Tive uma doença. Tive um acidente.

Seguiram-se longos tratamentos, internamentos, dúvidas sobre a minha própria sobrevivência.

Quando tudo parece estar a estabilizar e a minha família e amigos me dizem que “o pior já passou”, começo a confrontar-me com o esvaziar dos meus dias. Já não vou com tanta frequência a consultas médicas, tenho sessão de psicologia quinzenalmente e fisioterapia duas vezes por semana. Aliás, se não fossem estas sessões, teria dificuldade em diferenciar os dias da semana do fim de semana.

Vejo a vida das pessoas que me rodeiam no habitual rodopio. As peripécias do dia de trabalho ou na escola invadem o jantar em família. Sinto que não tenho muito a dizer. Penso no trabalho que tinha antes e assolam-me as dúvidas: Será que chegou o momento certo para regressar? Como é que vou dizer que há coisas que não consigo fazer, mas que estou com muita vontade de tentar? Será que vou desapontar os colegas de trabalho? Será que me vou desiludir a mim? Perco-me nos ‘Será que…’ e passa mais um dia, mais uma semana, mais um mês…

Este texto não foi produzido por inteligência artificial, mas também não é meu. É de muitas pessoas que, depois de uma doença ou acidente (doença oncológica, fibromialgia, esclerose múltipla, doença de Crohn, acidente vascular cerebral, lesão medular, entre muitas outras) se confrontam com a dificuldade de voltarem ao trabalho.

Quem pode e quem quer, tem direito a voltar ao trabalho. Este regresso ao trabalho não será certamente igual para todos, pois dependerá de aspetos como os impactos físico-funcionais da doença ou do acidente e dos seus tratamentos, da profissão que a pessoa tinha, se no momento está ou não empregada. Voltar ao trabalho pode significar voltar à mesma empresa e para as mesmas tarefas, até ter uma nova profissão, numa nova empresa. Para isso, pode ser necessário desenvolver competências, aprender a fazer as atividades do quotidiano de uma nova maneira, recuperar autoconfiança ou até mesmo re/descobrir um novo propósito para a vida.

Neste caminho, as pessoas não estão sozinhas. Existem serviços de reabilitação profissional, gratuitos, que apoiam as pessoas a reconstruirem os seus projetos de vida, a recuperarem competências, a compensarem limitações, e a voltarem ao trabalho, numa parceria estreita com as entidades empregadoras.

O CRPG – Centro de Reabilitação Profissional, centro de gestão protocolar do Instituto do Emprego e Formação Profissional, IP (IEFP), tem serviços especializados no apoio a pessoas com incapacidades adquiridas durante a vida adulta. Depois de 32 anos em Vila Nova de Gaia, tem agora Delegações em Coimbra e Lisboa, para estar mais próximo das pessoas e dos empregadores.

Muitas pessoas ainda se sentem sozinhas neste caminho de voltar ao trabalho. Como é que podemos mudar esta realidade? Reconhecer que a reabilitação profissional faz parte do processo que se segue a uma doença ou acidente, divulgar os serviços que existem, para que as pessoas lhes possam aceder, e promover contextos de trabalho inclusivos. Contamos consigo?

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Sonhar acordado com novos carimbos no passaporte é um exercício estimulante. É tão bom o entusiasmo com a descoberta, o nervoso miudinho de zarpar e pôr os pés noutra terra firme. Melhor, só quando se realiza o desejo.

É verdade que todos os conflitos armados, as inundações e as ondas de calor mais extremas e mais frequentes, bem como o desequilíbrio económico mundial, não dão tréguas, obrigando a olhar para o mapa-múndi com uma lupa e a escolher continentes outrora fora do radar das viagens.

Mas isso não é um problema. “Quando as condições de consumo são mais favoráveis, as viagens aumentam. Depois das necessidades básicas, a viagem é o maior bem de consumo”, assegura Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT). As viagens de curta distância, planeadas num curto prazo, continuarão a ser uma opção para lidar com essa imprevisibilidade.

“Portugal é um mercado adulto e eclético, um mercado desenvolvido em que tudo se vende. As viagens fazem parte do dia a dia. Os portugueses estão a viajar para todo o lado e a todos os preços”, acrescenta.

A procura dos portugueses por pacotes de férias para o estrangeiro disparou 20% para o próximo verão e, a caminho do réveillon, também há corrida antecipada às miniférias de fim de ano. “Há uma evolução recente a crescer para o Oriente, Dubai incluído, e no final do ano”, diz Pedro Costa Ferreira.

Ao longo do ano, e consoante a época, os turistas nacionais procuram zonas diferentes: viagens de longo curso rumo às Caraíbas; Cabo Verde, Marrocos, Tunísia e capitais europeias, nas de médio curso; Madeira, Açores e ilhas espanholas das Canárias e das Baleares, nos destinos mais próximos.

Juntos, Portugal e Espanha representam o maior destino turístico do mundo, opinião de Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, dada no recente congresso da APAVT. “O maior destino do mundo é a Península Ibérica. Se numa Europa somos concorrentes, quando nos referimos a mercados de longa distância, como o norte-americano ou o chinês, temos de ser aliados.”

É preciso lembrar que após a pandemia, as viagens não recuperaram mais cedo porque o Oriente abriu mais tarde. Para Pedro Costa Ferreira, a emergência do mercado chinês está relacionada com as ligações aéreas incipientes, tal como a do indiano.

Desde 2020 que o trabalho remoto permite estar em dois sítios ao mesmo tempo e a maior mudança ocorre entre os millennials (28-43 anos), em que 50% pretendem trabalhar durante as suas estadas, segundo o Changing Traveller Report 2025 da SiteMinder, plataforma utilizada por 44 500 hoteleiros em todo o mundo para gerar resultados de receitas.

As viagens em modo bleisure (junção de business e leisure), em que uma ou duas semanas para fazer negócios podem transformar-se num mês fora de casa, vieram para ficar. Permitem fazer viagens lentas e demoradas, potenciando os voos para lá de um ou dois oceanos. No entanto, as viagens de lazer continuam a ser o segmento mais importante em termos de volume e gastos, representando 69% das chegadas internacionais e 80% do gasto total global com viagens, de acordo com o World Travel Market Report da Tourism Economics.

A SiteMinder revela um novo perfil de viajante, o turista “multifacetado” que usa a combinação estratégica de destinos populares e tradicionais, confia mais nas comunidades online do que nas sugestões pessoais e equilibra espontaneidade com pragmatismo. Deseja passar mais tempo no local, é consciente dos custos, mas está disposto a investir em extras e em produtos ecológicos. Num dia fará uma prova de vinhos, no outro uma aula de ioga. Parece-nos um bom programa.

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Um inverno branco entre Genebra, Berna e Basileia

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Marrocos: Tânger, a Branca
Paul Bowles sabia-a toda. E nós só não vamos na sua peugada se formos tontos

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Escolhas de Bernardo Conde
Fotógrafo, fundador do festival internacional de fotografia e vídeo de viagem e aventura Exodus Aveiro Fest e fundador e líder de viagens em Trilhos da Terra

Escolhas de Miguel Judas
Jornalista, autor do livro/guia Conhecer Portugal a Pé e líder de viagens na agência Landescape

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Começou por ser manequim, descobriu-se atriz e, mais recentemente, líder de viagens. É luso–angolana e diz-se uma viajante que ama conhecer ao vivo e a cores as gentes do mundo. Sul da Turquia e Curdistão iraquiano, Iraque, Gana, Benin, Togo e Peru são alguns dos destinos que aconselha

Aprimeira viagem que Tennessee Williams fez a Marrocos foi a Tânger, ficando em casa de Paul Bowles e da sua segunda mulher, Jane. Os três escritores americanos tinham-se conhecido uns anos antes, em Acapulco, no México, e a tolerância naquela cidade do Norte de África atraiu naturalmente o autor da peça Um Elétrico Chamado Desejo, que ali chegou em dezembro de 1948, com o seu companheiro da altura, Frank Merlo. Estava tanto frio que não deu para ele nadar no mar como gostava, mas ficou de tal maneira apaixonado que regressaria várias vezes. Quanto ao autor do romance O Céu que nos Protege, escrito em grande parte no deserto marroquino, nunca mais trocaria “Tânger, a Branca” por Nova Iorque.

Quase 80 anos depois, a também dita “pérola do estreito de Gibraltar” continua com uma identidade muito própria, destacando-se em Marrocos por esse seu je ne sais quoi que sempre fascinou escritores e artistas. Para os portugueses, ela tem ainda a vantagem da proximidade geográfica – numa linha reta, dista apenas 14 km da Europa, ensinam os compêndios e aprende-se ao fazer a rápida viagem de ferry a partir de Algeciras.

Deixe-se o carro em Espanha se a ideia for ficar por Tânger e arredores, aproveitando-se para conhecer a cidade a pé ou num dos seus petit taxi, azulinhos e baratos. Chegando à noite, após o check-in no centralíssimo e delicioso Hotel Chellah, jante-se no vizinho El Dorado, restaurante onde o escritor Mohamed Choukri costumava pedir espetadas, deixando a sobremesa para a geladaria Maison Glaces, na mesma rua. No dia seguinte, e após um pequeno-almoço com tudo a que um amante da gastronomia marroquina tem direito, beba-se um café (sempre acompanhado de garrafa de água) na esplanada do antigo Cinema Rif (hoje Cinemateca), antes das compras no Grand Socco. E se for sexta-feira, almoce-se ali perto, no restaurante comunitário da associação de mulheres Darna, porque é dia de couscous. A partir daí, é flanar pela cidade que até tem uma Rue Portugal e tudo.

Não perder O Jardim Botânico de Donabo, numa montanha sobranceira ao mar, na estrada para o Cabo Espartel

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Mergulhadas num silêncio repleto de vibrações ancestrais, as Dolomitas são uma cordilheira dos Alpes orientais, que ocupa três províncias do Norte de Itália (Trentino-Alto Adige, Veneto e Friuli Ocidental), declarada pela UNESCO, em 2009, Património da Humanidade.

“São pedras ou são nuvens? São verdadeiras ou apenas um sonho?” A pergunta de Dino Buzzati em Le Montagne di Vetro ecoa entre as paredes mastodônticas destas catedrais de rocha com cumes que rasgam o céu a mais de três mil metros de altitude. É que, independentemente da estação do ano, elas parecem dar sempre o melhor de si.

A primavera chega carregada de flores, que ladeiam milhares de trilhos pensados para dar passeios a pé ou de bicicleta, o verão é a altura ideal para mergulhos na água azul-celeste dos lagos de Braies, Misurina ou Carezza, o outono transforma o cenário numa paisagem quase lunar e o inverno inaugura a época alta, durante a qual as mais de 400 estâncias de ski existentes oferecem 1 275 km de pistas.

Eleger um só lugar é difícil, porém a pequena e refinada localidade de Madonna di Campiglio, na região de Trentino-Alto Adige, encaixada num vale a 1 550 metros de altitude, agrada a gregos e a troianos. Que é como quem diz, aos que não veem a hora de se fazerem aos 156 km de pistas que ligam Madonna di Campiglio, Pinzolo e Folgarida-Marilleva e aos que preferem passear pelas ruas do centro, onde joalharias e perfumarias convivem com lojas especializadas em material de desporto, boutiques de alta-costura e mercearias gourmet, que vendem especialidades típicas da região, como chips de maçã seca e speck.

É imperdível uma visita à zona vinícola das aldeias vizinhas Pelugo e Mortaso, onde pequenos produtores estão a investir, cada vez mais, na produção de vinhos biológicos. É o caso do ex-campeão mundial de ski Paolo Pangrazzi, com o seu Maso Loera, e o de Riccardo Collini e da mulher Gisella, com o turismo rural Il Petar, onde, além da produção de vinho, implementarão o cultivo de vegetais recorrendo à técnica sustentável da agrofloresta. Para uma experiência Michelin, nada como o menu que Antonio Lepore criou para o galardoado Stube Hermitage.

Madonna di Campiglio é apenas um dos muitos exemplos da beleza natural e cultural que caracteriza as Dolomitas. À semelhança desta pequena aldeia, muitas outras se escondem ao longo de centenas de quilómetros, maravilhando quem tiver a sorte de as encontrar.  

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Como está a IA a redefinir a área de data e que competências são necessárias? Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) tem vindo a reconfigurar o mundo do trabalho a uma velocidade nunca vista. Já a integrar as operações de muitas empresas e a mudar a forma como as equipas realizam as suas tarefas diárias, ainda que os seus impactos sejam visíveis em muitos setores, verificamos, hoje, uma espécie de mudança de paradigma no setor tecnológico. Embora se espere que os profissionais de tecnologia sejam os mais bem preparados para lidar com estas inovações, a IA exige que haja uma adaptação e um acompanhamento do progresso desta tecnologia. Mas quais os impactos reais da ferramenta no setor, e como podem os profissionais de data acompanhá-los?

Desde cedo, a IA começou a complementar e a apoiar em áreas como a engenharia de dados, ajudando os profissionais a encontrar informação e a programar. Atualmente, este auxílio é ainda maior, no sentido em que nos permite aprofundar melhor não só as nossas funções, mas também conhecer melhor outros setores. Através desta ferramenta, podemos aprofundar vertentes e áreas de negócio: ao termos, agora, acesso a uma base de conhecimento quase infinita, podemos encontrar rapidamente informação útil.

O impacto da IA no setor tecnológico reflete-se também na agilização do trabalho diário. Através de certos programas podemos otimizar tarefas, obter respostas de forma rápida e manter a organização do trabalho. Na área de data, a IA Generativa veio ajudar a responder a várias necessidades, nomeadamente nos modelos linguísticos, ao permitir criar protótipos rápidos e simples usando linguagem natural.

É um facto que a IA está a reconfigurar de forma positiva o setor tecnológico, ao permitir melhorar continuamente o nosso trabalho com novas ideias, perspetivas e sugestões. Contudo, a sua utilização implica também algumas adaptações por parte dos profissionais.

Esta tecnologia exige alguns ajustes na forma como comunicamos e interagimos. Para conseguirmos tirar proveito da IA, precisamos de saber fazer as questões certas para obtermos os melhores resultados e informações que queremos. Ainda nesta linha, surge também, por outro lado, a necessidade de filtrar aquilo que recebemos.

É importante sermos criteriosos com a informação que a IA nos fornece, com uma boa capacidade de investigação e análise crítica. Embora esta tecnologia seja uma grande ajuda, é necessário usar com cautela.

Outra competência fundamental surge com as questões de segurança e privacidade. A IA tem ajudado nestas áreas, permitindo anonimizar dados e até obter dados estatísticos sem utilizar os dados privados. Os modelos de aprendizagem automática têm sido usados para criar dados semelhante à real sem comprometer a privacidade dos utilizadores. Importa, por este motivo, reforçar a formação dos profissionais neste sentido, para que saibam as leis, as regulamentações e como podem ou não utilizar os dados de forma a garantir que fica tudo dentro das normas e em segurança.

Na atual era digital, a IA não deve ser assumida como um obstáculo que irá substituir o nosso trabalho. Esta ferramenta é um enorme auxílio, com o qual devemos aprender a trabalhar de forma produtiva e eficiente. Se evoluir depende de uma adaptação, essa adaptação é absolutamente necessária, para um mundo mais
inovador e próspero.

Yoon Suk Yeol, Presidente da Coreia do Sul, declarou esta terça-feira a “lei marcial de emergência” de forma a “erradicar as forças pró-norte-coreanas” e a “proteger a ordem democrática constitucional”. “Esta é uma medida inevitável para assegurar a liberdade e a segurança do povo e garantir a sustentabilidade da nação contra a agitação provocada por estes elementos subversivos e anti-estatais”, disse num discurso transmitido pela televisão sul-coreana. Ainda não se sabe de que forma as medidas vão afetar a governação do país.

O que é a lei marcial?

Adotada em situações de emergência, a lei marcial é uma medida temporária, imposta pelas autoridades militares, quando as autoridades civis são consideradas incapazes de funcionar. Esta medida tem alguns impactos legais, incluindo a suspensão dos direitos civis normais e a extensão da lei militar.

Yoon, que assumiu o cargo em 2022, tem tentado implementar a agenda do partido conservador Poder Popular, contra um parlamento controlado pela oposição liberal do Partido Democrático. Os partidos chegaram a um impasse sobre o projeto de lei orçamental para 2025.

O líder sul-coreano tem sido alvo de críticas dos seus rivais políticos por ter rejeitado os pedidos de investigações independentes sobre os recentes escândalos que envolveram a sua mulher e altos funcionários.

Após o anúncio, o Partido Democrático terá convocado uma reunião de emergência. De acordo com a agência de notícias Yonhap, o líder da oposição já considerou a declaração da lei marcial como inconstitucional.

A última vez que a Coreia do Sul declarou a lei marcial foi em 1979.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou esta terça-feira um diploma que procede a alterações no Decreto-Lei n.º 41/2024, de 21 de junho, que estabelece um regime especial de admissão de pessoal médico, na categoria de assistente de carreira médica.

O Presidente da República lamenta, no entanto, o regresso “a um procedimento centralizado do concurso na Administração Central do Sistema de Saúde, I.P., por incapacidade atual das Unidades Locais de Saúde devido a falta de meios, e o que isso implica de indefinição em áreas importantes do Serviço Nacional de Saúde”, pode ler-se numa nota publicada no site do Presidente da República.

Foi ainda promulgado um diploma que altera o Decreto-Lei n.º 82/2009, de 3 de abril, e que fixa o montante do suplemento remuneratório que os médicos, que exerçam funções de autoridade de saúde, devem receber.


Pelo menos três centenas de bombeiros sapadores e profissionais protestaram esta terça-feira, em Lisboa, junto à sede do Governo, para contestar, ao som de gritos e petardos, o que classificam como “falta de respeito” pela classe. A concentração dos sapadores começou em Alvalade e o grupo de bombeiros, todos fardados e muitos com capacetes, percorreu a Avenida de Roma em passo lento, gritando palavras de ordem contra o Governo e disparando petardos e fumos.

Já na Avenida Joao XXI, os bombeiros conseguiram furar o cordão policial e correram até ao edifício Campus XXI, onde se encontra a sede do Governo, e que estava, desde as 8h0, rodeado por um forte dispositivo das autoridades.

O grupo foi encaminhado para as traseiras do edifício, onde houve nova concentração, com vários petardos lançados contra as portas fechadas do edifício.

Na manifestação, sempre com a palavra de ordem #sapadores em luta, podiam ver-se várias faixas com frases como “Enquanto salvamos vidas o Governo brinca com as nossas” ou “Somos heróis do povo esquecidos pelo Governo”.

O protesto decorreu ao mesmo tempo de uma reunião, entretanto suspensa, entre o secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, o secretário de Estado da Administração Local e Ornamento do Território, Hernâni Dias, e os sindicatos representantes dos Bombeiros Sapadores. Segundo fonte do Governo à SIC, a reunião foi suspensa já que a tutela “não aceita negociar perante formas não ordeiras de manifestação”.

“Não estão em causa, até ao momento, as condições de segurança. As negociações poderão ser retomadas se e quando forem assegurados o respeito pelo diálogo e tranquilidade no exercício do direito de manifestação”, disse uma fonte do Governo à agência Lusa.

“Nos meses de outubro e novembro, a EDP Comercial registou um aumento significativo no reporte pelos clientes de tentativas de fraude, em diversas fases do processo de pagamento de faturas de energia e invocando o nome da empresa com o intuito de obter um pagamento, alegadamente devido à EDP, que não existe”, anunciou a empresa, numa nota enviada à agência Lusa.

Até meio de novembro, contabilizaram-se 2.000 tentativas de fraude, quando em igual mês de 2023 tinham sido reportadas 1.700. Por sua vez, em outubro verificaram-se mais de 3.000 tentativas de fraude, acima das cerca de 1.800 do período homólogo, ou seja, um acréscimo de 65 por cento. Em ambos os casos, estes são os números das tentativas reportadas, podendo o total efetivo ser bem superior.

“Prezado cliente, a sua fatura está pendente. Pague até 14/11 para evitar suspensão”, lê-se numa das mensagens fraudulentas recebidas pelos consumidores, que indica uma entidade, referência e valor a ser liquidado. A empresa sublinha que as entidades de pagamento da EDP Comercial são apenas 20174 e 23013 para clientes residenciais e 12223 e 21196 para os clientes empresariais.

Para contrariar esta tendência de aumento das tentativas de fraude, a EDP lançou uma ferramenta que permite ao cliente avaliar se os dados que receberam para pagamento são verdadeiros. Os consumidores podem ainda recorrer aos canais da EDP, como lojas e ‘contact centers’, para perceber se estão a ser vítimas de fraude.

A empresa aconselha ainda os clientes a recorrer ao débito direto, defendendo que este é, atualmente, o único meio de pagamento à prova de fraude.