar a partir em pedaços as proteínas que são tóxicas e reduzir a toxicidade das proteínas”, diz-nos.

Mas dito é mais simples do que feito. Isto porque o proteassoma 20s é, na realidade, ele próprio a combinação de 28 estruturas diferentes. O que significa que tem uma estrutura física altamente complexa. E para ser possível reativar a função deste elemento, é preciso criar uma chave (um químico, na realidade), que se agarre ao núcleo do proteassoma, restaurando novamente as suas capacidades. “A nossa molécula é desenhada para se agarrar a ele e aumentar a atividade dessa máquina de degradação. (…) Encontrar uma chave que se ligue ao nosso proteassoma e o ative, que faça o restauro da função, é bastante complicado. A ciência em si é bastante complexa, mas desenvolver sistemas para descobrir essas chaves tem muitas barreiras até se conseguir”, comenta o investigador português.

Para conseguir criar a chave-mestra para a máquina de limpeza das proteínas do corpo, a Booster Therapeutics criou uma plataforma, chamada DGRADX, que funciona como um conjunto de ferramentas que permite criar muitas combinações de chaves. E a equipa da startup, que conta com dez pessoas, além de vários laboratórios subcontratados para a investigação, analisou centenas de milhares de moléculas para ver se alguma encaixava na estrutura do proteassoma 20s. “Encontramos várias e estamos a otimizá-las”, revela Diogo Feleciano.

Ilustração de como funciona o sistema da Booster Therapeutics

“E isto põe-nos numa posição bastante diferenciada. Criamos esta plataforma que ninguém tem. Esta plataforma tem algo importante. O proteassoma é uma estrutura muito grande, encontrar uma chave que se ligue e o ative, é complexo. E também desenvolvemos uma tecnologia para ver a estrutura do proteassoma. Conseguimos tirar a estrutura de células humanas, purificá-las, e conseguimos ver a estrutura a nível atómico, ver os aminoácidos, conseguimos ver as 28 estruturas que compõem este complexo”, adianta o porta-voz da empresa.

“Conseguimos ter várias moléculas que conseguem ativar este mecanismos, e estamos mais próximos de um potencial medicamento. Temos moléculas com propriedade favoráveis a serem transformadas num medicamento ou numa terapia”, acrescenta.

Mas há outra questão que falta responder – por que razão a Booster Therapeutics está tão confiante na sua abordagem para problemas que além de verdadeiros quebra-cabeças que são fatais para os pacientes, já viram tantos outros tentar e falhar?

Muitos milhões e um gigante por trás

Diogo Feleciano fez o ensino escolar, básico e secundário na zona de Alcobaça, tendo depois ido estudar Bioquímica para a Universidade de Coimbra. Aí começou a entrar, aos poucos, no mundo da investigação. “Fui para Bioquímica com o objetivo de tentar fazer investigação, para descobrir algo novo que ainda ninguém tinha visto”.

Candidatou-se depois a uma bolsa Leonardo da Vinci, que permitia fazer investigação no estrangeiro, tendo entrado no Imperial College de Londres, no Reino Unido. Acabou por receber uma proposta de trabalho, tendo ficado por terras de sua majestade durante mais de um ano. E foi aí que percebeu que queria aprofundar ainda mais os seus conhecimentos na área, o que o fez mudar-se para Berlim, na Alemanha, para um doutoramento em Bioquímica, mas focado em envelhecimento e neurociências. “Comecei a estudar animais que também têm doenças neurodegenerativas e um dos caminhos que investiguei foi o proteassoma, começou aí a concretização que havia um problema nesse sistema”, recorda.

Depois começou a crescer em si a ideia de tornar a investigação num projeto que pudesse converter a teoria em prática. Foi nessa altura que o português integrou a empresa de capital de risco Apollo Health Ventures como empreendedor residente. “Vinha com ideias, eles vinham com potencial suporte de investimento”. Enquanto tudo isto acontecia, conheceu uma professora norte-americana, Darci Trader, que também era especialista na área dos proteassomas. Faltava começar a provar que havia mérito naquela ideia de criar uma chave de ativação para esta máquina de limpeza de células.

A Booster Therapeutics começou em 2020, mas só agora é que acredita ter o trabalho suficiente para se mostrar ao mundo (e antecipar movimentos da concorrência). A startup anunciou uma ronda de investimento de 15 milhões de dólares, cerca de 13,8 milhões de euros ao câmbio atual, e além da Apollo Ventures, há outro peso-pesado entre os investidores. A Novo Holdings, braço de investimento da Novo Nordisk, o gigante dinamarquês que criou o medicamento para a diabetes Ozempic (e que também é usado na luta contra a obesidade), acredita que o português e a sua equipa estão, de facto, num caminho promissor para combater a Alzheimer e a Parkinson.

As moléculas descobertas pela Booster Therapeutics já lhes permitiram “reativar os proteassomas que antes estavam bloqueados, terem uma função normal outra vez ou até um pouco melhor”. “E fazendo isso conseguimos reduzir o nível de múltiplas proteínas que são tóxicas – não uma, mas várias, reduzimos várias proteínas. Conseguimos chegar a um nível de proteção celular, fazer um reequilíbrio, a célula fica num estado mais saudável. (…). Temos uma compilação de resultados que mostram que estamos no caminho certo”.

Se arranjar um tratamento que impeça a evolução de doenças neurodegenerativas não fosse, por si só, já muito ambicioso, o método que a Booster Therapeutics está a desenvolver pode ser aplicado a outras doenças – cardíacas, hepáticas (fígado) e de reguladores do corpo, como a diabetes. “Aquilo que temos autorização para dizer neste momento é que temos resultados pré-clínicos em vários modelos de doença. É o máximo que posso dizer agora”.

E, como explicámos recentemente, encontrar soluções para evitar doenças contribui, de forma colateral, para melhorar o tempo e a qualidade de vida das pessoas. Viver mais e melhor, no fundo. Pelo que o trabalho da Booster Therapeutics poderá ter como potencial efeito secundário aumentar a nossa longevidade. Nada mau, certo?

“Já foi tentado aumentar a atividade do proteassoma, em células e organismos, e quando isso é feito, os animais ficam mais resistentes a doenças e vivem mais tempo. E existem alguns resultados a ligar humanos que são centenários a proteassomas que têm atividade mais elevada”, explica Diogo Feleciano sobre o potencial que esta nova terapia pode ter do ponto de vista da longevidade.

A startup vai agora continuar a testar as suas moléculas em modelos de doenças animais, também para perceber “a dose necessária e a frequência da dose para ter o efeito desejado”. Isto porque a ideia é que a reativação dos proteassomas possa ser feita com um simples medicamento. E, se tudo correr como planeado, começar a primeira fase de testes clínicos em humanos daqui a três anos.

“Estamos a descobrir coisas que ninguém viu antes. E é algo que nos deixa motivados”.

O que é ‘Miúdos a Votos’?

É a eleição dos livros preferidos dos alunos entre o 1º e o 12º anos. Trata-se de uma iniciativa que junta cidadania e leitura, dando voz aos estudantes e aumentando a sua participação na vida da escola.

A iniciativa desenrola-se ao longo do ano letivo e segue as regras e procedimentos de umas
eleições políticas (recenseamento, apresentação de candidaturas, campanha eleitoral, votação, escrutínio), permitindo aos jovens compreenderem, participando, como se desenrola todo o processo eleitoral.

Os alunos são chamados a participar em todas as fases desta iniciativa, desde a escolha dos livros que devem figurar nas eleições até à festa final.

Este projeto pretende também dar voz aos alunos e aumentar a sua participação dentro da escola, criando renovadas oportunidades para a formação de cidadãos de pleno direito. Ao terem oportunidade de expor e defender os seus pontos de vista, trocar argumentos e debater ideias, dentro e fora da comunidade escolar, perceberão melhor os princípios do processo democrático.

Além de um exercício de cidadania e de liberdade para os alunos, ‘Miúdos a Votos’ propicia um momento único para os professores conhecerem os gostos de leitura dos seus alunos, para lá da sala de aula e dos cânones ditados pelo currículo.

‘Miúdos a Votos’ torna os livros conversa dos recreios. Ao serem influenciados pelos seus amigos e colegas, os alunos ficam muito mais sensibilizados para a leitura. A experiência destes últimos oito anos comprova-o.

Como não há democracia sem uma imprensa livre e as questões relacionadas com a literacia mediática são cada vez mais prementes, ‘Miúdos a Votos’ permite também a participação dos alunos enquanto repórteres do projeto na sua escola, dando, aos professores, a oportunidade de abordarem temas relacionados com os media.

Quem pode participar?

Qualquer escola, pública ou privada, com turmas entre o 1.º e o 12.º ano, pode participar; bem como estabelecimentos de ensino no estrangeiro que lecionem os mesmos anos de escolaridade e que tenham o português como primeira língua. A inscrição pode ser feita até 11 de março de 2025, preenchendo o formulário disponível aqui.
A participação das escolas será feita idealmente através da biblioteca escolar e coordenada pelo professor bibliotecário. Mas as escolas também poderão participar sob a coordenação de qualquer outro professor.

Quais as vantagens de uma escola se inscrever?

Passa a receber todo o material de apoio à iniciativa, nomeadamente cartazes, que poderá imprimir e afixar na escola para divulgar as várias fases da iniciativa.

Como são escolhidos os livros que vão aparecer nos boletins de voto?

A escolha dos livros candidatos que concorrerão a estas eleições será realizada pelos alunos, de 01 de outubro a 08 de novembro de 2024, através deste formulário. Cada aluno poderá indicar um único livro como candidato. A sua escolha deve ser individual e absolutamente livre. Pode apresentar qualquer tipo de livro: prosa, poesia, banda desenhada, teatro.

Ao preencher o formulário, o aluno deve indicar o título completo do livro e o nome do seu autor. O
que deve ser nomeado é uma obra individual e não uma coleção. Os livros que vão figurar nos boletins de voto para as eleições nacionais serão aqueles que reunirem maior número de nomeações e que estejam
publicados em Portugal. Em cada categoria, não podem ser incluídos os livros que tenham vencido, nessa mesma categoria, em todas as três edições anteriores à presente (Consultar a lista dos livros no portal da RBE ou no site da Visão Júnior).

A partir de todos os títulos indicados pelos alunos, e com o apoio da Pordata, será constituída a lista final nacional, por cada ciclo/nível de ensino, que será revelada até 06 de dezembro de 2024, na VISÃO Júnior e no portal da RBE.

O que é a campanha eleitoral de ‘Miúdos a Votos’?

A lei estabelece um período de campanha eleitoral para os partidos divulgarem os seus programas e as suas ideias. A campanha eleitoral de ‘Miúdos a Votos’ segue os mesmos princípios. Havera até tempos de antena na rádio, em que todos os candidatos terão o mesmo tempo. Os tempos de antena serão podcasts feitos pelos alunos (mais informações serão dadas oportunamente).
A campanha tem início a 20 de janeiro e termina a 10 de março de 2025.

Durante a campanha eleitoral, os alunos defenderão publicamente o seu livro preferido. Poderão fazê-lo de diferentes maneiras, por exemplo:
✔ comícios em locais públicos da escola ou da comunidade;
✔ sessões de esclarecimento com os colegas da turma, ou de outras turmas/escolas;
✔ debates entre os apoiantes de vários livros;
✔ criação de materiais de propaganda, como cartazes, autocolantes, pins ou folhetos;
✔ vídeos;
✔ envolvimento dos jornais escolares e locais;
✔ criação de tempos de antena de rádio, que serão transmitidos pela Rádio Miúdos e por outras estações de rádio;
✔ booktrailers e podcasts;
✔ peças de teatro, músicas, danças;
✔ divulgação nas redes sociais e outros meios digitais.

A campanha eleitoral só pode decorrer dentro da escola?

Não. Poderá decorrer fora da escola, organizando ações com outras escolas, nas bibliotecas municipais, na rua, com os pais, enfim, onde a imaginação levar os partidários da leitura. Serão premiadas as ações de campanha mais criativas realizadas fora da escola, de acordo com regulamento específico, disponível no portal RBE e no site da Visão Júnior.

Quem organiza a campanha eleitoral?

Cada escola, através da biblioteca escolar ou do professor responsável, que poderá nomear um grupo de alunos responsável pela tarefa. A experiência destes sete anos diz-nos que quanto maior liberdade é dada aos alunos, maior é o seu envolvimento e mais rica se torna a experiência.

Em que data se realizam as eleições?

O dia 12 de março será o dia das eleições nacional, em todas as escolas que se inscreverem. Tal como acontece numas eleições políticas, no dia anterior à votação é proibido qualquer tipo de campanha eleitoral. Assim, o dia de reflexão será 11 de março.

Como são as eleições de ‘Miúdos a Votos’ e quem as organiza?

O processo eleitoral decorrerá segundo as regras das eleições políticas. Assim, os boletins de voto serão
obrigatoriamente os fornecidos pela organização, que os disponibilizará em formato digital às escolas participantes, para que possam ser impressos.

As listas das turmas funcionarão como cadernos eleitorais.

A votação será presencial e deverá haver uma urna de voto por cada ciclo/ nível de ensino, para que se faça separadamente o escrutínio dos votos do 1.º ciclo, do 2.º ciclo, do 3.º ciclo e do ensino secundário, preferencialmente na biblioteca escolar ou noutro local de fácil acesso.

Devem ser constituídos grupos de alunos que acompanhem a votação, estando presentes nas mesas de voto, tal como acontece nas eleições políticas. Cada mesa de voto deve ter um presidente e dois membros. É desejável que se preveja a rotatividade destes elementos ao longo do dia, para não prejudicar a frequência das aulas dos alunos participantes.

Tal como acontece em outras fases, os professores podem delegar nos alunos a organização destas tarefas.

A votação é um dos momentos que os alunos mais apreciam em ‘Miúdos a Votos’, em que se sentem como ‘gente grande’ e empoderados.

Quem conta os votos em cada escola? E a nível nacional?

A contagem dos votos será coordenada pelo professor bibliotecário/ professor responsável (ou quem ele designar) e pelo grupo de alunos nomeado para o efeito.

O resultado será comunicado à organização através de um formulário a disponibilizar oportunamente. A Pordata juntará as votações de todas as escolas, verificando se há erros na contagem, e apurará os vencedores a nível nacional.

Os resultados eleitorais a nível nacional serão apurados e dados a conhecer numa cerimónia pública que terá lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, no dia 16 de maio de 2025, com a participação de alunos e professores envolvidos na iniciativa.

Quem organiza ‘Miúdos a Votos’?


A VISÃO Júnior e a Rede de Bibliotecas Escolares. A iniciativa conta com o apoio da Comissão Nacional de Eleições, da Fundação Calouste Gulbenkian, do Plano Nacional de Leitura 2027 e da Pordata.

Dúvidas podem ser colocadas escrevendo para miudosavotos@visao.pt e para miudosavotos@mail-rbe.org

Vídeo: Vê aqui o espetáculo de ‘Miúdos a Votos’ 2024

Eis o vídeo do espetáculo final de ‘Miúdos a Votos: quais os livros mais fixes?’, que se realizou na Gulbenkian a 29 de maio

Em ‘Miúdos a Votos: quais os livros mais fixes?’, os livros que vão às eleições são escolhidos através de um processo em que cada aluno pode apresentar o seu candidato à votação. Este processo decorre até 10 de novembro, e os alunos têm apenas que preencher este formulário.

Para que esta fase da iniciativa possa ser divulgada nas escolas , disponibilizamos estes cartazes, para todos os ciclos e níveis de ensino. Pode descarregá-los clicando nas palavras a azul debaixo de cada uma delas.

Para os alunos participarem nesta iniciativa, a escola tem de estar inscrita. É muito simples: basta preencher este formulário.

Para descarregar este cartaz clique aqui
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Regulamento ‘Miúdos a Votos’ 2024-25

Calendário ‘Miúdos a Votos’ 2024-2025

Palavras-chave:

Uma nova investigação realizada por duas equipas de investigadores portugueses revelou que a presença de “células velhas” da pele – designadas por senescentes – pode acelerar o processo de envelhecimento de outras partes do corpo, incluindo o cérebro. O estudo foi realizado por uma equipa do Centro de Neurociências e Biologia Celular e da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra em colaboração com o Laboratório de Envelhecimento Celular e Molecular da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, liderado pelo investigador português João Passos.

“Esta investigação constitui a primeira evidência direta que células senescentes na pele podem acelerar o envelhecimento noutras partes do corpo. Sugere, portanto, que a senescência de células da pele pode contribuir para efeitos generalizados de envelhecimento”, pode ler-se num comunicado feito pela Universidade de Coimbra. As conclusões do estudo foram publicadas sob a forma de artigo científico na revista Aging Cell, no início de outubro.

Para o estudo foram analisados os efeitos negativos que as células senescentes – que se acumulam à medida que os órgãos envelhecem – tiveram no organismo de uma amostra de ratinhos jovens. Segundo os investigadores, a presença destas células na pele levou à diminuição da capacidade de memória e da função musculoesquelética dos ratinhos e ao aumento da fraqueza física.

Os cientistas conseguiram observar ainda que parte do cérebro – nomeadamente o hipocampo – também foi afetado por estas células. O hipocampo é a região cerebral em que ocorrem funções cognitivas e o processamento da memória. “Estas reações indicam que houve uma ligação entre as células envelhecidas na pele e o cérebro”, disse Cláudia Cavadas, líder do grupo de investigação em Neuroendocrinologia e Envelhecimento, à agência Lusa.

A Universidade de Coimbra defende que a descoberta abre “novas possibilidades de investigação” que visem atrasar o processo de envelhecimento do corpo humano e que explorem “novas estratégias que visem eliminar ou neutralizar aquelas células na pele, com o objetivo de reduzir os seus efeitos sistémicos no envelhecimento do organismo”, explicou Passos.

Um estudo liderado por Zhixin Liu na University College London mostra que é possível usar um grande leque de frequências, dos 5 aos 150 GHz e ondas de rádio e luz para transmitir dados. Desta forma, conseguiu-se transmitir 938 gigabits de dados por segundo, ou seja, nove mil vezes mais do que a transmissão média conseguida pelo atual 5G. Para melhor se perceber, é o equivalente a transmitir 20 filmes por segundo.

Atualmente, em locais com grandes concentrações de utilizadores, como concertos ou eventos desportivos, a rede 5G é insuficiente para se conseguirem elevadas velocidades. Parte da razão para isso prende-se pelo facto de o espectro eletromagnético reservado para o 5G ocupar geralmente baixas frequências, abaixo dos 6 GHz. Liu, por sua vez, usou tecnologia de transmissão de rádio para ocupar as frequências mais baixas do espectro e lasers nas frequências mais elevadas, criando um alcance combinado maior e que pode ser transmitido e recebido por hardware que pode vir a integrar a próxima geração de hardware.

A descoberta abre caminho a um uso mais massificado e até a aplicações que ainda não foram concebidas, permitindo, por exemplo, que grandes grupos de utilizadores possam fazer streaming de vídeo em simultâneo, no mesmo local.

New Scientist lembra que este valor é um recorde para a transmissão multiplex, em várias frequências, mas que já foi possível enviar dados a mais um terabit por segundo usando um fluxo único de sinal. Liu explica que este trabalho equivale a pegar numa autoestrada congestionada que é o 5G atual e criar dez autoestradas maiores em simultâneo: “tal como com o trânsito, precisamos de estradas maiores para transportar mais carros”.

O investigador quer trabalhar com fabricantes de smartphones e operadoras de telecomunicações para que este desenvolvimento seja incluído na criação do futuro padrão 6G, mas há outras abordagens a concorrer também.

Palavras-chave:

Foram muitos meses de um processo longo e exigente, mas finalmente conhecemos esta quarta-feira as Melhores Empresas Para Trabalhar 2024. As vencedoras foram conhecidas, no Fórum Futuro do Trabalho, iniciativa da EXAME e do ManpowerGroup Portugal e que teve o apoio da DFK e da AESE Business School.

Mas nem só de prémios se fez este evento. Como é habitual, tivemos vários blocos de discussão sobre temas relevantes para o mundo do trabalho e de quem o faz.

Para nos ajudar a navegar estas turbulentas águas em permanente revolução contámos com os oradores Armindo Monteiro, Presidente da CIP; Rui Teixeira, Diretor-Geral do ManpowerGroup Portugal; Raquel Neves, Associate Partner da DFK; Cátia Sá Guerreiro, Senior Teaching Fellow na AESE; e Pedro Amorim, Enterprise Sales Director do ManpowerGroup Portugal, Região Mediterrânea & Europa de Leste.

Por outro lado, tivemos ainda um momento muito especial, em que Leonor Freitas e António Saraiva nos levaram de volta à experiência e aos ensinamentos do seu primeiro emprego.

Assista, baixo, à gravação da cerimónia, na íntegra.

Assista ao streaming aqui