Cenário 1
Kamala Harris vence, mas Trump não aceita o resultado

Ainda na noite eleitoral, em vez de telefonar à adversária para lhe dar os parabéns pela vitória, Donald Trump começa a pôr em causa os resultados, provavelmente através de publicações nas redes sociais. O objetivo é fazer com que os seus apoiantes se revoltem contra aquilo a que ele chama uma conspiração em larga escala. Segundo a organização não governamental Project Democracy, esse será o momento para Trump iniciar a terceira fase da sua estratégia: após as etapas de “enganar” e “perturbar”, chega a altura de iniciar o capítulo “negar”. E as suas “tropas” estão preparadas para isso: nas últimas semanas de campanha eleitoral, os apoiantes de Trump fizeram entrar uma enxurrada de ações judiciais a contestar regras e práticas de votação em diversos locais. Ou seja, a preparar o cenário para uma prolongada batalha jurídica, que pode adiar a publicação dos resultados eleitorais durante muito tempo.

A comunicação será focada sempre na batota feita pelos democratas, que, na sua versão, permitiram o voto a milhares de imigrantes ilegais, manipularam as urnas eletrónicas e, noutros casos, fizeram desaparecer os boletins com os votos em Trump. Será uma operação em maior escala do que a que foi tentada há quatro anos, quando os advogados de Trump apresentaram 60 ações judiciais para contestar os resultados eleitorais, mas sem sucesso.

Em 2020, o ex-Presidente também apelou às autoridades eleitorais do Arizona, do Michigan e da Geórgia para não certificarem os resultados, igualmente sem êxito. Agora, no entanto, tudo pode ser diferente, pois tem muitos dos seus apoiantes em lugares-chave para uma batalha judicial. Juízes nomeados pelos republicanos controlam, por exemplo, os tribunais superiores da Geórgia e do Arizona. Os parlamentos em estados decisivos, como os da Geórgia, do Arizona, do Wisconsin e da Carolina do Norte, também são dominados por republicanos. Se algum deles questionar os resultados, o tema poderá ser debatido no Congresso, em janeiro, desde que obtenha o voto de um quinto dos senadores (20) e da câmara dos representantes (87). A 5 de novembro, toda a câmara baixa e um terço do Senado serão também escolhidos pelos eleitores. Se os republicanos obtiverem a maioria no Congresso, Trump poderá, no limite, conseguir a anulação das eleições.

Cenário 2
A contagem de votos arrasta-se por demasiado tempo

Com uma eleição previsivelmente com resultados tão apertados em diversos estados, é bem provável que sejamos obrigados a esperar vários dias ou até semanas para saber quem ganhou. Para isso concorre o facto de muitos boletins de voto serem complicados de ler – porque incluem diversas outras eleições locais no mesmo pedaço de papel – e também de existir, ao que tudo indica, um número recorde de votos por correspondência. E, por exemplo, na Pensilvânia e no Wisconsin não se permite que os envelopes sejam abertos antes do dia das eleições, de modo a ter os boletins prontos para contagem. Na Pensilvânia, a contagem de todos os boletins pode decorrer até 19 de novembro, no Arizona até 25 de novembro e no Wisconsin o resultado só precisa de ser formalmente conhecido no primeiro dia de dezembro.

Esta espera terá uma consequência óbvia: fará aumentar as teorias da conspiração, nomeadamente por parte dos apoiantes de Trump, que aproveitam todos os momentos para lançar dúvidas sobre a legitimidade das eleições – em especial, se a contagem dos votos por correspondência operar uma reviravolta nos resultados, como sucedeu em 2020, nalguns estados ganhos por Joe Biden.

Neste cenário convém lembrar que, em 2000, no duelo entre Al Gore e George W. Bush, o segundo só foi declarado vencedor um mês depois da eleição, por decisão do Supremo Tribunal. Agora, até pode durar bem mais tempo.

Cenário 3
Donald Trump vence

O histórico recente indica que, ao contrário dos republicanos, os democratas só conseguem ganhar a eleição se também ganharem o voto popular. E, como demonstraram as eleições de 2000 e de 2016, George W. Bush e Donald Trump foram eleitos presidentes com menos votos do que Al Gore e Hillary Clinton, respetivamente. A verdade é que, na paisagem americana, os votos nas áreas urbanas, em termos estatísticos, acabam por valer menos do que os das áreas rurais. Numa eleição com um resultado tão apertado, Kamala Harris pode ainda sofrer com a dispersão do voto, nalguns estados, para a candidata do Partido Verde, Jill Stein.

Se Donald Trump vencer, o mais esperado é que, logo nessa noite, Kamala Harris discurse a reconhecer a derrota e a prometer uma oposição vigilante – em especial, se os resultados no Congresso forem favoráveis aos democratas, como é possível que suceda. No entanto, também é expectável que, em diversas cidades, muitos milhares de pessoas saiam para as ruas, em manifestações contra a eleição do homem que prometeu suspender a democracia no seu primeiro dia como Presidente, para poder tomar algumas decisões que reconhece serem ditatoriais: expulsar milhares de imigrantes, perseguir os seus oponentes internos e garantir, nas suas palavras, um “dia de libertação”.

A sua eleição deverá ser recebida com um silêncio profundo, nas primeiras horas, da maior parte dos líderes de países europeus – com exceção do seu amigo Viktor Orbán, da Hungria. E, como sinal dos tempos, o seu primeiro discurso será seguido com a mesma atenção do que aquele que, eventualmente, Elon Musk, o homem mais rico do mundo, possa também proferir nessa noite. Afinal, a concretizar-se, será uma vitória dividida pelos dois.

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Palavras-chave:

Nos últimos anos, um espectro paira sobre a Humanidade: o de uma guerra generalizada com consequências imprevisíveis, mas seguramente trágicas. A invasão da Ucrânia por parte do exército russo, em fevereiro de 2022, e a brutal resposta israelita ao massacre do Hamas no Sul de Israel, no dia 7 de outubro de 2023, obrigaram vários países e instituições a escolher um lado, a (re)pensar alianças e a encarar o futuro próximo de um ponto de vista bélico. Há muito que não se falava de forma tão insistente e clara num reforço dos orçamentos destinados aos ministérios de defesa e ao investimento nos exércitos. A velha Guerra Fria, que prometia um equilíbrio tranquilizador, há muito que aqueceu… Segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), que faz uma monitorização da indústria global de armamento, em 2023 houve um aumento de 6,8% no investimento em armas em relação a 2022, num volume de negócios que atingiu o valor astronómico de 2 443 mil milhões de dólares. Em 2023, os países que mais investiram nas suas Forças Armadas foram os EUA, seguidos da China, da Rússia e da Índia. Nunca se viu a expressão “III Guerra Mundial” tão mencionada em redes sociais ou na imprensa como nestes últimos dois anos.

Um “amanhã melhor”?

Quando o fotógrafo  russo Nikita Teryoshin começou a série Nothing Personal – The Back Office of War, em 2016, havia guerras um pouco por todo o planeta, claro, mas esse não era um assunto que estava diariamente nas manchetes. Desse ano até 2023, visitou 16 feiras de armamento em 13 países de quatro continentes. Apesar de serem os cenários privilegiados para se perceber a importância da defesa e da preparação para as guerras nos nossos dias, estes eventos onde se prepara o comércio da indústria de armamento, no valor de muitos milhões de euros e com óbvias implicações geoestratégicas, parecem sempre decorrer discretamente, até porque só são acessíveis a empresas do setor, potenciais clientes e alguns jornalistas, passando despercebidos no interesse mediático e da opinião pública. Em ambientes pacíficos e higienizados de recintos de feiras e grandes exposições, estes são os verdadeiros bastidores das guerras. Para Nikita, que nos oferece um olhar irónico, e muitas vezes mesmo carregado de humor, tudo começou na MSPO, em Kielce, Polónia, a maior feira de armas da Europa Oriental, em setembro de 2016. Nunca mais parou. Antes, tinha fotografado outros tipos de feiras industriais – de agricultura, de animais de estimação, de funerárias… – e foi num trabalho sobre o universo da caça, em que viu como as espingardas fascinavam gente de todas as idades e formações, que lhe ocorreu mergulhar a fundo na poderosa indústria global de armamento. A série já lhe valeu vários prémios, incluindo um do concurso World Press Photo em 2020 e, já em 2024, o prémio de Melhor Livro de Fotografia do Ano na categoria Criação no festival PHotoEspaña (Nothing Personal – The Back Office of War foi editado pela Gost Books em fevereiro deste ano). As piadas (de humor negro…) fazem-se praticamente sozinhas quando Nikita escolhe para dar títulos aos capítulos do seu livro expressões usadas, como slogans, por grandes empresas de armamento nestas feiras: Nextgen Lethality (“letalidade da próxima geração”), We Are Engineeering a Better Tomorrow (“estamos a construir um amanhã melhor”) ou See First, Kill First (“vê primeiro, mata primeiro”).

Em Lisboa, as fotografias de Nikita Teryoshin podem ser vistas na galeria Narrativa (Rua Dr. Gama Barros, 60) até 21 de dezembro. A inauguração, já nesta sexta-feira, 1 de novembro, às 19h, conta com a presença do fotógrafo.

Nikita Teryoshin

Nasceu há 38 anos em Leninegrado (atual São Petersburgo), mas mudou-se com a família para Dortmund, na Alemanha, aos 13 anos. Atualmente vive em Berlim. Trabalha como fotógrafo freelancer para vários meios ao mesmo tempo que desenvolve projetos pessoais a que se dedica durante vários anos. Tudo começou com Hornless Heritage que, entre 2014 e 2019, o levou a mergulhar na indústria de laticínios na Alemanha. A série Nothing Personal – The Back Office of War, sobre as feiras de armamento, levou-o a 13 países nos quatro continentes desde 2016 e valeu-lhe vários prémios (incluindo um World Press Photo). Entre 2019 e 2022, trabalhou na série, de título irónico, I’ve Never Been to Russia.

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A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) anunciou, nesta terça-feira, que já está em funcionamento o Centro de Resposta a Incidentes de Segurança desta entidade, que é designado por CSIRT-Anacom.

Segundo o comunicado de imprensa, este centro terá como objetivo apoiar e proteger a própria Anacom em caso de incidentes de segurança informática, mas funcionará também como um ponto de contacto e apoio para as empresas dos setores tutelados por esta entidade reguladora (como são casos as operadoras de telecomunicações e os CTT, por exemplo).

O CSIRT-Anacom vai ainda apoiar a Comissão de Planeamento de Emergência das Comunicações (CPEC) e funcionar como ponto de contacto com o CSIRT do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS).

A entrada em funcionamento do centro de resposta a incidentes de segurança é também uma medida adotada para garantir a conformidade com a nova diretiva de segurança das redes e dos sistemas de informação, conhecida como NIS2, e que eleva os requisitos mínimos de segurança informática sobretudo em organizações que são consideradas como relevantes para o País, seja pelas suas áreas de atuação, seja pela dimensão das mesmas.

Duas semanas e 12 concertos, a maioria no auditório principal, além de jam sessions e workshops, fazem do Guimarães Jazz o mais importante dos festivais de jazz nacionais. A 32.ª edição decorre de 9 a 18 de novembro

A primeira semana começa com o regresso, oito anos após a primeira apresentação no Vila Flor, de um dos grandes trompetistas da atualidade, Ambrose Akinmusire; e heterodoxia será eufemismo para falar do arrojado projeto que levará a Guimarães.

E este será a meu ver o momento alto do festival, como o foi no glorioso ano de 2006. Música «conceptual», piano, teclado, voz, bateria e um quarteto de cordas, Honey from a Winter’s Stone foi estreado em agosto em Los Angeles e abre agora o Guimarães Jazz.

Durante anos advoguei que já existiam em Portugal projetos e músicos nacionais de valor que justificavam o grande auditório do Vila Flor, e Sara Serpa e André Matos estarão por decerto entre eles.

Verdade que Sara Serpa e André Matos ganharam a notoriedade em Nova Iorque e metade da banda são americanos, mas, hum, enfim, bem, o jazz não tem pátria. (Incoerências, minha também). Enfim, à cantora e ao guitarrista juntar-se-ão pois dois outros grandes músicos que Guimarães bem conhece, Craig Taborn e Jeff Ballard. Atuarão na sexta, 8.

Maria Schneider dispensa apresentações e este é um regresso muito aguardado. A sua apresentação em Guimarães, no entanto, não virá acompanhada de material novo e a orquestra andaluza que a acompanha não tem existência física regular, o que pode suscitar dúvidas.

Esta não é, no entanto, uma opção inédita, e algumas formações fluidas ou casuais obtiveram resultados de sucesso (de forma diferente os Snarky Puppy, a orquestra siciliana de Carla Bley ou a ONJ francesa, por exemplo), e todas as expectativas são legítimas no encerramento da primeira semana.

Segunda semana

A segunda semana do Guimarães Jazz abre com Wadada Leo Smith, o último moicano do free-jazz norte-americano, deão da AACM (Association for the Advancement of Creative Musicians), a histórica associação de Chicago dos anos 60/ 70 do século passado.

Com 82 anos de idade, uma história de vida impressionante e mais de sessenta discos editados, entre os quais homenagens recentes a Rosa Parks e Billie Holiday, Smith mantém-se em profícua atividade. À frente do seu quinteto, Wadada Leo Smith irá tocar Fire-Love Expanse, um apelo à democracia e aos direitos humanos.

O grupo que se segue merece-me as maiores expectativas. O pianista John Escreet regressa também ele a Guimarães (depois da estreia em 2010 à frente do ignoto The Story e mais recentemente na banda de Antonio Sánchez), mas desta vez à frente de um trio que se pretende equilátero, com o contrabaixista Eric Revis o baterista Damion Reid.

Pianista acutilante, alia o engenho como compositor ao conhecimento da história e uma criatividade que, diria, mereceriam por si só a deslocação a Guimarães.

O concerto de encerramento é (para mim) uma incógnita

O concerto de encerramento do festival é (para mim) uma incógnita; o macedónio Dzijan Emin escolhido para dirigir a Orquestra de Guimarães é um desconhecido, ilustre porventura, e tudo o que lhe conheço foi aprendido da internet, para estas linhas.

As notas de imprensa relevam-lhe a diversidade do trabalho, como compositor, intérprete, multi-instrumentista e colaborador em áreas tão diversas como a música clássica, folclore, a pop ou o jazz; mas a internet permitiu-me descobrir-lhe alguns concertos de jazz bastante auspiciosos, à frente de alguns promissores e competentes improvisadores, que espero sejam capazes de suprir essa ausência (de improvisadores) da Orquestra de Guimarães. Uma incógnita que pode vir a revelar-se uma boa surpresa!

O concerto da Escola de Jazz da ESMAE será dirigido pelo quinteto de Tommaso Perazzo (um músico que tocou no ano passado com Buster Williams), e ocorrerá na tarde de domingo 10, completando assim os concertos do Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor. O grupo de Perazzo será também, como sempre, o grupo que alimentará as jam sessions do Convívio e Café Concerto do Vila Flor.

Outro dos concertos interessantes do festival será porventura o concerto de Daniel Bernardes e Drumming na homenagem a György Ligeti; mesmo se dificilmente se tratará de um concerto de Jazz.

Ambrose Akinmusire poderá fazer o concerto do ano

Para além das parcerias com a ESMAE e a Orquestra de Guimarães, o Guimarães Jazz conta ainda com três outras colaborações: a Universidade de Aveiro que patrocina a banda do jovem João Rocha; o projeto multidisciplinar do saxofonista e pintor Hery Paz, escolhido pela Porta-Jazz, e o projecto Sonoscopia Luís Vicente com Camila Nebbia.

A programação de 2024 tem fartos motivos de interesse, embora algumas apostas do programador pequem pelo que eu diria de um, no mínimo, excesso de heterodoxia, com algumas opções classissistas ou experimentalistas, ou outras, menos compreensíveis.

Parcerias e a demanda do santo graal da modernidade justificá-las-á, mas algum público pode sentir-se defraudado com a programação deste ano.

Pelo meu lado, a expectativa vai para o irreverente trio de John Escreet, Maria Schneider (com as reticências assinaladas), e o inqualificável Ambrose Akinmusire, que acredito fará o concerto do ano (e não conheço Tommaso Perazzo nem Dzijan Emin).

A ideia partiu de Manuel Saraiva, padrasto de Mona Karenina, brasileira de 32 anos, radicada no Porto, que há muito sonhava ter um negócio de cozinha. Por sua vez, a publicitária desafiou a amiga dos tempos da faculdade em Curitiba, Luiza de Almeida, 33 anos, para que trocasse Dublin pelo Porto e de lá trouxesse o muito que aprendeu como barista de café de especialidade.

Aos três sócios do Soma – Café & Cozinha, aberto desde agosto no Quarteirão das Artes, juntaram-se outros projetos de amigos: o chefe Evgeny Alinichenko (do japonês BarraEste, na Maia) na elaboração da carta, a Von & Vonnie na torrefação de cafés do mundo, a Hakko com o pão de fermentação lenta ou a Fariña de onde vem o brioche.   

“É uma soma [daí o nome] de toda a gente. A carta tem um pouco do Brasil, do Médio Oriente e da Ásia. São sabores e ingredientes que dizem muito sobre nós. Quisemos refletir na comida as nossas vivências e viagens”, dizem Mona e Luiza acerca da cafetaria-restaurante que passou a abrir todos os dias, e no início do próximo ano há de servir também jantares. A carta, com sugestões desde o pequeno-almoço ao lanche, “foi desenhada de modo a acompanhar o café de especialidade, cujas origens vão mudando de acordo com a estação”, sublinha a barista.  

A moqueca de ovo inspirada na shakshuka

No Soma, tanto se prova brioche tostado (€2,50), papas de aveia com puré de abóbora assada (€6,50), açaí batido com banana e granola de tahini (€10,50), como uma tosta francesa versão rabanada com calda de doce de leite, manteiga de banana e fava tonka (€11), os incontornáveis pães de queijo (€2,50, cada), a muita requisitada moqueca de ovo (€13) “inspirada na shakshuka com toque do Brasil”, ou a novíssima katsu sando que leva frango marinado em miso e gochujang e é servida em pão brioche (€14). Além dos cafés (expresso, latte, cappucino…), há kombucha e vinhos de pequenos produtores portugueses para acompanhar as memórias de Mona e Luiza.

A katsu sando, com frango marinado em miso e gochujang em pão brioche

Menu de almoço: Quinzenalmente, mudam as sugestões da semana, que inclui sopa, um prato de carne ou vegetariano e sobremesa (a partir €17,50) 

Soma – Café & Cozinha > R. Adolfo Casais Monteiro, 71, Porto > T. 92 740 6875 > seg-dom 9h30-16h30  

A Toyota Motor Corporation, em colaboração com a empresa norte-americana Joby Aviation, deu um passo importante no desenvolvimento de soluções de mobilidade aérea avançada, com a realização do primeiro voo internacional de exibição do seu táxi aéreo elétrico. O voo ocorreu esta semana no Centro Técnico Higashi-Fuji, em Shizuoka, Japão, e marcou o início da exposição internacional do protótipo da aeronave.

Este voo foi realizado nas imediações do icónico Monte Fuji e destacou as capacidades do táxi aéreo da Joby, uma aeronave elétrica de cinco lugares, sem emissões e com um nível de ruído significativamente mais baixo do que o dos helicópteros. A aeronave consegue atingir velocidades de 320 km/h e tem como objetivo reduzir o congestionamento urbano, minimizar o impacto ambiental e fornecer soluções de transporte tanto para áreas urbanas como rurais.

Veja em baixo um vídeo de demonstração do voo realizado no Japão:

A parceria entre a Toyota e a Joby teve início há cerca de sete anos, período durante o qual a Toyota prestou um apoio significativo à Joby, partilhando conhecimento em engenharia automóvel e tecnologia de produção. Em 2023, as duas empresas formalizaram um acordo de longo prazo, no qual a Toyota se comprometeu a fornecer componentes-chave para os sistemas de propulsão e atuação da aeronave elétrica da Joby.

“O nosso primeiro voo internacional marca um avanço significativo na nossa jornada para tornar a aviação ecológica uma realidade quotidiana. Partilhamos a visão da Toyota para o futuro da mobilidade e é uma honra poder apresentar uma visão desse futuro através deste voo no Japão“, afirmou Joe Ben Bevirt, fundador e diretor executivo (CEO) da Joby Aviation.

A velocidade máxima que o táxi deverá atingir é de 320 km/h

Por outro lado, Hiroki Nakajima, vice-presidente executivo da Toyota, destacou a importância da mobilidade aérea para o futuro: A mobilidade aérea tem o potencial de transformar a nossa perceção de distância e tempo, disponibilizando uma nova opção de transporte que pode enriquecer a vida de muitas pessoas”, explicou durante o evento de apresentação do táxi aéreo.

A Toyota anunciou recentemente um investimento de 500 milhões de dólares na Joby Aviation

A aeronave da Joby está projetada para transportar um piloto e quatro passageiros, e tanto a baixa emissão de ruído como a ausência de emissões poluentes destacam-na como uma alternativa sustentável ao transporte tradicional.

A Toyota anunciou recentemente um investimento adicional de 500 milhões de dólares na Joby Aviation, elevando o total de investimentos da Toyota na empresa para 894 milhões de dólares. Este investimento visa apoiar a certificação e produção comercial da aeronave elétrica e inclui planos para estabelecer uma aliança de fabrico para apoiar a primeira fase de comercialização do táxi aéreo.

Com milhares de voos de teste realizados desde a sua fundação em 2009, a Joby continua a avançar na implementação de soluções inovadoras no setor da mobilidade aérea. A parceria com a Toyota poderá ser determinante para transformar este tipo de transporte numa realidade acessível a todos.

Karl Seglem é músico e poeta e, ao vivo, descola por vezes os lábios do saxofone para dizer poemas da sua autoria, em que muitas vezes demonstra a sua inquietude perante o futuro do planeta.

Com vários livros de poesia publicados, e ainda mais discos, trabalhou no passado com Jon Fosse, fazendo uma digressão por vários palcos com o Nobel da Literatura norueguês.

Para Portugal traz na bagagem o último álbum, Path.Hope.Myth, com poesia e um jazz com influência da música folk do seu país.

A poesia e a música chegam-lhe do mesmo sítio? Como funciona esta ligação? Como sabe se vai escrever um poema ou uma composição?

Lancei o meu primeiro livro de poesia em 2006, mas não fiz uma ligação entre poesia e música. Demorei algum tempo a chegar lá, porque a música é muito abstrata, enquanto a poesia está lá escrita. Talvez tivesse medo de a ler. Eu sei tocar um instrumento muito bem, mas não tinha confiança suficiente no que escrevia.

Além disso, a música instrumental é muito poderosa, pois o ouvinte pode imaginar as suas próprias palavras. Ao invés, grande parte da música de hoje em dia está cheia de texto. Há alguns anos, comecei a ler poemas, com os meus músicos, uma forma diferente de ligar a poesia à música. E a minha poesia também é pouco narrativa e bastante abstrata.  Mas, claro que quando se traduz para inglês perde-se qualquer coisa.

As línguas são muito distantes? Perde-se muito na tradução?

Sim, o som é muito diferente. Algumas vezes li em inglês e não me senti muito confortável. Então um dos ouvintes sugeriu que lesse em norueguês. Gosto dessa ideia de percebermos sobre o que se trata, sem realmente perceber. Nos concertos, vou ler em norueguês, mas passando legendas em inglês.

Seria mais fácil se fosse um escritor de canções…

Tenho algumas canções escritas, mas muito poucas. Como sou um saxofonista, prefiro cantar através do o instrumento.

De que forma é que a sua música está alinhada com a tradição de jazz norueguesa?

Toquei muito em big bands. Quando era novo procurava tocar a música americana, mas não me sentia confortável, porque não sou muito bom a copiar. Comecei então a procurar a música folk norueguesa. Temos na Noruega um instrumento de corda, o hardanger fiddle, com um longo repertório.

Comecei a aprender esta tradição e a construir a minha própria linguagem improvisando a partir daí. Nunca improviso sobre os standards americanos, mas sobre a tradição norueguesa. Acrescento-lhe jazz, porque jazz para mim é sinónimo de liberdade.

Como foi o trabalho que desenvolveu com Jon Fosse?

Em 1996, trabalhámos juntos num disco, em que lemos excertos dos seus livros. E em 2006, ele leu poesia e eu gravei. Fizemos muitos concertos em trio. Ele é um grande fã de música folk norueguesa, aliás ele costuma ouvir música barroca enquanto escreve. Recentemente também atuei numa peça de teatro em que ele escreveu parte do texto. Temos como projeto fazer uma nova série de concertos em que ele lê partes das suas peças de teatro. Encontrei-o recentemente e ele voltou a falar-me disso. Espero que venha mesmo a acontecer.

De disco para disco, como faz para soar diferente dentro da mesma linguagem?

Depende muito dos músicos com quem trabalho. Dou especial atenção aos concertos. Cada vez mais é importante tocar ao vivo. Há muita música destruída por máquinas, mas enquanto houver músicos a tocar ao vivo e pessoas ao ouvir, estamos a salvo da invasão da inteligência artificial.

Que se pode esperar do concerto em Portugal?

Espero conseguir levar o público através de uma viagem, em que vou juntar a música com a poesia. Gosto de fazer do concerto um contínuo sem grandes interrupções.

Apesar da subjetividade, alguns dos seus poemas têm uma intenção ecológica…

O conjunto de poemas que trago chamam-se Medo Profundo / Tranquilidade Profunda e falam sobre o que irá acontecer com a Terra e os ecossistemas. A Noruega ainda quer tirar mais petróleo do mar e isso não é aceitável.

Toda a situação do mundo assusta-me. Mas, por outro lado, subsiste o prazer da criação, da calma, uma profunda tranquilidade que é muito  importante. Passo muito tempo da natureza, tenho uma relação forte com a montanha, o ambiente, esses são elementos muito inspiradores.

Misty Fest

Com 16 concertos, quase todos em apresentações duplas, o Misty Fest decorre, entre Lisboa e o Porto, de 1 de novembro a 1 de dezembro, em várias salas de espetáculos. A programação é variada, incluindo tanto nomes nacionais, como Salvador Sobral, Lina e Manuel Fúria, como internacionais, de diferentes estilos.

Além de Karl Seglem (Casa da Música, 20; B.Leza, 21), entre outros, destaca-se a cabo-verdiana Nancy Vieira que apresenta ao vivo Gente, álbum que ela mesma produziu com Amélia Muge e José Martins (Casa da Música, 2: B.leza, 15); os produtores alemães Christian Löffler (Capitólio, 8; Casa da Música, 9) e Nils Hoffman (Music Box, 27);  o pianista e compositor canadiano Tony Ann (são Luiz, 9; Casa da Música, 10); a harpista americana Brandee Younger (Capitólio, 15; Auditório de Espinho, 16); o trio inglês de eletrónica GoGo Penguin (CCB, 26; Casa da Música, 27); Maria João que se junta ao pianista brasileiro André Mehmari (Casa da Música, 1; São Luiz, 8); o flamenco de Rocío Márquez com Bronquio (São Luiz, 10); ou a eletrónica experimental do alemão Sven Helbig (São Luiz, 10: Casa da Música, 12).

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A celebração dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões em Londres é uma iniciativa do Camões Centre for Portuguese Language and Culture, com o apoio do Camões IP, a embaixada de Portugal em Londres e o King’s College London. Luís de Camões ocupa um lugar no panteão das grandes obras da literatura universal e, no King’s College, esta importância é amplamente reconhecida.

A influência duradoura de Luís de Camões, a sua universalidade, tem vindo a ser associada a uma longa tradição de ensino do português, que remonta ao século XIX – o King’s College London foi pioneiro na introdução dos Estudos Portugueses no Reino Unido, em 1860 – tendo-se sucedido o estabelecimento da Cátedra Camões em 1919, o que constituiu um marco significativo neste país.

Marcando os 500 anos do nascimento de um dos poetas maiores de Portugal, a celebração não se limita à esfera literária. É um convite à academia, contando com a presença de figuras como Rita Marnoto, Margarida Calafate Ribeiro, AbdoolKarim Vakil, Juliet Perkins, Phillip Rothwell, Thomas Earle, Francisco Bethencourt, a par de outros investigadores que irão participar num diálogo multidisciplinar que explora o legado camoniano numa perspetiva que ultrapassa fronteiras, atravessa séculos e se expande para além da palavra escrita, e  também um convite a artistas portugueses contemporâneos a um diálogo interartístico e intersemiótico.

Celebrar a universalidade da representação feminina que combina fontes diversas, da medida velha à medida nova, e que eleva a mulher de  ascendência plural sem qualquer preconceito ao cânone platónico, stilnovista e petrarquista, e desafiando as convenções da época, foi a premissa lançada a um grupo de sete artistas portugueses: Daniela Viçoso, Susana Monteiro, José Vargas Smith, Rita Mota, Jorge Marinho, Amanda Baeza e Miguel Rocha que, reunidos num argumento de Pedro Moura, trouxeram uma nova interpretação da obra do Poeta, refletindo diferentes abordagens à adaptação textual – com maior ou menor grau de fidelidade ao texto de origem, e também às fontes históricas – e exibindo as tendências estilísticas da banda desenhada portuguesa contemporânea. 

Um evento, quatro momentos

Esta iniciativa não preserva apenas o legado de Camões, mas também o torna relevante e acessível às gerações mais jovens, contribuindo para a disseminação e apreciação da literatura portuguesa internacionalmente. E compõe-se de quatro momentos específicos.

O primeiro é o colóquio intitulado “Além da palavra: o legado de Camões no século XXI”, que terá lugar nos dias 1 e 2 de novembro de 2024 no King’s College London, reunindo estudiosos e especialistas para refletir sobre a relevância contemporânea da obra camoniana.

O segundo será a publicação de uma antologia de poemas em banda desenhada, que homenageia sete das figuras femininas que marcaram a lírica de Camões, com lançamento previsto para o próximo ano.

O terceiro é a exposição “Camões: a legacy reimagined”, que estará patente na Maughan Library a partir de 26 de outubro, exibindo raras edições da obra de Camões, pertencentes ao acervo da Universidade de Londres, em diálogo com as ilustrações desenvolvidas para o projeto da antologia em banda desenhada.

Por fim, mas, não necessariamente por esta ordem, teremos o tributo a Helder Macedo (HM) intitulado “Um bilhete para o mundo: bem-vindos a HM”, expressão cunhada por Margarida Calafate Ribeiro, que reflete a forma singular como o autor e a sua obra abrem portas para múltiplos mundos, transcendem fronteiras geográficas e culturais, conectam o mundo lusófono com uma visão ampla e universal.

Figura incontornável

Helder Macedo é uma figura incontornável nos estudos camonianos e na promoção da literatura portuguesa internacionalmente. Com a sua visão e dedicação ao longo dos anos no King’s College, abriu caminhos para que Camões, e outros nomes importantes da literatura portuguesa, continuassem a ser lidos, estudados, debatidos por tantas gerações, em geografias e contextos diversos.

Quem com ele diretamente trabalhou testemunha:

“HM transformou o ensino de português no King’s College, que historicamente estava centrado na Cátedra Camões e no seu titular. Sob a sua liderança, novas contratações de pessoal expandiram e consolidaram a gama de ensino, incluindo a primeira mulher docente; foram feitas nomeações específicas para o ensino da história e da literatura africana lusófona, bem como para os estudos literários e culturais brasileiros; além de estabelecer o leitorado numa base sólida.

“Fundamental foi também a estabilidade financeira do departamento, para a qual o universo de contatos institucionais de HM foi crucial. Tudo isto complementado por uma cultura de pesquisa vibrante e uma cena cultural dinâmica que estabeleceram o departamento como um centro intelectual ativo, desde a presença regular de Eugénio Lisboa, o adido cultural da Embaixada, às muitas personalidades que passavam para participar em seminários e palestras ocasionais.

“Foi também sob sua iniciativa que as atividades culturais do departamento se expandiram para o coração da Universidade de Londres, através das muitas conferências organizadas no Institute of Romance Studies. Finalmente, a estreita identidade estabelecida entre o departamento e a revista Portuguese Studies, que HM editou até à sua aposentação, colocou o King’s College London e o departamento no centro da pesquisa anglófona em Estudos Portugueses e Lusófonos. Os Estudos Portugueses no King’s College têm uma longa história, mas, como departamento, deve-se a HM a sua criação”. (AbdoolKarim Vakil, prof. do King’s College London, História Contemporânea).

“Nenhum tema requer mais pura lógica do que o amor”

Homenagear Helder Macedo é algo que se justifica por si só. Ele é amplamente lido, citado, condecorado, pelo que qualquer razão se impõe naturalmente.

No entanto, a razão deste tributo emana de uma esfera, que não sendo alheia à academia, se perdeu nos trâmites da contemporaneidade e nos fez esquecer que, enquanto humanistas, é também nosso dever dizer do nosso amor, daquele amor kierkegaardiano, se quisermos, altruísta, incondicional, universal.

É que, entre a pessoa e a persona, existe um Helder que transcende a figura pública, o académico, o ficcionista, o poeta, uma presença profundamente amável. Amável, não no sentido da cortesia que lhe é natural, mas na quantificação do grau de apreciação profunda que nos reclama e imediatamente nos rouba.

Assim, este tributo pretende ser tão-somente um gesto que, num mundo tão marcado pela pressa, às vezes pela indiferença, nunca é demais expressar. Afinal, como nos lembra Alain Badiou, “nenhum tema requer mais pura lógica do que o amor”, verdade?

Palavras-chave:

Quando se fala em motivos para a prática de exercício físico, uma percentagem elevada de pessoas refere ter como objetivo “perder peso”. Existe o foco no número que aparece na balança, ou na roupa que deixou de servir como forma de medir o ganho de peso. Porém, sabemos que o que realmente as pessoas querem é perder massa gorda, dado ser esta que além de aumentar o risco de doenças crónicas, é, em termos estéticos, a parte que afeta mais a autoestima e qualidade de vida das pessoas. Nesse sentido, as pessoas tendem a pesquisar o melhor método de treino, e este tem sido um dos tópicos mais debatidos nos últimos anos.

A perda de peso está relacionada com a balança energética que é, de forma redutora, uma equação entre as calorias ingeridas e as calorias gastas. Para facilitar a compreensão de como o corpo consome calorias, podemos usar a analogia de uma bateria. Cerca de 60-70% das calorias gastas diariamente são utilizadas para manter o metabolismo basal, ou seja, a energia necessária para manter as funções vitais do corpo, como o funcionamento do coração, pulmões e outros órgãos. Aproximadamente 5-10% das calorias são gastas na termogénese dos alimentos, o que representa a energia necessária para digerir os alimentos. Entre 10-15% da energia é consumida na termogénese da atividade física espontânea, que inclui atividades diárias como caminhar até ao trabalho, cozinhar, realizar tarefas domésticas e pequenas reparações. Finalmente, o restante das calorias, entre 5-25%, é gasto na prática de exercício físico estruturado. Assim, se por exemplo o nosso corpo precisa diariamente de 2000kcal e nós ingerimos aproximadamente 2000kcal, então tendemos a ter um equilíbrio em que não ganhamos nem perdemos peso. Mas se existe desequilíbrio entre os pratos na balança, então podemos ganhar ou perder peso, dependendo para onde tende o “peso”.

Então qual o melhor método de treino para que haja maior gasto calórico comparado com a ingestão calórica para a perda de peso? Existem evidências que indicam que o treino de força pode ser um método eficiente na perda de gordura de acordo com investigadores australianos. Olhando para outro estudo, publicado em 2013, o treino cardiorrespiratório pode ser um método eficiente na perda de gordura. Um estudo mais recente realizado por investigadores da Universidade de Guangzhou mostra que o Pilates pode ser um método eficiente na perda de gordura, assim como a dança, de acordo com investigadores da China. Uma meta-análise publicada em 2018 também indica que o treino de alta intensidade pode ser um método significativamente eficiente na perda de gordura.

Como dá para perceber pela literatura científica, existem vários métodos de treino que são eficientes na perda de peso. Nenhum é, inerentemente melhor que o outro, dado os métodos de treino serem eficazes na perda de peso. O maior destaque vai para as calorias. Tudo somado, o que conta no final é que haja um défice calórico, em que a pessoa gasta mais calorias, através de atividade física, do que aquelas que ingere. Assim, em vez de estarmos focados no melhor tipo de treino para a perda de peso, devemos escolher qual das opções disponíveis desperta em nós maior interesse e gosto em fazer. Sabe-se que tendemos a repetir comportamentos dos quais retiramos prazer e criamos aversão a comportamentos que nos proporcionam dor ou desprazer. Assim, se a pessoa fizer um tipo de treino de que gosta, a probabilidade de manter a frequência e adesão é superior do que fazer um tipo de exercício físico do qual não gosta nem tolera o esforço necessário.

O prémio vai para o tipo de treino que lhe dá prazer dado ser esse o “segredo” para a perda de peso e para a adesão ao exercício físico a longo prazo.

Referências:

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